14 de fev. de 2017

Piedade: Servir ao Próximo


Texto: Lucas 10.25-37
Tema: Piedade: Servir ao Próximo Com Amor

Introdução:
·         Esta narrativa resume todos os tipos de pessoas e suas circunstâncias, pois resume toda a administração da conduta humana.
·         Diferente das demais parábolas que usam símbolos, esta usa exemplos, e se constitui em um tratado de ética prática mais profundo e mais poderoso que qualquer outro.
·         A parábola não apresenta uma analogia espiritual para cada imagem (a vitima, o sacerdote, o levita, o samaritano), mas ilustra o agir com Compaixão e Graça em contraste com o egoísmo.
·         O Propósito da parábola era fazer com que o doutor da lei identificasse a identidade do próximo a quem ele deveria amar, pois sendo mestre, nenhum gentio seria o próximo dele, pois só considerava como próximo os outros judeus.

·         Pi.e.da.de (latin pietate), significado 1: Ter amor e respeito às coisas religiosas; devoção, religiosidade; Significado 2: Ter Compaixão pelos sofrimentos alheios; sentir pena, dó.
·         Estamos vivendo dias de secção e partidarismo em todos os grupos sociais deste a política, passando pela religião, até chegar nas famílias. As pessoas estão se isolando em tribos, tornaram-se incapazes de ver o diferente como alguém digno de si.

1. O AMBIENTE DE AÇÃO É ONDE AS PESSOAS ESTÃO. v.30
·         O viajante (provavelmente um mercador judeu) percorria uma estrada movimentada, onde passam muitas pessoas e aconteciam vários incidentes, ele “descia” de Jerusalém para Jericó.
·         Em Jerusalém ficava o templo, o centro de adoração e comunhão com Deus, o local de trabalho do sacerdote e do levita. Distante 24 quilômetros ficava Jericó, uma espécie de abrigo sacerdotal, onde viviam sacerdotes e levitas quando não estavam no templo.
·         Aquela estrada que ligava as duas cidades ficava num vale rochoso e perigoso, era frequentada por ladroes e assaltantes (Horodes dispensou 40 mil trabalhadores do templo, muitos se tornaram assaltantes), não oferecia segurança aos viajantes. Os sacerdotes e levitas, por sua vocação religiosa, nunca eram alvo dos bandidos.
·         Foi justamente ali, na estrada, num lugar deserto que aquele homem precisou de ajuda e socorro. Ele não foi até o templo onde o sacerdote e levita estavam, estes foram, mesmo que não intencionalmente onde o homem estava.
·         Com isso aprendemos que se queremos ajudar as pessoas, é preciso ir até elas, pois estão caídas, feridas, enfraquecidas nos seus pecados, vícios, miséria, presos em imoralidades, falcatruas de tal forma que não vão conseguir sair sozinhas.

2. DEUS DÁ AS OPORTUNIDADES DE AÇÃO. v.31,32
·         Casualmente (v.31). Será que para o viajante, isso era casualidade ou destino? Deus preparou aquele momento na vida daqueles homens. Boas oportunidades estão encobertas sob os acontecimentos que parecem acontecer apenas por acaso. Mas na providência de Deus não existe casualidade.
·         Mas o sacerdote e o levita não viram aquela situação como uma oportunidade, algo preparado por Deus para que pudesse ajudar uma alma necessitada. Simplesmente passaram pelo homem ferido, se esquivando dele.
·         Após as suas obrigações e sacrifícios, eles deveriam ser misericordiosos para com o homem ferido, mas eles haviam deixado Deus no templo e não tinham tempo nem compaixão por seu companheiro judeu, talvez estivessem com pressa para chegar em casa e cuidar de outras coisas.
·         Eles conheciam a lei com o seu mandamento sobre o amar a Deus e ao próximo, mas com dureza de coração passaram distante do ferido, não o ajudaram, não traduziram a fé em Deus em preocupação e cuidado para com o viajante.
·         Deus coloca em nossas vidas pessoas para que possamos ministrar Compaixão e Graça, porém não podemos agir como o sacerdote e o levita, nos esquivando, ou fazendo de conta que não é conosco. Vamos olhar ao nosso redor, quantas pessoas temos perdido, por não olhar para elas com um olhar de oportunidade, não para explorar, mas para abençoar.

3. SEM AÇÃO A RELIGIOSIDADE SE TORNA VAZIA
·         Na atitude do sacerdote e do levita, Jesus reprova uma religião falsa, sem coração, destituída de compaixão, formal e organizada, para revelar no bom samaritano o verdadeiro espírito da religião em sua essência.
·         Assim como eles falharam na sua missão, a Igreja se esquece de seu dever primário, quando a fortuna, o conforto, a descontração e o orgulho minam as forças de sua compaixão.
·         Os samaritanos eram uma mistura de judeus e gentios, por isso eram odiados pelos judeus puros. Mesmo morando geograficamente próximos, não se consideravam próximos no sentido moral.
·         A parábola tem o propósito de mostrar como a religião e a vida do judeu eram vazios, pois apoiava em dois princípios errados: a confiança em si mesmos a auto justificação e desprezo alheio.
·         Devemos cuidar para não viver uma religiosidade vazia, orgulhosa, vaidosa, soberba, auto suficiente a ponto de estar preocupado apenas conosco e esquecer dos que estão abandonados. Devemos praticar nossa religião com atos de amor, ação e socorro.

4. NOSSA AÇÃO EM FAVOR DO PRÓXIMO
·         Enquanto o sacerdote e o levita passaram pelo homem, o samaritano foi até ele, teve compaixão, prestou socorro. Assim o mestre da lei é levado a entender que também deveria mostrar misericórdia, pois assim nos tornamos próximos daqueles a quem ajudamos.
·         O mandamento divino de amar o próximo é cumprido quando nos empenhamos em ajudar ao necessitado demonstrando compaixão e graça.
·         O nosso próximo é alguém que precisa de nós, não importando quem seja. O real sentido de ser próximo não é estar perto, mas de amar.
·         O nosso próximo é aquele que tá salvo e que não está, aquele que podemos oferecer ajuda no tempo da aflição e aqueles com quem podemos manter comunhão.
·         Devemos estar dispostos a abrir mão da nossa condução, do vinho do azeite, dos panos e das moedas, até mesmo atrasar nossa viagem para demonstrar compaixão ao próximo. Isso significa pensar mais no outro e menos em mim. Querer mais o bem estar do outro e não somente o meu.
·         Quando foi a última vez que socorremos alguém? Que tiramos recursos do nosso bolso para abençoar alguém que estava em situação de vulnerabilidade? Qual a última vez que não fomos egoístas, mas altruístas?

CONCLUSÃO:
·         Deus considerou a humanidade seu próximo, percebeu no mundo pecador a incapacidade de mudança e perdição devido ao pecado.
·         Assim enviou o seu Filho para nos tirar daquele estado e nos sarar, nos colocar num lugar seguro, suprir nossas necessidades e prometeu voltar para nos levar para si mesmo.

·         Ao narrar esta parábola, Jesus estava demonstrando como Deus age em nosso favor, quando estamos sozinhos, feridos e abandonados.

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