15 de mar. de 2017

Procurando Adoradores


Texto: João 4.20-24
Tema: À Procura de Adoradores

Introdução:
·         Os termos que traduzem “adoração” indicam o ato de inclinar-se, prostrar-se (Deut 20.5); beijar a mão de alguém (como um cachorro que lambe a mão do seu mestre (Mat 4.10). O sentido de adoração está ligado a ideia de “serviço”, à semelhança do trabalho efetuado pelos escravos ou empregados. Deste serviço surgem o temor, reverencia, admiração e respeito.

·         A adoração dos judeus e dos samaritanos estava condicionada a um local físico. Os judeus adoravam no templo sobre o monte Moriá em Jerusalém. Os Samaritanos adoravam no templo rival sobre o monte Gerizim em Samaria.
·         Mas o foco de Jesus não era o lugar físico da adoração, era o coração, o relacionamento dela com o Senhor. Jesus não estava preocupado com as condições morais, sociais, religiosas, raciais ou geográficas. Jesus estava priorizando a pessoa da mulher, não importa quem era ou como estava.
·         Jesus está à procura de pessoas dispostas a se prostrar diante dele, assumir um compromisso de servi-lo em temor e santa reverência. Para fazer isso não há um lugar físico, mas exige uma condição interior, de coração. A adoração deve ser verdadeira e espiritual.

1. JESUS QUEBROU TABUS - AGIU DE FORMA DIFERENTE
·         O pano de fundo deste incidente é profundo desprezo que os judeus e os samaritanos sentiam uns pelos outros. Não é surpresa que os samaritanos respondessem com inimizade aos judeus. Quando viajavam entre a Galileia e a Judeia, muitos judeus preferiam atravessar o Jordão a passar por Samaria. Jesus, porém, não seguiu esta prática.
·         Fala com uma mulher – v.7. Os fariseus evitavam qualquer contato com mulheres que não fossem parentes. Jesus conversa com a mulher e revela a nós sua dedicação ao propósito de seu Pai celeste, bem como o próprio desejo de conduzir essa pessoa à eternidade.
o   Não podemos negligenciar a necessidade de salvação das pessoas omitindo delas o plano salvador de Jesus. Nossa tarefa como discípulos e igreja é falar, testemunhar, usar todas as oportunidades para comunicar a todas as pessoas o amor de Deus.
·         Teve contato com uma samaritana – v.9. Na opinião dos rabinos todos os samaritanos eram ritualmente imundos. Já a paixão de Jesus era salvar os perdidos, alvo este que lhe era infinitamente mais importante que a comida e a bebida.
o   Ao nosso redor existem muitas pessoas sem salvação e muitas delas julgamos não serem dignas de merecer uma oportunidade de mudança. Não há ninguém tão pecador que não possa vir a se converter e ser salvo pela graça de Jesus.
·         Ensinou a mulher – v.10. Os fariseus opinaram que seria melhor queimar a Torá do que entrega-la a uma mulher. Mas Jesus usou aquele momento para, a partir da lei, mostrar a ela que Ele era o Messias, o Salvador.
o   Isso nos prova que existem ao nosso redor pessoas dispostas a ouvir a Palavra de Deus. Devemos compartilhar com elas que Jesus pode suprir suas necessidades espirituais. Devemos investir tempo na vida destas pessoas, sentar com elas dividir nosso conhecimento da Palavra, para que conheçam a verdade e sejam salvos.

