13 de jun. de 2017

Deveres do Discípulo


Texto: Marcos 6.30-44
Tema: 4 Deveres do Discípulo

Introdução:
·         Ser discípulo é aprender e imitar o Mestre, é fazer como ele faz. Jesus está formando um grupo para dar continuidade no seu ministério da salvação aos perdidos. O ensino do Mestre é balanceado entre teoria e prática, na verdade os dois estavam intimamente associados.
·         Não podemos pensar em ser discípulos de Jesus apenas recebendo do Mestre como consumidores passivos e acomodados. Tudo o que recebemos deve ser colocado em ação de forma prática: o discípulo é treinado e capacitado para agir em prol do Reino promovendo a salvação do pecador.

·         Os discípulos tinham sido enviados em duplas para praticar, experimentar, viver experiências no campo de trabalho (6.7-13). Lá eles pregaram o arrependimento; expulsaram demônios, curaram doentes. Eles tiveram sucesso no seu experimento prático. Agora eles voltam para compartilhar com Jesus aquilo que fizeram e ensinaram.
·         Ser discípulo de Jesus é um privilégio, mas isso não significa só louros e coroas, glórias e privilégios. Ser discípulo implica em entrega, serviço, dedicação. É abrir mão de necessidades pessoais para que outros sejam ministrados, tocados, transformados. É pagar o preço que o chamado impõe.

1 . O DISCÍPULO DEVE SER EFICAZ. (v.31-32)
·         Na vida secular temos o privilégio de gozar férias uma vez por ano e ter um descanso semanal, além do descanso diário. Mas em se tratando do serviço ao Senhor, nem sempre será possível manter essas condições, pois nossa carga horária é integral, todo o dia, todas as semanas, todos os anos.
·         Jesus como um bom Metre ensina que devemos equilibrar a carga horária de trabalho ministerial com a necessidade de descanso. Eles estavam num ritmo tão acelerado que não estavam comendo e descansando. Por isso são chamados para um retiro, a fim de poderem descansar.
·         O bom discípulo é aquele que faz o que deve ser feito com zelo e dedicação, para colher os resultados. Mas ele também gerencia seu tempo para que suas necessidades primárias possam ser contempladas: família, saúde, lazer, descanso. O discípulo saudável é mais eficaz e reprodutivo.
·         O sucesso do nosso ministério não está em fazer muitas coisas, mas fazer aquilo que produz frutos para o reino de Deus. Em muitas situações o problema não está no trabalho dos discípulos, mas sim nos seus muitos afazeres sem foco, zelo, dedicação, perseverança, e por consequência, sem resultado.
·         Quando Marta ficou aflita com os afazeres da cozinha, Jesus disse que naquele momento uma coisa era importante (Lc 10.38-42). Devemos discernir a hora de avançar ou recuar, quando nos sacrificar ou nos recuperar, quando investir nos outros ou investir em nós, quando orar ou agir.

2. O DISCÍPULO DEVE CUIDAR DE PESSOAS. (v.33-34)
·         Os discípulos cansados estavam motivados para o retiro com Jesus, pois seria a oportunidade de descansar (v.31). Mas como discípulo é discípulo sempre, eles foram reconhecidos (v.33) e quando chegaram ao local: surpresa!!! Eles não estavam sozinhos, não iriam descansar, isso ia dar trabalho.
·         Aquelas pessoas não estavam lá para servir ou oferecer algo para eles, pelo contrário, Jesus as descreve como “ovelhas sem pastor”, logo precisariam ser pastoreadas, cuidadas, alimentadas. Para isso os discípulos deveriam sacrificar, naquele momento, suas prioridades para servir e suprir.
·         Jesus não espera que os discípulos tenham esta percepção, logo toma a frente e começa a ensinar aquela multidão. Jesus também estava cansado, mas Ele reconhece que aquela era uma oportunidade que não podia ser desperdiçada. Havendo alguém necessitado, o discípulo precisa estar pronto para o serviço.
·         Há uma multidão ao nosso reder a ser pastoreada. Como discípulos não podemos perder esta oportunidade (Jo 4.35-38), mesmo que para isso precisemos sacrificar nosso descanso, nossos recursos, nossa vida. Olhemos ao nosso redor, há muito trabalho a ser feito.

