Texto: Lucas
5.17-20
Tema: Fé,
Estratégia e Perseverança.
Introdução:
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Temos refletido nos encontros de Jesus com
pessoas que, aos olhos dos líderes religiosos e das pessoas em geral, estavam
sendo desprezadas, marginalizadas e esquecidas, seja social, emocional, física
e principalmente, espiritual. Mas Jesus agiu de forma diferente para com elas,
e na atitude de Jesus, aprendemos como discípulos e igreja a forma correta de
agir.
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O texto de hoje é interessante, pois vemos como
a fé de alguns homens beneficiou um paralítico duplamente: a cura física e o
perdão dos pecados (a salvação espiritual). Além da fé, eles precisaram de perseverança
e estratégia.
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Jesus vendo a disposição de todos (mais dos
homens que do paralítico em si), realizou o desejo deles, pois na cura e
salvação do paralítico, os homens se regozijaram também. Eles nos ensinam sobre
uma fé altruísta, que ama, se preocupa com o bem estar e age com compaixão e
graça. É isso tipo de fé que Jesus espera da sua Igreja e dos seus discípulos.
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Dessa experiência de Jesus, queremos refletir
sobre a Fé, Estratégia e Perseverança no processo de apresentar pessoas
necessitadas a Jesus Cristo, para que o Cristo ministre a graça e sua benção
sobre eles.
1. O PRIMEIRO
PASSO É TER FÉ. v.20
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A fé, aquela “certeza de que vamos receber as coisas que esperamos”, aquela
disposição pela qual “conseguiremos a
aprovação de Deus” e que “entendemos
que o Universo foi criado pela palavra de Deus” (Hb 11.1-3). Esta atitude
que sem a qual é “impossível agradar a
Deus” (Hb 11.6). É disso que precisamos como discípulos e Igreja para levar
pessoas a Cristo.
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Naturalmente a fé nos leva a ação/obras (Tg
2.14,17,20). Toda a teoria da fé se materializa com atitudes e ações práticas.
Até mesmo a ORAÇÃO nos ensina isso: ORAR + AÇÃO = ORAÇÃO. Este é um princípio
que precisamos recuperar e viver. Desejar e agir, querer e fazer, pensar e
praticar.
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O texto destaca a fé dos homens que levavam o
paralítico e não a fé dele mesmo. Jesus se dirige ao homem na cama, mas evoca a
fé dos que o conduziam. Esse é um dos exemplos onde pela fé de outros, alguém é
beneficiado, tal qual Mateus 8.13; 15.28; João 4.50. Vejamos o poder da fé para
benefício próprio ou de outrem.
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Primeiramente os pecados da alma do enfermo
foram perdoados, depois o seu corpo enfermo foi curado. Isso sinaliza a
prioridade de Jesus em relação as diversas necessidades dos homens. O foco
principal é promover a salvação, em seguida agraciar com a cura, a alma é mais
importante que o corpo (Mateus 10.28).
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Estamos praticando nossa fé em favor da salvação
de pessoas que estão sem Cristo ou estamos usando ela apenas em nosso próprio
favor? Temos orado pela salvação de pessoas ou só por nossas necessidades? A fé
demonstrada na oração é um elemento fundamental no processo de evangelização. A
primeira ação do evangelismo é a prática da fé através da oração.
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Se queremos que Jesus promova a salvação àqueles
que amamos, não podemos nos eximir da oração. É justamente a falta de oração
que evidencia a falta de conversão e crescimento da Igreja. Quando praticarmos
este princípio, vamos experimentar um grande crescimento.
2. O SEGUNDO PASSO
É PERSEVERAR. v.18
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O texto mostra Jesus ensinando e alguns fariseus
e mestres da lei chegaram para ouvir, logo a casa ficou pequena para tanta
gente, ademais “o poder do Senhor estava
com Jesus para que ele curasse os doentes” (v.17). Quando os homens
chegaram trazendo o paralítico, não conseguiram espaço para entrar, mas eles
não desistiram.
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As alternativas de acesso mais comuns (portas e
janelas) não estavam acessíveis, muita gente já havia ocupado aqueles espaços.
Restava aos homens desistir e levar o paralítico de volta ou perseverar para
apresentá-lo diante de Jesus, mas como fazer isso?