2. JESUS: O GANHADOR DE ALMAS
·         Abre o dialogo fazendo um pedido (v.7). “Por favor, me dê um pouco de água”. Um pedido simples dentro de um contexto cotidiano, mas que tinha a intencionalidade de não terminar após beber a água. Jesus sabia onde queria chegar com o diálogo – apresentar-se como a água da vida - por isso lhe pede água.
o   É de situações cotidianas e conversas comuns – será que vai chover, hoje tá quente, quem vai se eleger, seu time ganhou ontem, etc – que podemos partir para apresentar o evangelho às pessoas. Para isso é preciso a intenção, querer que a conversa chegue em Jesus e não simplesmente ficar nas trivialidades.
·         Desperta curiosidade (v.9). Algo estava fora dos padrões sociais da época, um homem judeu conversando com uma mulher e ainda, samaritana. Este fato disparou o gatilho da curiosidade: Quem era este homem? Quais eram suas intenções?
o   Temos uma ferramenta muito útil em despertar o interesse das pessoas: o nosso testemunho pessoal de conversão. Não a nossa igreja ou denominação, não o que e quanto eu tenho, mas o quanto Jesus mudou minha vida e como eu vivo agora. Se usarmos nosso testemunho para atrair a atenção das pessoas, abriremos portas de evangelização.
·         Provoca interesse (v.10). Jesus usa a expressão “se você soubesse...” e apresenta três argumentos que possam interessar a ela: 1. O que Deus pode lhe dar; 2. Quem eu sou? 3. Você conhece a água da vida? A mulher se interessa pela última: “o senhor não tem balde... como é que vai conseguir essa água da vida?”. Bingo, ela mordeu a isca e agora Jesus pode continuar o diálogo evangelístico.
o   Se o nosso testemunho gerou interesse, a pessoa vai pedir para falar mais da minha experiência, isso significa que ela está aberta para ouvir do evangelho. Se ela desviar o assunto, talvez seja melhor recuar e esperar outra oportunidade para continuar. Se a pessoa não tiver interesse não adianta falar da salvação, o efeito será contrário.
·         Leva a uma auto avaliação (v.16-18). Ao pedir para chamar o marido, Jesus estava tocando na ferida da mulher, este era o sexto relacionamento conjugal dela, e em nenhum ela encontrou a realização. Ela precisava de cura, restauração, perdão, coloca seu interior em ordem, e isso só bebendo da água da vida. Os fracassos sentimentais eram fruto de uma vida interior em pedaços.
o   Na evangelização não podemos iludir as pessoas dizendo que Deus é dez e que Jesus é bom, levando a pessoa a entender que pode permanecer como está, levando a vida do jeito que está, sem um processo de confissão, quebrantamento e mudança de vida.
·         Se revela o Salvador (v.19,26). Aquele homem judeu que quebrou tabus e fez contato, conversando e ensinando a mulher não era um homem comum. Ele era mais que um profeta, era o Messias, o Cristo, o Salvador enviado por Deus para restaurar a humanidade.
o   Aqui está toda nossa intencionalidade no convívio com as pessoas, apresentar a elas um Jesus que é Salvador e Senhor, que conhece e pode mudar a vida de quem vai a Ele e permite que ele transforme. Precisamos ter esta meta de vida: anunciar o salvador ao maior número possível de pessoas.
·         Cria o desejo de testemunhar (v.28,29). A mulher deixa seu pote humano vazio ao pé do poço, e volta com seu coração cheio da água viva para repartir com as pessoas da sua cidade. Assim “muitos creram em Jesus porque a mulher tinha dito...” e ainda “outros creram... não pelo que voce disse, mas porque nós mesmos o ouvimos falar”.
o   Quando há uma genuína conversão, brota o real desejo de testemunhar sobre Jesus a todas as pessoas, e assim, levá-las aos pés de Jesus.

3. JESUS ENSINA COMO SE RELACIONAR COM ELE
·         O local não é o mais importante (v.21, Atos 7.48). Não importa em qual monte ou em qual templo, pois eles já não são necessários. Quem precisa de um local físico para adorar, ainda não compreendeu o que é a verdadeira adoração. O homem tem reconstruído os locais que o próprio deus destruiu para nos ensinar o real sentido da adoração.
·         Nosso foco é Deus e só Ele. Se não há um local físico, só sobra o Senhor. As estruturas tiram o foco de Deus. Houve um tempo na história da Igreja em que as pessoas iam aos templos para contemplar as belezas das catedrais e suas estruturas magnificas, e elas não se importavam se não encontrassem o próprio Deus.
·         É de forma espiritual (João 3.5,6; 14.17). Jesus diz que é preciso beber da água da vida, isso não é um único momento, mas sim um ato progressivo e repetido. Para beber da água da vida é necessário estar junto da fonte que é o próprio Cristo. Ninguém pode beber se estiver distante da fonte.
·         Deve ser verdadeira (8.32; 14.6; 17.17). Devemos estar diante de Deus com sinceridade e dirigidos pelo Espírito Santo. A adoração deve ser em conformidade com a verdade do Pai que se revela no Filho e se recebe mediante o Espírito. Quem vive uma adoração que ignora a verdade e as doutrinas da Palavra, está desprezando o único alicerce da verdadeira adoração.

CONCLUSÃO:
·         Ser adorador é quebrar tabus, é falar com quem outros não falam. Se relacionar com aqueles que foram abandonados. É ensinar quem está perdido na ignorância espiritual.
·         Ser adorador é ser um ganhador ávido de almas, que procura de forma intencional, agir e promover oportunidades para dividir o seu testemunho pessoal.
·         Ser adorador é se relacionar com o Senhor em cada momento do meu dia, não importando onde ou o que eu esteja fazendo.

·         Ser um adorador é ter a minha sede espiritual saciada por Jesus, e estar cheio dele a ponto de transbordar aos demais sedentos a preciosa água da vida.

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