Tema: TRANSFORMAÇÃO:
Limpado a Sujeira da Alma e do Corpo
Introdução:
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Estamos abordando
com a Igreja um tema para este ano de 2017: “Nossa Prioridade são Pessoas”. O
nosso modelo é o próprio Senhor Jesus, por isso falamos sobre a mulher adúltera
(João 8), o homem leproso (Mateus 8) e o bom samaritano (Lucas 10). Hoje vamos
ver como Jesus agir em relação a este homem dominado por demônios.
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Este milagre de
Jesus é ainda mais extraordinário que o anterior (v.23-27), pois o cenário da
luta não é contra a natureza, mas a alma humana. Isso reforça nossa percepção
que o mais importante são as pessoas, não as coisas materiais ou de qualquer
outra natureza.
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Este homem
possesso tem força física descomunal (v.3); levado a auto destruição (v.5); resiste
à presença de Deus (v.7); conhecimento sobrenatural (v.7); não é ele quem fala
(v.7,9); alteração da voz (v.9,12); transferência espiritual (v.12); convulsões
e gritos (v.13); cura plena instantânea (v.15).
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Para a cultura
judaica, a impureza do homem era tripla: 1. A terra dos pagãos impura; 2. O
lugar dos túmulos; 3. A possessão demoníaca. Com isso ele vivia separado de
Deus e sem esperança. Quem além de Jesus poderia se importar com ele e sua
condição? Quem se disporia mudar sua vida? Jesus nos ensina que precisamos ir
ao encontro das pessoas e ajuda-las a mudar de vida.
1. JESUS MUDA NOSSA CONDIÇÃO. v.5,15
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O texto apresenta
um homem pagão de uma região pagã, vivendo em um alto grau de impureza, ele
vida em túmulos (cavernas naturais ou rochas escavadas) onde se depositavam os
mortos. Somente os mais pobres ou quem não se importava com mais nada se
abrigava ali (Jó 30.6), ou pagãos que invocavam os mortos (Is 65.4), e, os possessos
por espíritos imundos. Os demônios são espíritos a serviço do diabo, são anjos
caídos, enviados para torturar as pessoas.
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A salvação
aconteceu na vida dele, como que ressuscitasse dos mortos, agora está sentado
com dignidade, não tem ataques ou convulsões, saiu da imundice, não vive mais
bradando, passou sua revolta, a miséria, a ira, não está mais nu.
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Ele se
transformou num ser humano normal graças a Jesus que é a fonte de humanização,
que traz o novo em plena liberdade.
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Este homem
simboliza a condição humana geral de perdição no pecado, tal qual Paulo declara
aos romanos (7.15,17,20,24). É possível ser saudável no corpo e alma, instruído
e comportado, respeitado e aceito, e mesmo assim ter experiências com uma “foça
de ocupação” invisível, que nos aliena e não nos deixa viver a vida pra qual
existimos.
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Não conseguimos
lidar conosco mesmos, com nosso coração e nossos impulsos. A consequência é um
comportamento contraditório de auto degradação. Tornamo-nos insuportáveis para
nós mesmos e para os outros.
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O número dos que
nos suportam é pequeno e vai diminuindo. A decadência é evidente. É como se
houvesse um propósito de destruir-nos. Para estes insuportáveis é que Jesus
existe em tempo integral.
2. JESUS NUNCA SERÁ UNANIMIDADE. v.16-17
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Ao libertar o
homem, Jesus permite que os demônios passassem para os porcos. Segundo Calvino,
os demônios enganaram Jesus, pois com a morte dos porcos ele foi convidado a se
retirar da cidade. Mas foi Jesus quem enganou os espíritos, pois com a morte
dos porcos, e ficando sem morada, eles tiveram que retornar ao abismo.
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Amedrontados os
homens fugiram, o temor de Deus veio sobre eles e sobre os que ouviram o
ocorrido com o homem, antes endemoninhado, mas agora transformado. Mesmo sendo
poderoso, Deus não torna ninguém automaticamente seu seguidor. Ele dá motivos
para segui-lo, mas não impõe a fé ao ser humano. As pessoas podem desejar que
ele saia de suas vidas, principalmente quando o reinado de Deus prejudica os
seus interesses, pois preferem ficar como estão.
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Mas vemos aqui
uma lição: pessoas são mais importantes do que os bens. Mas aqueles homens ao
ver o que houve com o homem e com os dois mil porcos, deram mais valor aos animais,
pois pediram para Jesus se retirar de suas terras.
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Jesus é vitorioso
sobre o poder de Satanás, logo podemos ter esperança em meio a total confusão
interior de um viciado, de famílias falidas, da sobrecarga profissional e
demais crises da vida.
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Não podemos nos
iludir na expectativa de que todas as pessoas às quais compartilhamos sobre
Jesus vão se converter e mudar de vida. Nossa preocupação deve ser compartilhar
Jesus com o maior número possível de pessoas, para que todos tenham a
oportunidade de mudança.
3. JESUS NOS MANDA TESTEMUNHAR. v.18-20
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Após sua
transformação o homem desejou deixar sua terra para seguir a Jesus, mas não lhe
é permitido, pois deveria ficar como testemunha viva da misericórdia que não
terá fim e trará esperança aos mais rejeitados, pois Deus faz maravilhas
através de Jesus.
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Ele não se tornou
apóstolo, mas um missionário, passou a anunciar que existe um Deus que quer
tirar o mundo do caos, libertar quem está preso nos sepulcros, que se preocupa
com os rejeitados, socorre os impotentes.
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Este homem
representa a humanidade sem Deus, perseguido, oprimido, torturado, enlouquecido
e arruinado pelos espíritos. Ele mesmo aponta para a esperança da restauração
da condição humana, após a despedida de Jesus ele fica como mensageiro da
salvação através de seu testemunho.
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O mesmo pode
acontecer com as pessoas ao conhecer a Jesus. O impacto da transformação é tão
grande que elas desejam não mais se apartar de Jesus. Isso é bom, mas pode ser
uma armadilha, pios o desejo de caminhar com Jesus pode afastá-las das pessoas.
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É comum encontrar
crentes tão envolvidos com Jesus, com outros crentes, com a Igreja que
literalmente não fazem o principal da vida cristã: TESTEMUNHAR aquilo que Jesus
fez por elas. Andar com Jesus é bom, mas ser uma testemunha é o que lhe agrada.
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Uma igreja que se
reúne para adorar é benção, mas ela será mais eficaz se sair para testemunhar e
trazer os frutos para adorar juntamente com ela. Assim como adoradores,
precisamos nos tornar testemunhas ousadas e fieis diante dos homens.
CONCLUSÃO:
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A Bíblia afirma: “se o filho vos
libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36). “Se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram,
eis que tudo se fez novo” (2Cor 5.17).
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Há um condicional “se” nestes versos. A liberdade e a nova vida
dependem de tornar essa condicional uma realidade em nossas vidas a partir de
uma entrega total a ele.
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A nossa contrapartida na transformação é expressa por Paulo “vos despojeis
do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa
mente; e vos revistais do novo homem”
(Efésios 4:22-24).
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Deus quer nos transformar. Jesus providenciou todas as ferramentas para
isso. Cabe a cada um nós deixar ele promover esta mudança, nos colocando como
barro nas mãos do oleiro.
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