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Então eles optam por uma alternativa inusitada e
mais trabalhosa, poderíamos até dizer impensável, uma loucura. Subir com o
paralítico no telhado e, após abrir um buraco, baixá-lo diante de Jesus. Um
procedimento que tinha muito para dar errado e acabar em fracasso.
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Nesta atitude vemos a perseverança daqueles
homens. Se os caminhos naturais estavam obstruídos, isso não era motivo
suficiente para desistir. A perseverança nos faz enfrentar a situação e não
fugir dela, nos propicia continuar tentando até que nossa intenção seja
alcançada.
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A Bíblia nos incentiva a perseverar: Tiago
1.2-4; Romanos 5.3-5; Filipenses 3.13-14. Paulo incentiva Tiago e os Romanos
dizendo que a “prova da fé” e “através das tribulações” vem a perseverança. Quem
nunca enfrenta adversidades, não exerce a fé e nem suporta tribulações.
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Se queremos ver nossa igreja crescer, precisamos
perseverar em conduzir pessoas a Jesus por meio da oração e da ação. Muitos
pais, cônjuges, amigos, oraram anos até a conversão chegar ao coração daqueles
por quem oravam. Não podemos desistir, a desistência é a certeza de que nada
vai acontecer. Perseveremos até o fim como diz Apocalipse.
3. O TERCEIRO
PASSO É A ESTRATÉGIA. v.19
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O texto apresenta uma situação difícil para o
que eles queriam: colocar o homem aleijado diante de Jesus. Os meios comuns
eram impossíveis. Desistir não estava nos planos. Eles tiveram que buscar
alternativas e desenvolver uma estratégia. Com fé e perseverança, encontraram
solução.
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A saída, ou melhor, a entrada foi pela cobertura
casa. Levaram o paralitico para o telhado, onde fizeram uma abertura pela qual
desceram o homem e sua cama na frente de Jesus. Para a estratégia dar certo,
precisaram de coragem, ousadia, esforço. Uma falha e a situação do paralítico
poderia piorar, inclusive a deles. Uma queda colocaria tudo em risco.
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Se os caminhos naturais estavam obstruídos,
novos caminhos deveriam ser abertos. É isso que a estratégia, motivada pela fé
e a perseverança faz, encontra solução e saída onde ninguém mais encontra. A
estratégia certa foi a chave para que aquele homem pudesse ser salvo e curado.
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O fim só justifica os meios se esta finalidade
for para uma boa causa. Em se tratando da condição do paralítico e o desejo de
ser apresentado diante de Jesus, toda estratégia seria válida. Quando falamos
de levar pessoas a Jesus para salvação, não podemos recusar as estratégias, e
principalmente os PRINCÍPIOS bíblicos para isso. Paulo usou várias estratégias
(1 Cor 9.19-23).
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Como igreja e discípulos, que estratégias
estamos usando para levar pessoas a Jesus? Podemos ser uma igreja de programas, onde
20% dos membros trabalham para o resto consumir e sempre exigir que seja feito
melhor. Podemos ser uma igreja de campanhas e correntes, que
prende as pessoas e determina a Deus os dias e que Ele deve fazer para nos agradar. Ou podemos ser uma igreja
que vive os princípios do NT onde cada pessoa é um ministro e leva
outros a Jesus, seja só ou em grupo.
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Esta Igreja vive o Evangelho, não apenas fala
dele. Estes cristãos transmitem vida, não apenas conceitos religiosos. Estes
discípulos oram, visitam, testemunham e evangelizam todos os dias da semana,
pois seu relacionamento com Cristo é seu estilo de vida e não um evento.
CONCLUSÃO:
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Estes homens tiveram uma intenção alicerçada na fé, levar o paralítico diante de Jesus. Se
não formos intencionais naquilo que fazemos, não teremos resultados. Você
intenciona levar pessoas a Jesus para salvação?
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Para realizar a intenção tiveram que superar
os obstáculos com a perseverança. Não vai ser em uma semana que
levaremos outros a Jesus. O processo intencional pode ser longo, não podemos desistir
na primeira dificuldade.
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Mas a fé e a perseverança podem falhar se não usamos
a estratégia certa. Leve a pessoa primeiro a você, depois apresente a
ela o seu Jesus pessoal, integre ela a seu círculo cristão de amizades, depois
de salva, ela vai querer fazer parte da sua Igreja.
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