Tema: 4 Deveres
do Discípulo
Introdução:
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Ser discípulo é aprender e imitar o Mestre, é
fazer como ele faz. Jesus está formando um grupo para dar continuidade no seu
ministério da salvação aos perdidos. O ensino do Mestre é balanceado entre
teoria e prática, na verdade os dois estavam intimamente associados.
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Não podemos pensar em ser discípulos de Jesus
apenas recebendo do Mestre como consumidores passivos e acomodados. Tudo o que
recebemos deve ser colocado em ação de forma prática: o discípulo é treinado e
capacitado para agir em prol do Reino promovendo a salvação do pecador.
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Os discípulos tinham sido enviados em duplas
para praticar, experimentar, viver experiências no campo de trabalho (6.7-13).
Lá eles pregaram o arrependimento; expulsaram demônios, curaram doentes. Eles
tiveram sucesso no seu experimento prático. Agora eles voltam para compartilhar
com Jesus aquilo que fizeram e ensinaram.
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Ser discípulo de Jesus é um privilégio, mas isso
não significa só louros e coroas, glórias e privilégios. Ser discípulo implica
em entrega, serviço, dedicação. É abrir mão de necessidades pessoais para que
outros sejam ministrados, tocados, transformados. É pagar o preço que o chamado
impõe.
1 . O DISCÍPULO DEVE SER EFICAZ. (v.31-32)
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Na vida secular
temos o privilégio de gozar férias uma vez por ano e ter um descanso semanal,
além do descanso diário. Mas em se tratando do serviço ao Senhor, nem sempre
será possível manter essas condições, pois nossa carga horária é integral, todo
o dia, todas as semanas, todos os anos.
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Jesus como um
bom Metre ensina que devemos equilibrar a carga horária de trabalho ministerial
com a necessidade de descanso. Eles estavam num ritmo tão acelerado que não
estavam comendo e descansando. Por isso são chamados para um retiro, a fim de
poderem descansar.
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O bom discípulo
é aquele que faz o que deve ser feito com zelo e dedicação, para colher os
resultados. Mas ele também gerencia seu tempo para que suas necessidades
primárias possam ser contempladas: família, saúde, lazer, descanso. O discípulo
saudável é mais eficaz e reprodutivo.
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O sucesso do
nosso ministério não está em fazer muitas coisas, mas fazer aquilo que produz
frutos para o reino de Deus. Em muitas situações o problema não está no
trabalho dos discípulos, mas sim nos seus muitos afazeres sem foco, zelo,
dedicação, perseverança, e por consequência, sem resultado.
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Quando Marta
ficou aflita com os afazeres da cozinha, Jesus disse que naquele momento uma
coisa era importante (Lc 10.38-42). Devemos discernir a hora de avançar ou
recuar, quando nos sacrificar ou nos recuperar, quando investir nos outros ou
investir em nós, quando orar ou agir.
2. O DISCÍPULO DEVE CUIDAR DE PESSOAS. (v.33-34)
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Os discípulos
cansados estavam motivados para o retiro com Jesus, pois seria a oportunidade
de descansar (v.31). Mas como discípulo é discípulo sempre, eles foram
reconhecidos (v.33) e quando chegaram ao local: surpresa!!! Eles não estavam
sozinhos, não iriam descansar, isso ia dar trabalho.
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Aquelas pessoas
não estavam lá para servir ou oferecer algo para eles, pelo contrário, Jesus as
descreve como “ovelhas sem pastor”, logo precisariam ser pastoreadas, cuidadas,
alimentadas. Para isso os discípulos deveriam sacrificar, naquele momento, suas
prioridades para servir e suprir.
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Jesus não espera
que os discípulos tenham esta percepção, logo toma a frente e começa a ensinar
aquela multidão. Jesus também estava cansado, mas Ele reconhece que aquela era
uma oportunidade que não podia ser desperdiçada. Havendo alguém necessitado, o
discípulo precisa estar pronto para o serviço.
