Tema: Entrega, Confissão e Salvação
Introdução:
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Hoje vou
ministrar sobre a “pecadora” ou “mulher de má fama” que ungiu os pés de Jesus
com o puro nardo, um óleo perfumado de altíssimo valor (provavelmente comprado
com seu pecado), guardado em um vaso de alabastro - produzido com um tipo de
pedra frágil, transparente, muito usada para substituir o vidro. Estes frascos
eram selados e descartáveis, eram quebrados ao abrir e jogados fora quando
ficavam vazios.
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Jesus
foi convidado por Simão, um fariseu,
para comer em sua casa. Ou ele queria apanhar Jesus em alguma atitude ou
pronunciamento, ou queria conhecer melhor a Jesus, queria ver de perto este
personagem que sua fama se espalhava por onde passava. Quem sabe o fariseu não
se sentiria atraído pela pregação de Jesus? É certo que ele queria observar as
palavras de Jesus, mais de perto.
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Jesus
aceitou o convite e foi ter com ele. Mesmo reprovando os fariseus por sua
conduta, demonstrou não ter nenhum preconceito. As conversas de Jesus nestes
tipos de encontro, eram extremamente edificantes. Jesus estava em todos os
lugares em obediência à vontade do Pai, anunciando o evangelho.
1. A PECADORA E SUA ENTREGA (v.37-38).
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E Jesus
vinha de longas peregrinações pela palestina, estradas secas, pedregosas e
empoeiradas. Ele entra na casa de Simão e é recebido com desconfiança e frieza.
Jesus toma o seu lugar à mesa. Eles ficavam meio sentados e meio encostados. As
pernas e a parte inferior do corpo ficavam estendidas sobre um sofá, enquanto a
parte superior do corpo ficava ligeiramente elevada e sustentada pelo cotovelo
esquerdo, que repousava sobre um almofadão. O braço direito e a mão direita
ficavam livres para movimentar-se e pegar o alimento. A mesa era bastante baixa
e próxima a cabeça. Os pés dos convidados ficavam fora dos sofás.
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E eis
que de repente entra uma mulher na sala do banquete. Logo foi reconhecida por
todos como uma pecadora que vivia na região. Uma mulher imoral.
Aquela de quem as pessoas comentavam, cochichavam aos ouvidos quando se
aproximava. Era discriminada. Ninguém queria a sua companhia ou amizade.
Ninguém queria ser visto conversando com ela, muito menos teria coragem de
tocá-la, "sob o risco de ser contagiado por seus pecados"! Era o
pensamento religioso da época.
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A mulher
pecadora trazia um vaso de alabastro, com um bálsamo suave, que desejava ungir
os santos pés de Jesus, que estavam descalços porque, segundo o costume
oriental, as sandálias ficavam na entrada da casa. Ela, sem se importar com a
reprovação dos olhares dos convidados, teve grande coragem e se aproxima de
Jesus, na frente da multidão que conhecia as suas ofensas. E quando se prostra
com o bálsamo puro nardo, se depara com os pés do salvador.
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A mulher
imediatamente, tomada de grande emoção, não pôde se conter, num soluço, derrama
lágrimas sobre os pés do mestre, com água que vinha de sua alma, os começa a
lavar e os enxuga com seus cabelos. Este choro é muito profundo! Há muita
reflexão aqui. Há arrependimento de pecados. A Pecadora chorava e refletia suas
ações passadas. Seu coração estava totalmente arrependido, quebrantado. Pensava
em uma mudança interior. Estava disposta a uma nova prática de vida. Assim a
pecadora, beijava e ungia os pés de Jesus, em uma atitude de amor, na confissão
da sua incapacidade de se autojustificar, mas crendo na justificação pela fé.
2. O FARISEU RELIGIOSO E RESISTENTE (v.36,39)
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Logo o
anfitrião, dono da casa, em um excesso de farisaísmo, começa a lançar dúvidas
sobre a santidade de Jesus, pois se deixava ser tocado por uma pecadora, ainda
que arrependida. Jesus lê o seu pensamento e traz uma resposta que contrasta
com a ação de humildade da pecadora. Jesus com frequência comparava o pecado a
uma dívida. Um denário equivalia à uma diária de um trabalhador braçal.
Quinhentos denários correspondiam ao salário de um ano e meio.
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O
procedimento de Simão o fariseu, foi dominado pela frieza e desconfiança, pois
segundo os rituais da hospitalidade, à chegada dos convidados, um dos criados
e, até o próprio dono, lavava e enxugava respeitosamente os pés, mal protegidos
da poeira e barro dos caminhos, pelas simples sandálias que calçavam (João
13.4ss “O lava pés”).
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O
anfitrião também recebia seus hóspedes com um beijo. E durante a refeição se
derramava algumas gotas de óleo perfumado sobre a cabeça dos convidados. Simão
não cumpriu estes rituais com Jesus, manifestando seu caráter soberbo. Ele como
os demais fariseus, não reconhecia os seus pecados, se achava santo, cheio da
sua própria justiça. Pensava que não tinha motivo para ser perdoado.
3. JESUS E OS PECADORES (v.44-50)
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O fato é
que todos devem a Deus. Todos pecaram, todos estão em dívida e não têm como
pagar. Assim, o que diferencia Simão o fariseu da pecadora que ungiu os pés de
Jesus, são suas atitudes.
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Por
isso, não manifestou obras de arrependimento. Sem arrependimento, seus pecados
permaneciam. Já a pecadora que ungiu os pés de Jesus, não se prendeu a teoria
da lei, mas teve para com o Mestre uma atitude de amor. A pecadora reconhecia
seus muitos pecados. E demonstrava o amor de quem alcançou um magnífico perdão.
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Muito
mais do que a Lei é o Amor. Simão não entendia que o amor supera em muito os
pecados! E quem consegue entender a grandeza do perdão recebido, se entrega
totalmente ao amor de Jesus.
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Jesus
nos passa um exemplo de humildade de beleza incomparável. Um Deus sublime,
majestoso, porém humilde e acessível e que ama! O fariseu pensava que servia a
um Deus que abominava e afastava o pecador e não se importava com eles. Simão
não sabia amar e perdoar.
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Jesus
porém conhecia a reputação da pecadora, todavia estava interessado em salvá-la por meio da graça de Deus. Ele não afasta o pecador arrependido, mas o
transforma para fazer a sua obra. O amor de Deus salva. O amor de Deus
transforma e perdoa!
CONCLUSÃO:
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A
prioridade de Jesus no seu ministério eram as pessoas, principalmente, sua
condição espiritual, porque desta se manifestava todas as outras degradações:
moral, social, econômica, etc.
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Jesus valorizou
a atitude de entrega da mulher mais que a religiosidade resistente do fariseu.
Mas ele levou os dois a refletir sobre sua condição perante Deus: ambos estavam
em débito.
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A mulher
recebe o perdão e a Salvação de Jesus “A sua fé salvou você. Vá em paz” (Luc
7.50). Já o fariseu, ao que parece, continuou duvidando “Que homem é esse que
até perdoa pecados?” (Luc 7.49).
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Assim
como estes dois personagens, nós também estamos em débito com Jesus. Como nós
iremos reagir perante a oferta de salvação disponibilizada por Jesus?
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