4 de abr. de 2017

Necessidade de Recomeçar

CLIQUE AQUI E ASSISTA A MENSAGEM

Texto: João 21.15-19
Tema: A Necessidade de Recomeçar

Introdução:
·         O conceito de recomeçar não precisa ser explanado. É um conceito fácil de entender, todos nós em algum momento já precisamos começar de novo; retomar algo que fazíamos após interrupção. Este ciclo de recomeços não terá fim em nossas vidas, sempre teremos algum projeto, sonho, meta, desafio, etc. para recomeçar.
·         Casais precisam recomeçar seu relacionamento após uma crise. Profissionais precisam recomeçar suas carreiras após a demissão. Atletas precisam recomeçar os treinos após uma derrota. Cristãos precisam recomeçar seus ministérios e vida com Jesus após uma frustração.
·         Recomeçar é a oportunidade de fazer diferente, é aprender com os próprios erros, é como passar pela mesma estrada, mas sabendo onde estão os buracos. Ao olharmos para os personagens da Bíblia, todos, menos Jesus, passaram por esta experiência. Como eles e o apóstolo Pedro, nós também precisamos recomeçar.
·         Veja o exemplo de Adão (Gn 4.25,26). Criado a imagem e semelhança de Deus, vivia em plena harmonia consigo, com o semelhante, com a natureza e principalmente com Deus. Mas após o pecado, teve que recomeçar fora no Édem (3.23), em conflito com a natureza (3.17), em desarmonia com Deus (3.10).

1. O COMEÇO DA VIDA DE PEDRO COM JESUS. (Mat 4.18-20)
·         Pedro era um pecador de peixes. Jesus no começo de seu ministério chama-o para segui-lo, para isso, seria necessário “largar as redes”. Ele começa bem, é escolhido como um dos doze apóstolos, mas vai mais longe, se torna um dos três (Pedro, Tiago e João) de Jesus.
·         Pedro sempre se destacou pelo seu temperamento. Sempre tomava a frente se interpunha nas situações: teve a sogra curada (8.14); se ofereceu pra caminhar sobre as águas (14.28); responde dizendo o que Jesus era para eles (16.16); repreendeu Jesus (16.22); se ofereceu para fazer tendas para Moisés, Elias e Jesus (17.4); quis saber quantas vezes devia perdoar (18.21); DISSE QUE JAMAIS NEGARIA A JESUS (26.33,35).
·         Durante o ministério de Jesus Pedro foi se aproximando, foi aprendendo, foi confirmando seu chamado e assim se destacando como um dos líderes dos discípulos e da igreja a qual Jesus estava estabelecendo.
·         Como é bom lembrar no nosso tempo dos primeiros passos na fé, logo após a conversão. Toda empolgação, sonhos e projetos, o envolvimento com o ministério da Igreja, a busca por testemunhar compartilhando tudo o que Jesus fez em nossa vida. Não media esforços para se envolver e assim servir e agradar a Deus.
·         Mas, pena que não continuamos assim. Com o passar do tempo as coisas vão mudando, nossas prioridades, nossos sonhos, nosso envolvimento, nossa participação. Quando percebemos, estamos perto, mas ao mesmo tempo longe, a tal ponto de negar o Senhor.

