19 de jul. de 2017

Essencial é a Salvação


Texto: Marcos 10.23-31
Tema: A Salvação é o Valor Essencial do Discípulo

Introdução:
·        Estamos refletindo sobre ensinos e orientações de Jesus para seus discípulos. Hoje quero abordar um tema melindroso par nós: o que de fato tem valor para nós? O jovem apresentado na introdução (v.17-22), abriu mão da salvação para ficar com suas riquezas.
·        O discípulo deve fazer o contrário: abrir mão do que é material para que elas não o atrapalhem em conduzir outros à salvação. Vale afirmar que a riqueza não é o problema em si, mas a Bíblia aponta para o “amor ao dinheiro” como sendo a raiz de todos os males (1Tm 6.10).
·        A escolha do discípulo deve ser pelos valores espirituais e eternos, em detrimento dos valores materiais e passageiros. Jesus já disse que é melhor acumular tesouros no céu (Mt 6.20). O discípulo não deve se prender a nada que seja material, pois isso o limita na sua missão.

·        A principal missão do discípulo é se multiplicar, fazer novos discípulos, é ser pescador de homens. Notemos que ao chamar os primeiros discípulos, eles “deixaram imediatamente as redes... o barco e seu pai” (Mt 4.20,22). O discípulo precisa ter foco no seu propósito.
·        O foco de Jesus aqui é sobre a salvação: fala da dificuldade de se entrar no Reino de Deus; mas não da impossibilidade, pois para Deus tudo é possível. Dessa forma aquele que deixa tudo para conseguir esta dádiva, não ficará no prejuízo, pois receberá cem vezes mais aquilo que deixou.

1. DIFICULDADE DE ENTRAR NO REINO DE DEUS (v.23-26)
·        O diálogo com o “jovem rico” é o pano de fundo para aquilo que Jesus vai tratar com seus discípulos: o perigo das riquezas em se tratando da salvação. Devido as exigências de suas riquezas, o jovem continuou levando uma vida vazia, pois foi enganado pelas riquezas (4.19).
·        Jesus menciona duas vezes a dificuldade de entrar no reino de Deus (v.23,24); nas duas vezes a reação dos discípulos é a mesma: “ficaram espantados”. Diante desta “dificuldade” eles se questionam “quem é que pode ser salvo”?
·        A salvação é um presente, mas ninguém entra no Reino de Deus sem mais nem menos, ninguém é por si só, digno, isso é um presente de Deus. O espanto dos discípulos demonstra que eles não eram tão diferentes do jovem que preferiu as riquezas em lugar de seguir a Jesus.
·        Se no v.16 era preciso “ser como criança”, agora Jesus aponta para a necessidade de “ser pobre”. Mesmo aqueles que não são ricos (bens, inteligência, virtudes, caridade, filhos) querem ficar, assim são fisgados pelo engano das riquezas e perdem o foco da importância do reino de Deus.
·        Nossa missão de multiplicar discípulos não pode ser frustrada pelas barreiras que impedem as pessoas de se render a Jesus. Mesmo que para nós pareça mais fácil um camelo passar por uma agulha, do que aquela pessoa que oro se converter, não podemos desanimar e desistir.
·        O discípulo persevera na dependência do poder de Deus, pois é Deus que vai realizar a salvação (Jo 16.8) na vida daqueles que estão à nossa volta. É importante que saibamos que Jesus trata da dificuldade não da impossibilidade. Para Deus tudo é possível!

2. PARA DEUS NADA É IMPOSSÍVEL (v.27)
·        Dentro do contexto, até aqui podemos considerar como uma introdução, era necessário conduzir o diálogo com os discípulos até aqui para que eles entendessem que em se tratando de salvação, há um Deus todo poderoso que pode realizar o que era impossível para nós.
·        Na história dos patriarcas, Sara riu sobre si mesma (gerar um filho com 80 anos) como o camelo diante do buraco da agulha, Deus revela seu poder sobre o impossível (Gn 18.14). Logo a fé dos discípulos deve ser a mesma de Abraão (Rm 3.18-21; Mc 9.23, 11,24).
·        O poder absoluto de Deus nos convida a confiança irrestrita, contra toda nossa liberdade e preguiça. A salvação e a vida eterna são totalmente uma questão de desespero humano. Seguir a Cristo significa estar pronto para ter sempre experiências e saber que somos limitados, basta segui-lo.
·        Diante desta certeza o discípulo deve com confiança compartilhar o amor de Deus às pessoas perdidas. Mesmo em lugares hostis ao evangelho, podemos levar o amor de Jesus para atender às necessidades das pessoas feridas. Ações concretas de amor abrem corações para salvação.
·        Quando o discípulo começa a praticar esse amor, até os mais ávidos opositores ao evangelho vão se alegrar com sua presença no meio deles, e como consequência, o nome de Jesus será conhecido, e a igreja vai começar a crescer.

3. A RECOMPENSA PARA OS DISCÍPULOS (v.28-31)
·        Diante da afirmativa interrogativa de Pedro (Mt 19.27) sobre o ter deixado e o que eles ganhariam, Jesus então trata com eles sobre a recompensa para o discípulo, não de forma humana, materialista e momentânea, mas como uma promessa futura.
·        O “deixar” é sustentado por paz e alegria, é um evento festivo, pois se trata de da entrada no reino de Deus. Deixar para seguir não é um peso, as renúncias são resultado do chamado amoroso de Jesus e da necessidade prática da missão, sem excluir cansaço, solidão, dúvidas, fracassos, seduções, etc.
·        O discípulo deve viver a esperança da vida plena “no futuro” quando Deus for rei sem oposições. Mas para hoje estão prometidas manifestações do reinado de Deus através de uma nova vida social para aqueles que pertencem à família de Deus.
·        Deus proporciona para sua igreja uma plenitude de vida da qual os de fora nem conseguem sonhar, e que os mundo jamais consegue superar. As bênçãos são multiplicadas na vida do discípulo, que usufrui das dádivas de Deus, mesmo em meio às perseguições.
·        Saborear as bênçãos não significa estar livre dos sacrifícios. Mesmo em meio as dádivas existe perdas e decepções, muitas coisas foram perdidas no passado, mesmo assim o discípulo coloca todas as perdas no altar de um Deus que ama, que sabe das necessidades e é a fonte das bênçãos.

CONCLUSÃO:
·        A conclusão fica por conta do v.31 que vem em tom de consolo para o discípulo. Quando tudo estiver concluído, os mortos ressuscitados, os pobres consolados, os famintos saciados, os tristes alegrados: os últimos serão os primeiros.
·        Aqueles que se orgulhavam de sua posição serão derrubados. Não haverá mais motivo para ter pena de quem agora, por amor ao evangelho é desgraçado e prejudicado.

·        Os discípulos antes humilhados, agora vão poder receber a honra que lhes fora garantida. Receberão sua recompensa. Serão os primeiros no reino de Deus.

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