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Há uma multidão
ao nosso reder a ser pastoreada. Como discípulos não podemos perder esta
oportunidade (Jo 4.35-38), mesmo que para isso precisemos sacrificar nosso
descanso, nossos recursos, nossa vida. Olhemos ao nosso redor, há muito
trabalho a ser feito.
3. O DISCÍPULO DEVE SE ENVOLVER. (v.35-38)
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O dia havia
passado e Jesus ensinado a multidão desde a manhã, agora a preocupação dos
discípulos era com o horário e com o que o povo ira comer, por isso eles
recomendam que Jesus despeça a todos para cada um ir comprar a sua refeição,
pois eles não tinham como fazer isso.
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Novamente Jesus
os desafia e diz para que eles mesmos deem de comer à multidão, para isso os
manda verificar o quanto eles tem disponível e que possa ser dividido, mas não
era muito promissor: cinco pães e dois peixes.
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Nesse processo
Jesus estava ensinando a necessidade do envolvimento. Era mais cômodo despedir
as pessoas para que enfim os discípulos pudessem descansar e comer sozinhos a
refeição. Mas isso não ensinaria sobre envolvimento. Eles deviam repartir e dar
de comer. Eles deviam se envolver.
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Como discípulos
não podemos fugir de nossas responsabilidades. O tapinha nas costas e dizer:
“Deus te abençoe” não é suficiente. É preciso algo mais. É preciso sacrificar
aquilo que temos, mesmo que seja pouco. É no envolvimento que temos as maiores
experiências com o Senhor.
4. O DISCÍPULO DEVE SER UM CANAL DE BENÇÃO
(v.39-44)
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A partir dos
pães e peixes que os discípulos tinham levado para si, Jesus realiza o milagre,
fazendo com que aquele alimento se tornasse de todos. Os discípulos não apenas
entregaram o que tinham, mas também precisaram servir àquela multidão que já
estava assentada esperando ser saciada.
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Ser discípulo é
ser canal de benção e experimentar os milagres do Senhor. De um em um, eles
foram entregando pão e peixe, de forma que cinco mil homens comem e ficam
satisfeitos. Não só isso, eles recolhem doze cestos, um para cada um. Ser canal
de benção é melhor que ser egoísta.
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Nem sempre vamos
ter para oferecer tudo aquilo que as pessoas necessitam. Também temos nossas
limitações, mas quando colocamos o nosso pouco nas mãos do Senhor, ele faz o
milagre acontecer, e aquilo que parecia pouco aos nossos olhos, é capaz de
satisfazer e até de sobrar.
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Só após ser
ensinada por Jesus e alimentada pelo discípulos, é que a multidão é despedida
para suas casas (v.45). Essa é uma lição a ser aprendida por nós como
discípulos: nunca despedir alguém enquanto não estiver devidamente saciado.
Isso é ser canal de benção. Para isso fomos chamados.
CONCLUSÃO:
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Desse evento
aprendemos quatro deveres de um discípulo: eficácia, cuidado, envolvimento e
canal de bênção. Para sermos isso, as vezes, vamos precisar abrir mão de algo e
nos sacrificar.
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Aprendemos
também que nosso ministério deve ser eficiente, mas nunca esquecendo do bom
senso. Não é pelo muito fazer que seremos eficientes, mas pelo fazer bem.
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Aprendemos que
Deus vai colocar em nossas vidas pessoas para cuidarmos, pessoas confusas,
perdidas, desorientadas, cansadas, assim como uma ovelha sem pastor.
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Aprendemos que
nosso Senhor quer de nós mais que participação, Ele quer envolvimento, isso
exige entrega, renúncia, abnegação. É oferecer o pouco que temos para repartir
com quem nada tem.
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Aprendemos que
devemos abençoar, e para isso é preciso dispor e entregar tudo que temos nas
mãos de Jesus. Quando fechamos a mão e coração em dar, não vamos contemplar o
milagre do Senhor.
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