Tema: O Discípulo e as
Aflições da Vida
Introdução:
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Depois de abordar o contraste entre a felicidade e a
infelicidade, de ouvirmos que a “Confissão é o antídoto para o pecado” e de
refletir sobre “que tipo de Igreja estamos construindo: Uma visão do céu, ou um
reflexo do inferno”. Hoje vamos pensar sobre algumas aflições da vida.
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Sal 34.19 “Muitas são as aflições do justo, mas o
SENHOR de todas o livra”; 2 Cor 6.4
“Em tudo mostramos que somos
servos de Deus, suportando com muita paciência as aflições, os sofrimentos e as
dificuldades”; 2 Tim 4.5 “Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas,
suporta as aflições”.
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Para esta reflexão quero abordar a experiência de Jesus com
os discípulos e a família de Lázaro (Lázaro "a quem Deus ajuda" - uma
forma do nome hebraico Eleazar). Ele era irmão de Marta e Maria (Luc 10.38-42; Jo
12.1-3). Eles eram muito amigos e íntimos a Jesus.
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Uma família dedicada a Jesus (v.2), que desfrutava de íntima
comunhão com Ele (Lc 10.38-42), e que era amada pelo Senhor (v.3-5). Apesar
disso Lázaro experimentou tristeza, aflição, enfermidade e morte. Hoje essas
aflições podem atingir os discípulos, até os mais fiéis.
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Nossas Igrejas terão as Marias que perseveram em amorosa
devoção aos pés do Senhor; as Martas fiéis nas boas obras e o Lázaros que
sofrem e morrem. Para estas famílias Jesus declara que a demora dele não é
falta de misericórdia, mas que tudo é para Gloria de Deus.
1. O DISCÍPULO DIANTE DA ENFERMIDADE. v.1-6
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Estar enfermo não é nada novo para aqueles que são amados
por Cristo. As enfermidades físicas podem corrigir a corrupção e provar a graça
do povo de Deus. Ela nunca resultará na morte como estado final do discípulo.
Quem crê nunca morrerá! (Jo 11.25)
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Diante das enfermidades, das percas e das desilusões devemos
nos sentir satisfeitos se Deus for glorificado. Jesus disse que no mundo
haveria aflições (Jo 16.33). Paulo pediu que lhe fosse dado graça para suportar
a aflição (1Co 12.9).
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Jesus não veio para livrar completamente seu povo de enfrentar
aflições, mas os abençoa, e veio salvá-los dos pecados, da ira vindoura. A
morte, por fim, será destruída pela ressurreição para a vida eterna.
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Contudo nosso dever é apelar a Cristo em favor de nossos
amigos e parentes quando estão enfermos e aflitos, para experimentarmos a
providência do Senhor, pois tudo o que acontece é para a glória de Deus.
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Jesus amava Marta, Maria e Lázaro. As famílias que têm
abundância de amor e paz são grandemente favorecidas, mas aquelas a quem Jesus
ama e aquelas e elas mama a Jesus possuem a máxima felicidade possível.
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Deus tem boas intenções mesmo quando parece demorar. Quando
demora a ser realizada a obra da libertação temporal ou espiritual, pública ou
pessoal, este fato se deve à espera do momento oportuno.
2. O DISCÍPULO DIANTE DO PERIGO. v.7-10
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Cristo jamais coloca seus discípulos em perigo, porque está
sempre com eles. A preocupação dos discípulos com a segurança de Jesus era na
verdade uma preocupação com a própria segurança. Eles sim estavam com medo de
retornar e serem apedrejados outra vez.
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Temos a tendência de pensar que somos zelosos em relação ao
Senhor, quando na realidade, somos zelosos por nós mesmo, por nossa riqueza,
crédito, conforto e segurança. Precisamos examinar e provar nossas intenções e
princípios.
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Os discípulos acharam que não era mais necessário se expor
ao perigo indo até Lazaro. Como eles pensamos que outro pode fazer aquilo que
para nós é arriscado. Evangelizar numa favela, num presídio, resgatar mendigos
e moradores de rua, prostitutas, dependentes químicos, etc.
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Não adianta fugir diante das situações de perigo, tentando
abreviar ou se esquivar das responsabilidades. Não podemos descansar até que as
nossas obrigações estejam realizadas, e o nosso testemunho esteja finalizado.
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Diante dos perigos o discípulo terá consolo e satisfação
enquanto andar pelo caminho de seu dever, conforme o que for estipulado pela
Palavra de Deus e pelo exemplo de Cristo que andou de dia e na luz.
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O maior perigo é o discípulo andar no caminho do seu
coração, pois assim ele tropeçará porque não haverá luz nele, porque a luz em
nós são nossas atitudes morais. A luz do Senhor é o elemento que nos leva a
vencer os perigos e medos que nos cercam (Sal 119.105).
3. O DISCÍPULO DIANTE DA MORTE. v.11-16
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O discípulo não deve temer a morte, pois ele está seguro de
ressuscitar ao final, porque tem a esperança na ressurreição para a vida eterna.
Paulo declara que “para mim viver é Cristo, e morrer é lucro” (Fl1.21). O
discípulo que teme a morte não está seguro quanto sua salvação.
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Quando ouvimos relatos das barbáries que acontecem com
missionários cristãos em países fechados ao evangelho, somos tentados a orar
para Deus livrar eles da morte, mas creio que esta não é a oração correta.
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Tal qual aconteceu no primeiro século em Roma, para cada
discípulo que morria por Cristo, muitos outros nasciam pelo testemunho destes.
Não há dúvidas de que Deus usa até na morte dos discípulos fiéis para tocar os
corações mais endurecidos ao amor do Senhor.
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Quando o discípulo morre, não faz nada mais do que descansar
das obras da vida que passou. Assim a morte é melhor que o sono natural, pois
este sono é um rápido descanso, e a morte é o final de todas as preocupações e
esforços terrenos.
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Pela ressurreição de Lázaro muitos passaram a crer em Jesus
e muito foi feito para aperfeiçoar a fé daqueles que creram. A morte não é
capaz de separar-nos do amor de Cristo nem colocar-nos fora do alcance de sua
chamada.
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Assim como Tomé foi incentivado, os discípulos devem
incentivar-se uns aos outros em tempos difíceis. A morte do Senhor Jesus deve
dar-nos a disposição de morrer por amor e serviço a Cristo, ou estar a cada dia
preparados para quando Deus nos chamar.
CONCLUSÃO:
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Na contramão do desespero de Marta e Maria, Jesus dá vida a
Lázaro. Jesus transforma o choro em alegria, a tristeza em festa. Ele sempre
nos surpreende de forma sobrenatural.
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No final os discípulos não sofrem nenhum dano, logo o seu
medo do perigo era uma forma de o inimigo desanimá-los para não cumprir sua
missão.
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O Diabo enche nosso coração de medo para não sermos usados
pelo Senhor, mas “Ora, o medo produz
tormento. O perfeito amor lança fora o medo” (Jo 4.18)
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Eles testemunham o milagre da ressurreição e a vida. A cura
seria um grande sinal do poder de Jesus, mas diante da ressurreição, sua gloria
foi maior.
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