Texto:
Marcos 8.31-38
Tema:
Condições para ser Discípulo
Introdução:
·
Depois de abordarmos alguns
encontros de Jesus com pessoas, onde ele nos ensina que elas são a prioridade,
para que como discípulos e Igreja possamos investir em vidas, mais que em
estruturas ou programas; estamos enfatizando algumas abordagens de Jesus diretamente
aos discípulos.
·
Do lava-pés aprendemos
sobre o serviço em humildade, e isso da forma mais prática possível; da
multiplicação dos pães aprendemos sobre nossa responsabilidade da qual não
podemos fugir ou terceirizar, mas sermos canal de benção para tocar vidas.
·
A partir do prenúncio de
sua morte e ressurreição, Jesus começa a apresentar o clímax do seu ministério,
que relata a viagem a Jerusalém, ensina sobre a verdade de sua messianidade e
enfatiza o discipulado.
·
Aos discípulos Jesus estava
propondo um caminho sem volta. Uma vez que eles estivem dispostos a segui-lo,
eles deveriam se identificar em tudo com o Mestre. Esta identidade exige
disposição ao sofrimento, autonegação, foco na eternidade e identificação
pública.
1. O DISCÍPULO DEVE SOFRER COMO
O MESTRE. v.31-33
·
Jesus se apresenta como
modelo. A necessidade do sofrimento expiatório de Jesus é abertamente
apresentado no A.T. (Is 50.5,6). O Filho do Homem é uma referencia a Jesus que
é apontava como o Servo Sofredor (Is 53), o Messias que veio para salvar.
·
Jesus instrui particularmente
os seus discípulos sobre a missão que devem cumpri até as suas últimas
consequências. Este ensino particular se torna a base da pregação pública de
seus discípulos depois do Pentecostes (At 2.29; 4.13,29,31).
·
Pedro, líder entre eles,
não aceita o sofrimento do Senhor, ele rejeita o ofício messiano de Jesus,
sofrimento que é o diferencial do seu ministério salvífico. Satanás está agindo
entre os discípulos, não apenas em Judas, tendo como intenção anular o plano de
redenção.
·
Jesus sabia que eles
pensavam como Pedro, por isso a repreensão é coletiva. Eles deveriam estar do
lado das coisas de Deus, comprometer-se com Sua causa, não ficar preocupado com
o bem estar humano.
·
A cruz é símbolo de
sofrimento; morte; vergonha; zombaria; rejeição e renúncia pessoal. Quando o
crente toma a cruz e segue a Cristo, ele nega a si mesmo e decide lutar contra
o pecado crucificando seus desejos; contra Satanás para estender o reino;
escolhe sofrer a vergonha do mundo por testemunhar de Jesus.
·
Ao descrever seu próprio
sofrimento, Jesus prepara os discípulos para situações futuras pelas quais eles
iram passar tal que Ele passaria. Em suma Jesus estava dizendo que eles iram
sofrer da mesma forma como Ele sofreria.
2. O DISCÍPULO DEVE
NEGAR-SE A SI MESMO. v.34-35
·
O convite que Jesus
apresenta não é restrito aos discípulos, mas a todos os homens. Negar-se é
dizer “não”, não apenas ao pecado, mas principalmente a si mesmo, ao ego que é
a fonte da vontade oposta à de Deus.
·
A cruz era um instrumento
de tortura, de origem persa, que os romanos utilizavam para executar a pena de
morte. O condenado deveria carregar sua cruz até o lugar da execução. Por esta
imagem Jesus prepara os seus discípulos para enfrentarem a morte e até se
considerarem já mortos em relação ao mundo e a si mesmos.
·
Alguns valores estão sendo
colocado à prova para os discípulos tais como: a vontade própria e a vontade de
Cristo; o mundo e a alma; evitar ou carregar a cruz. Eles deveriam estar bem
seguros em sua decisão de ser discípulo.
·
O sofrimento por causa do
evangelho é diferente do sofrimento por se declarar cristão, tem a ver com a
disposição, ou espírito missionário que faz do discípulo um divulgador da fé.
Os discípulos deveriam estar convictos de que a partir daquele momento suas
vidas não seriam mais as mesmas.
3. O DISCÍPULO DEVE ABRIR
MÃO DA VIDA TERRENA. v.36-37
·
Uma vez morta, não há,
ainda que colhido do mundo todo, dinheiro que possa garantir a vida da pessoa
perdida (Sl 49.8) quando do dia da ressurreição. Deus não aceita gorjetas e nem
subornos.
·
Em se tratando da “alma” ou
da “vida” de uma pessoa, nenhum valor monetário ou material pode ser pago por
elas (Sl 49.7-9). Nesse sentido Jesus nos resgatou completamente mediante sua
morte na cruz, e nos ofereceu sua vida.
·
Dessa forma, a vida que
vivemos aqui após seguir a Jesus não é nossa vida. Paulo deixa isso claro em
Gálatas 2.19,20, dizendo que uma vez crucificado com Cristo não somos mais nós
que vivemos, mas Cristo vive em nós. Não temos mais nenhum direito sobre nossa
vida terrena.
·
Paulo também afirma que se
vivemos a vida de Cristo (Fl 1.21-26) morrer é infinitamente melhor que
continuar vivendo aqui, a menos que sejamos úteis para produzir algum fruto
para o Senhor e venhamos por nossa vida, impactar pessoas que precisam de
salvação.
·
A vida terrena do discípulo
só se justifica se for para cumprir a missão de levar as boas novas. A pessoa
que não faz isso, não deveria continuar viva neste mundo, pois nada de bom e útil
para o Reino ela vai produzir. Morte aos discípulos que não vivem a vida de
Cristo aqui na terra!
4. O DISCÍPULO DEVE ASSUMIR
PUBLICAMENTE SEU MESTRE. v.38
·
O destino final da pessoa
depende da realidade atual do discípulo, ou seja, do fato de não se envergonhar
de Cristo nesta vida. Aquele que vive separado de Jesus e de suas palavras
eternas, não poderá estar junto dEle na eternidade.
·
Neste tempo presente de
humilhação, Jesus não tinha onde reclinar a cabeça, mas um dia ele será
revelado com esplendor divino como filho de Deus. O preço a ser pago agora vale
a pena se comparado com a recompensa eterna. Mas muitos querem os benefícios
aqui, e assim, desprezam a vida eterna.
·
Jesus considera o mundo e a
sociedade em que vivemos como “geração adúltera e pecadora”. Todos os que
procuram popularidade ou boa aceitação nesta geração má, ao invés de seguirem a
Cristo e seus padrões de justiça, serão rejeitados por Ele na sua vinda.
·
Assumir a Cristo não é
vestir a moda gospel, não é tatuar “100% Jesus”, não é publicar versículo da
Bíblia em rede social ou frequentar “balada gospel e cantar músicas do Tales”.
Assumir a Cristo publicamente é mudança de caráter, mudança de comportamento, é
se afastar do pecado.
·
Assumir a Jesus
publicamente não é pagar de santo em redes sociais, não é atacar grupos ou
tribos urbanas. Assumir a Jesus é viver o evangelho dentro de casa, diante dos
amigos e colegas de trabalho ou escola. É buscar ser hoje melhor do que fui
ontem, em todas as áreas da vida.
CONCLUSÃO:
·
O discípulo sofre, nega-se,
abre mão da vida e assume publicamente o seu relacionamento com Jesus. Essas
são algumas condições para ser discípulo.
·
Qualquer atitude aquém
destas desqualifica qualquer um do pretenso posto de seguidor de Cristo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário