Tema: Crer sem
Ver é a Essência da Fé
Introdução:
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Antes da morte, Jesus teve encontros
inspiradores com pessoas, desses encontros estamos dando um norte para o nosso
ministério cristão e para nossa vida de discípulos. Mas depois de ressuscitado,
nosso Senhor continua nos inspirando a cuidar de pessoas. Ele se encontra com
Maria Madalena, com dois discípulos de Emaús, Tomé, com Pedro.
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Destes encontros, já refletimos sobre a
experiência de restauração de Pedro, hoje vamos ver a atitude de Tomé e como
Jesus tratou da sua incredulidade quanto ao testemunho dos demais seguidores.
Ele queria ver os sinais dos cravos, tocar neles e apalpar o lado ferido do seu
corpo.
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Tomé pertencia ao círculo mais restrito em torno
de Jesus (Jo 11.16; 14.5; 21.2; At 1.3)
1. O PREJUÍZO DA
AUSÊNCIA. v.24,25
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Assim como Judas, Tomé não estava com os
discípulos no dia da páscoa, este é um fato, independente dos motivos, sua
ausência, isso trouxe consequências. Jesus se manifesta no círculo dos seus
mais próximos, quem não está neste círculo também perde a participação na ação
de Jesus.
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Para Tomé esta perda foi grande, ele não viu o
Senhor ressuscitado. Mesmo ouvindo depois o testemunho dos outros discípulos,
ele não creu em algo que, pela sua natureza, era tão maravilhoso e libertador.
Para ele nem “ver” Jesus seria suficiente, ele precisava se convencer de modo
palpável que aquele era Jesus.
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Algumas pessoas, em ocasiões de tristeza muito
grande e desoladora, encontram consolo umas nas outras. Já outros, contudo
preferem se recolher a um canto e ficar sozinhas com seu pesar. Isso lhe
ocasionou mais uma semana de espera até ver o Senhor ressuscitado.
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Somente a realidade de um acontecimento palpável
atesta a realidade da vitória de Deus sobre pecado, morte e diabo e todos os
horrores deste mundo em que vivemos. Tomé duvida por aflição e por ardente
anseio de certeza.
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Aprendemos com Tomé que se ausentar da comunhão
dos discípulos, seja por qual motivo for, tende a trazer mais prejuízo que
benefício. Aprendemos com Jesus que mesmo aqueles que estão distantes, são
importantes para o Senhor e são dignos de receber uma nova chance.
2. A FÉ PODE SER
INCRÉDULA. v.26,27
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Como em toda sua atuação, também agora Jesus
visa o indivíduo em sua situação peculiar. Tomé não é repreendido por Jesus.
Ele é atingido pelo amor sério de Jesus, que deseja levar esse discípulo da
aflição da incerteza e da dúvida para a fé viva.
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Tomé precisa primeiramente experimentar que
Jesus o conhece completamente. Jesus está presente e ouve a palavra que trocam.
Tome vive algo semelhante ao que viveu Natanael (Jo 1.45-50). Somos vistos,
ouvidos e conhecidos por Jesus, incluindo nossas dúvidas e indignações,
inclusive quando pensamos estar muito distantes – isso basta para nos rendermos
a Ele.
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Jesus permite a Tomé fazer exatamente o que ele
havia colocado como condição para crer na ressurreição. Ele queria crer, mas
não queria ser vitima de uma ilusão, razão pela qual estabeleceu uma condição
para sua fé.
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“Incredulidade” não é mera “ausência de fé”, mas
sim a rejeição consciente da fé, ou seja, uma ação ativa do ser humano, assim
como acontece com a fé. Agora Tomé precisa tomar uma decisão, não podia
continuar na dúvida.
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Aprendemos com Tomé que uma fé cega pode ser tão
ou mais prejudicial que a falta dela. Assim como o ceticismo e a incredulidade
causam danos, a fé sem razão pode causar danos. Aprendemos com Jesus que, mesmo
no processo de confirmar nossa fé, podemos pedir sinais visíveis de que
realmente é Ele que está agindo em nosso favor.
3. A ESSÊNCIA DA FÉ
EVANGÉLICA. v.28,29
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Tomé não estende a mão nem põe o dedo nas marcas
dos pregos. Já não precisa disso. O Senhor vivo se revelou a ele de forma
poderosa, que o deixou envergonhado no mesmo instante em que fala com ele e
repete suas palavras.
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Ele reconhece a audácia inexplicável que seria
tocar nas chagas de Jesus desse modo. Ele crê na ressurreição e se curva diante
de Jesus e chamando-o de seu Senhor e seu Deus.
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Ainda que Tomé tenha chegado a fé sem precisar
tocar a Jesus, ainda assim teve necessidade de “ver” a Ele ante de crer. Todos
puderam usufruir da comunhão visível com Jesus ressuscitado para serem
testemunhas da ressurreição.
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Este é o final do evangelho, como a história vai
continuar? Será que pessoas apenas chegarão à fé e confessarão a Jesus como
Senhor e Deus porque também viram a Ele? será que Jesus precisa continuar
aparecendo a pessoas e lhes mostrar as mãos e o lado?
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Está fé tão clara, tão firme, tão segura, que
por causa dela as pessoas suportam com alegria a perda de seus bens, prisão,
dores e morte. É tão poderosa que se torna a palavra de Deus (1 Pe 1.8).
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Agora, precisamos anunciar esta palavra mundo a
fora para alcançar as pessoas com tanta força que por intermédio da palavra
elas creem em Jesus sem verem. Nesta fé acompanha a confissão de Tomé “Jesus,
Senhor meu e Deus meu” que é a essência do evangelho.
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Aprendemos com Tomé que a essência da fé, a
reconhecer o Cristo Ressuscitado como Deus e Senhor, deve ser propagada a todo
mundo. aprendemos com Jesus que para ter esta fé real, não precisamos necessariamente
de provas materiais.
CONCLUSÃO:
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Tomé é muitas vezes rotulado como incrédulo, mas
na verdade ele só queria bases sólidas para alicerçar sua fé.
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Assim com ele, alicerce sua fé na Palavra e no
testemunho daqueles que viram o Senhor, até você mesmo ter sua experiência com
Ele.
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O encontro pessoal de Tomé com Jesus dispensou a
materialidade – o toque físico já não era mais necessário.
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Desta forma, todo aquele que conhece
pessoalmente Jesus como Salvador, deixa de duvidar e passa a crer nele.
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De um cético em busca de um sinal, Tomé passou a
ser um crente sincero e entusiasta, com sua fé firme e direcionada.
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Se há alguma dúvida ainda em sua mente ou
coração sobre Jesus, busque se encontrar com ele. Seus conceitos e impressões
vão mudar.
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