3. O DISCÍPULO DEVE SE ENVOLVER. (v.35-38)
·         O dia havia passado e Jesus ensinado a multidão desde a manhã, agora a preocupação dos discípulos era com o horário e com o que o povo ira comer, por isso eles recomendam que Jesus despeça a todos para cada um ir comprar a sua refeição, pois eles não tinham como fazer isso.
·         Novamente Jesus os desafia e diz para que eles mesmos deem de comer à multidão, para isso os manda verificar o quanto eles tem disponível e que possa ser dividido, mas não era muito promissor: cinco pães e dois peixes.
·         Nesse processo Jesus estava ensinando a necessidade do envolvimento. Era mais cômodo despedir as pessoas para que enfim os discípulos pudessem descansar e comer sozinhos a refeição. Mas isso não ensinaria sobre envolvimento. Eles deviam repartir e dar de comer. Eles deviam se envolver.
·         Como discípulos não podemos fugir de nossas responsabilidades. O tapinha nas costas e dizer: “Deus te abençoe” não é suficiente. É preciso algo mais. É preciso sacrificar aquilo que temos, mesmo que seja pouco. É no envolvimento que temos as maiores experiências com o Senhor.

4. O DISCÍPULO DEVE SER UM CANAL DE BENÇÃO (v.39-44)
·         A partir dos pães e peixes que os discípulos tinham levado para si, Jesus realiza o milagre, fazendo com que aquele alimento se tornasse de todos. Os discípulos não apenas entregaram o que tinham, mas também precisaram servir àquela multidão que já estava assentada esperando ser saciada.
·         Ser discípulo é ser canal de benção e experimentar os milagres do Senhor. De um em um, eles foram entregando pão e peixe, de forma que cinco mil homens comem e ficam satisfeitos. Não só isso, eles recolhem doze cestos, um para cada um. Ser canal de benção é melhor que ser egoísta.
·         Nem sempre vamos ter para oferecer tudo aquilo que as pessoas necessitam. Também temos nossas limitações, mas quando colocamos o nosso pouco nas mãos do Senhor, ele faz o milagre acontecer, e aquilo que parecia pouco aos nossos olhos, é capaz de satisfazer e até de sobrar.
·         Só após ser ensinada por Jesus e alimentada pelo discípulos, é que a multidão é despedida para suas casas (v.45). Essa é uma lição a ser aprendida por nós como discípulos: nunca despedir alguém enquanto não estiver devidamente saciado. Isso é ser canal de benção. Para isso fomos chamados.

CONCLUSÃO:
·         Desse evento aprendemos quatro deveres de um discípulo: eficácia, cuidado, envolvimento e canal de bênção. Para sermos isso, as vezes, vamos precisar abrir mão de algo e nos sacrificar.
·         Aprendemos também que nosso ministério deve ser eficiente, mas nunca esquecendo do bom senso. Não é pelo muito fazer que seremos eficientes, mas pelo fazer bem.
·         Aprendemos que Deus vai colocar em nossas vidas pessoas para cuidarmos, pessoas confusas, perdidas, desorientadas, cansadas, assim como uma ovelha sem pastor.
·         Aprendemos que nosso Senhor quer de nós mais que participação, Ele quer envolvimento, isso exige entrega, renúncia, abnegação. É oferecer o pouco que temos para repartir com quem nada tem.

·         Aprendemos que devemos abençoar, e para isso é preciso dispor e entregar tudo que temos nas mãos de Jesus. Quando fechamos a mão e coração em dar, não vamos contemplar o milagre do Senhor.

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