2. A QUEDA DE PEDRO E O AFASTAMENTO. (Mat 26.69-75)
·         A negação foi o estopim que desencadeou uma série de consequências para Pedro se afastar de Jesus. Podemos entender que o choro do v.75 era de frustração, de não ter cumprido sua promessa. Esse fato abre uma ferida na vida de Pedro que se torna humanamente incurável.
·         Pedro havia deixado o ofício de pescador (largou as redes, os barcos, os peixes) para seguir a Jesus. Ele havia se tornado um pescador de homens. Mas seu afastamento o levou a voltar atrás, à sua velha vida, fazer o que fazia antes.
·         Em João 21.3 lemos que os discípulos liderados por Pedro acabavam de voltar de uma noite frustrante de trabalho, não pescaram nada. Ao chegaram à praia, Jesus estava lá, manda jogar a rede do outro lado, eles pescam 153 peixes grandes, Jesus assa alguns peixes e lhes dá de comer.
·         Uma pessoa nas condições de Pedro, deixa de contribuir com a proclamação do Evangelho e se torna mais um a deriva na vida, sem saber o que fazer. Além disso, um discípulo frustrado, arrasta consigo outros que podem estar também meio desanimados.
·         Para evitar a queda e o afastamento, devemos vigiar o orar. A expressão “Pedro seguiu Jesus de longe” (Mat 26.58) é significativa neste contexto. Não há quem persevere e se torne um exemplo de discípulo seguindo a Jesus de longe. É preciso intimidade, entrega, abnegação.
·         A distância pode ser fruto da falta de uma verdadeira entrega, talvez seja um exagero, mas é possível que Pedro ainda só gostasse de Jesus. O texto de Lucas 22.31,32 nos aponta para essa direção.
·         E assim como Pedro, hoje há muitas pessoas que apenas gostam de Jesus, acham Ele legal, camarada, uma pessoa boa. Mas que ainda não estão preparadas para entregar-se totalmente, para morrer por ele. Amam, mas não com amor sacrificial, não se tornam íntimos.

3. O RECOMEÇO DA SUA VIDA E MINISTÉRIO. (João 21.15-17)
·         Depois de comerem, estando reunidos, penso em volta da fogueira, ele se dirige e Pedro para ter aquela conversa restauradora. A única pergunta que Jesus faz é: “Você me ama”. Jesus não questiona Pedro dos motivos pelos quais ele o negou. Jesus não queria remexer o passado, Ele queria olhar para o frente, o passado não podia ser mudado, mas o futuro sim.
·         Olhando pro texto com uma visão mais romântica que exegética, Jesus pede a Pedro três  disposições para recomeçar: disposição de amar; disposição de servir cuidando de pessoas e de morrer por Jesus. A partir destas disposições, Jesus providenciaria tudo o que Pedro necessitava.
·         A pergunta “tu me amas” aponta para a disposição de amar. Exegeticamente falando, pelo uso dos termos ágape e fileo, Jesus questiona qual a profundidade do amor de Pedro. A conclusão é que ele ainda não amava a Jesus com amor sacrificial (ágape).
·         Já a afirmação “tome conta das minhas ovelhas” aponta para a disposição se servir por meio do cuidado das pessoas. Ele deveria promover por todos os meios o bem estar espiritual dos membros da igreja, fossem novos ou experientes na fé, apascentando, regendo, provendo pasto para alimentação, cuidar do corpo e das necessidades da alma.
·         Isso teria um preço (v.18, 19) a ser pago “Jesus estava dando a entender de que modo Pedro ia morrer”. Aquela disposição que Pedro se comprometeu, mas falhou em cumprir (Mat 26.35). Ele precisava reafirmar este compromisso e levá-lo a cabo, abrindo mão da própria vida por Jesus.
·         Não há começo nem recomeço sem a disposição de amar, servir e morrer por Jesus. É exatamente isso que falta para muitos que se dizem cristãos, mas que não passam de impostores, não confessando Jesus diante dos homens, mas exigindo que Ele os reconheça no céu.

CONCLUSÃO:
·         Pedro não poderia ser benção no ministério se essa ferida não fosse sarada. A restauração de Pedro era estritamente necessária para o seu recomeço, para que ele fosse um grande homem de Deus.
·         As Brechas são uma oportunidade para o Diabo nos desanimar e nos levar a deixarmos de seguir a Jesus. O profeta Elias desanimado, pediu a morte para si (1 Reis 19.4). Davi diz que enquanto não confessou os pecados vivia cansado, só chorava e não dormia (Salmo 32.3).
·         E uma vez sarados, estamos prontos para sermos bênçãos nas mãos de Deus. Vamos ser usados com poder. Vamos fazer a diferença. Vamos nos tornar pescadores de homens. Vamos cuidar das ovelhas de Jesus.

·         Não é clichê, mas nunca é tarde para recomeçar. Não importa quanto tempo faz que você desistiu. Jesus pede duas coisas: amor e disposição de servir, o resto Ele providencia. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário