28 de mar. de 2017

Entrega, Confissão, Salvação


Texto: Lucas 7.36-39
Tema: Entrega, Confissão e Salvação

Introdução:
·         Hoje vou ministrar sobre a “pecadora” ou “mulher de má fama” que ungiu os pés de Jesus com o puro nardo, um óleo perfumado de altíssimo valor (provavelmente comprado com seu pecado), guardado em um vaso de alabastro - produzido com um tipo de pedra frágil, transparente, muito usada para substituir o vidro. Estes frascos eram selados e descartáveis, eram quebrados ao abrir e jogados fora quando ficavam vazios.
·         Jesus foi convidado por Simão, um fariseu, para comer em sua casa. Ou ele queria apanhar Jesus em alguma atitude ou pronunciamento, ou queria conhecer melhor a Jesus, queria ver de perto este personagem que sua fama se espalhava por onde passava. Quem sabe o fariseu não se sentiria atraído pela pregação de Jesus? É certo que ele queria observar as palavras de Jesus, mais de perto.

·         Jesus aceitou o convite e foi ter com ele. Mesmo reprovando os fariseus por sua conduta, demonstrou não ter nenhum preconceito. As conversas de Jesus nestes tipos de encontro, eram extremamente edificantes. Jesus estava em todos os lugares em obediência à vontade do Pai, anunciando o evangelho.

1. A PECADORA E SUA ENTREGA (v.37-38).
·         E Jesus vinha de longas peregrinações pela palestina, estradas secas, pedregosas e empoeiradas. Ele entra na casa de Simão e é recebido com desconfiança e frieza. Jesus toma o seu lugar à mesa. Eles ficavam meio sentados e meio encostados. As pernas e a parte inferior do corpo ficavam estendidas sobre um sofá, enquanto a parte superior do corpo ficava ligeiramente elevada e sustentada pelo cotovelo esquerdo, que repousava sobre um almofadão. O braço direito e a mão direita ficavam livres para movimentar-se e pegar o alimento. A mesa era bastante baixa e próxima a cabeça. Os pés dos convidados ficavam fora dos sofás.
·         E eis que de repente entra uma mulher na sala do banquete. Logo foi reconhecida por todos como uma pecadora que vivia na região. Uma mulher imoral. Aquela de quem as pessoas comentavam, cochichavam aos ouvidos quando se aproximava. Era discriminada. Ninguém queria a sua companhia ou amizade. Ninguém queria ser visto conversando com ela, muito menos teria coragem de tocá-la, "sob o risco de ser contagiado por seus pecados"! Era o pensamento religioso da época.
·         A mulher pecadora trazia um vaso de alabastro, com um bálsamo suave, que desejava ungir os santos pés de Jesus, que estavam descalços porque, segundo o costume oriental, as sandálias ficavam na entrada da casa. Ela, sem se importar com a reprovação dos olhares dos convidados, teve grande coragem e se aproxima de Jesus, na frente da multidão que conhecia as suas ofensas. E quando se prostra com o bálsamo puro nardo, se depara com os pés do salvador.
·         A mulher imediatamente, tomada de grande emoção, não pôde se conter, num soluço, derrama lágrimas sobre os pés do mestre, com água que vinha de sua alma, os começa a lavar e os enxuga com seus cabelos. Este choro é muito profundo! Há muita reflexão aqui. Há arrependimento de pecados. A Pecadora chorava e refletia suas ações passadas. Seu coração estava totalmente arrependido, quebrantado. Pensava em uma mudança interior. Estava disposta a uma nova prática de vida. Assim a pecadora, beijava e ungia os pés de Jesus, em uma atitude de amor, na confissão da sua incapacidade de se autojustificar, mas crendo na justificação pela fé.


2. O FARISEU RELIGIOSO E RESISTENTE (v.36,39)
·         Logo o anfitrião, dono da casa, em um excesso de farisaísmo, começa a lançar dúvidas sobre a santidade de Jesus, pois se deixava ser tocado por uma pecadora, ainda que arrependida. Jesus lê o seu pensamento e traz uma resposta que contrasta com a ação de humildade da pecadora. Jesus com frequência comparava o pecado a uma dívida. Um denário equivalia à uma diária de um trabalhador braçal. Quinhentos denários correspondiam ao salário de um ano e meio.
·         O procedimento de Simão o fariseu, foi dominado pela frieza e desconfiança, pois segundo os rituais da hospitalidade, à chegada dos convidados, um dos criados e, até o próprio dono, lavava e enxugava respeitosamente os pés, mal protegidos da poeira e barro dos caminhos, pelas simples sandálias que calçavam (João 13.4ss “O lava pés”).
·         O anfitrião também recebia seus hóspedes com um beijo. E durante a refeição se derramava algumas gotas de óleo perfumado sobre a cabeça dos convidados. Simão não cumpriu estes rituais com Jesus, manifestando seu caráter soberbo. Ele como os demais fariseus, não reconhecia os seus pecados, se achava santo, cheio da sua própria justiça. Pensava que não tinha motivo para ser perdoado.

3. JESUS E OS PECADORES (v.44-50)
·         O fato é que todos devem a Deus. Todos pecaram, todos estão em dívida e não têm como pagar. Assim, o que diferencia Simão o fariseu da pecadora que ungiu os pés de Jesus, são suas atitudes.
·         Por isso, não manifestou obras de arrependimento. Sem arrependimento, seus pecados permaneciam. Já a pecadora que ungiu os pés de Jesus, não se prendeu a teoria da lei, mas teve para com o Mestre uma atitude de amor. A pecadora reconhecia seus muitos pecados. E demonstrava o amor de quem alcançou um magnífico perdão.
·         Muito mais do que a Lei é o Amor. Simão não entendia que o amor supera em muito os pecados! E quem consegue entender a grandeza do perdão recebido, se entrega totalmente ao amor de Jesus.
·         Jesus nos passa um exemplo de humildade de beleza incomparável. Um Deus sublime, majestoso, porém humilde e acessível e que ama! O fariseu pensava que servia a um Deus que abominava e afastava o pecador e não se importava com eles. Simão não sabia amar e perdoar.
·         Jesus porém conhecia a reputação da pecadora, todavia estava interessado em salvá-la por meio da graça de Deus. Ele não afasta o pecador arrependido, mas o transforma para fazer a sua obra. O amor de Deus salva. O amor de Deus transforma e perdoa!

CONCLUSÃO:
·         A prioridade de Jesus no seu ministério eram as pessoas, principalmente, sua condição espiritual, porque desta se manifestava todas as outras degradações: moral, social, econômica, etc.
·         Jesus valorizou a atitude de entrega da mulher mais que a religiosidade resistente do fariseu. Mas ele levou os dois a refletir sobre sua condição perante Deus: ambos estavam em débito.
·         A mulher recebe o perdão e a Salvação de Jesus “A sua fé salvou você. Vá em paz” (Luc 7.50). Já o fariseu, ao que parece, continuou duvidando “Que homem é esse que até perdoa pecados?” (Luc 7.49).

·         Assim como estes dois personagens, nós também estamos em débito com Jesus. Como nós iremos reagir perante a oferta de salvação disponibilizada por Jesus?

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