Tema: Quando o Comum se torna Extraordinário
Introdução:
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Lucas descreve como era o cristianismo e como ele agia. Descreve como
esta nova igreja se comportava (eles oravam intensamente e desfrutavam de
profunda comunhão), mas não estavam fechados em si mesmos, eles estavam aptos a
novas experiências.
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O tema principal de Atos cap. 3-5 é como o testemunho dos discípulos os
colocou em conflito com os líderes judaicos, que tentaram impedir a pregação
(4.32-35), os sinais miraculosos e o testemunho do nome de Jesus (5.12-14).
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Este evento marca o começo do declínio da popularidade da igreja
descrita em 2.47. Esse choque com os líderes judeus era inevitável, da mesma
forma que ocorreu com Jesus. Os ideais da Igreja e do judaísmo eram opostos,
principalmente no que se referia a pessoa de Jesus, o Messias.
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O milagre da cura é seguida
por um discurso explicativo de Pedro
(3.12-26) e depois pela prisão dos
apóstolos por parte dos líderes (4.1-3). Pedro fez o milagre que Jesus fazia,
pois agiu “em nome dEle”, isso mostra a continuidade entre o ministério de
Jesus e o testemunho da Igreja.
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Este evento é uma demonstração dos milagres descritos em Atos 2.43 e da
prática devocional da igreja (2.46), isso nos mostra uma igreja composta por
discípulos que tinham uma rotina/constância espiritual, eles não dependiam de
eventos ou programas especiais.
1. DISCÍPULOS
COMUNS, MAS COM ALGO DIFERENTE (v.1)
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Pedro e João vão ao templo para orar, homens judeus comuns faziam isso
(Luc 18.10). Era a hora do sacrifício diário da tarde que acontecia às 15h (Ex
29.38s), pois o costume judeu transferiu um dos três períodos de oração (Dan
6.11; 9.21) para essa hora do sacrifício.
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Eles como simples homens judeus também foram participar deste momento, até
então não traziam sobre si nenhum diferencial, mesmo já tendo o revestimento do
Espírito sobre suas vidas. Mas homens simples com o Poder do Espírito, podem
fazer algo diferente e extraordinário.
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Não precisamos de cargos, funções ou títulos para poder fazer algo diferente
para Deus. Quando entendemos o sacerdócio de todos os crentes, e nos dispomos
pelo Espírito Santo a ser usados pelo Senhor, até situações simples podem
fornecer experiências extraordinárias.
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O que nos tornará diferentes dos demais será o quanto nós nos
entregamos a uma vida de consagração a Deus, de busca, de oração, de jejum, de
disciplina espiritual genuína. O nosso diferencial deve ser o poder do Espírito
Santo agindo através de nós para transformar vidas.
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A maneira como reagimos aos estímulos de Deus é que vai nos qualificar
como um discípulo comum ou com algo diferente. Não podemos nos contentar em ser
mais um para fazer volume. Algo diferente precisa fazer parte da nossa vida.
2. PESSOAS
COMUNS, MAS MARGINALIZADAS (v.2-4)
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Era uma hora de muito movimento no templo, por isso o homem aleijado
era colocado à porta que levava ao “átrio dos gentios e das mulheres” onde
qualquer judeu tinha permissão para entrar. Alguns dizem que não era o melhor
lugar para pedir esmolas.
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Não havia nenhum amparo para deficientes e pobres, assim eles tinham
que se virar. Já havia na cultura religiosa que a esmola era uma obra que
trazia benção (Mat 6.1-4), junto com a oração e o jejum configuravam o culto.
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Os olhares deles se cruzam, será que Pedro e João já tinham notado ele
antes? Será que agora Pedro se sente capaz de ajudar de fato o homem e não
apenas dar uma esmola? Com um contato pessoal Pedro, diferente da multidão,
rompe a impessoalidade daquela relação.
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A vida deste homem é marcada por uma dupla atitude: a insistência
formada pelo hábito de pedir esmola e a indiferença que o preparava para as
decepções de, nem sempre, receber esmola.
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Quantos aleijados estão diante de nossas vistas e nós não percebemos
porque estamos cegos, ou nossa atenção está em outras coisas, ou elas não são
nossa prioridade? Como discípulos não podemos fazer de conta que não é nossa
responsabilidade esse tipo de pessoa.
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Pessoas com casamentos destruídos, presas às drogas ou aos pecados
mundo, pessoas engadas por falsas religiões, que perderam o ânimo de continuar
vivendo, etc, etc. Pessoas marginalizadas dentro e fora da Igreja, esperando
uma atenção, uma ajuda para mudar de vida.
3. PROBLEMAS
COMUNS, MAS SOLUÇÕES DIFERENTES (v.5,6)
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O homem fica surpreso com a atitude diferente de Pedro e João, ele não
está acostumado a ser tratado assim. Talvez, pela atenção, ele espera receber
uma grande quantia. Mas a expectativa não se confirma.
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Pedro, uma vez deixado sua profissão e recebendo da Igreja apenas o
necessário para sobreviver, diz não ter dinheiro para dar, pois se encontrava
na mesma situação que esse homem.
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Pedro sendo um homem simples, sem dinheiro é muito rico. Ele é
“apóstolo” de Deus, e com o poder do Espírito ele pode dar o que as pessoas
mais ricas de Jerusalém não conseguiram compensar com seu dinheiro.
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O diferencial é o “nome de Jesus” que aparece em sua forma peculiar “o
Messias, o Nazareno”. A partir de agora tudo vai girar em torno desse “nome”
(Atos 3.16; 4.7,10,12; 5.28,40).
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O que fazemos quando alguém vem pedir um conselho ou uma ajuda? O que
fazemos quando um casal está por se separar? Quando um filho admite estar
viciado? Quando o marido bebe e bate na mulher? Quando um adolescente se rebela
contra os pais? Que soluções apresentamos?
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Como discípulos precisamos dar o que as pessoas precisam não o que elas
querem. Como discípulos temos a solução para os problemas comuns da vida, a
solução é Jesus. Precisamos apresentar este Jesus como aquele que pode de fato
mudar qualquer realidade de vida.
4. VIDAS
COMUNS, MAS COM TESTEMUNHO (v.7-11)
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Vemos que Pedro está confiante a ponto de pegar o homem pela mão e
levantá-lo. Nada é dito sobre a fé daquele homem, mas podemos ver uma fé que
era suficiente para aquele momento. Apesar de aparente absurdo, ele confia na
palavra de Pedro.
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Pedro não pensou nas consequências daquele ato, mas se alegrou com o
homem que agora liberto de sua miséria podia andar, pular e adorar a Deus. O
homem curado agora usa e usufrui daquilo que não tinha para entrar no templo,
sua alegria e felicidade o conduzem a Deus.
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Tudo isso não ficou escondido, pois era uma hora de muita agitação. As
pessoas viram ele curado e reconheceram que era o aleijado. O milagre por si só
levou o povo a maravilhar-se, à admirar com temor, agora Pedro tem a
oportunidade de ministrar a Palavra de salvação.
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É bem provável que se esperamos momentos especiais tais como programas,
campanhas, congressos para experimentar algo diferente, nunca teremos tal
experiência. Se no nosso dia a dia não encontramos situações para testemunhar,
vamos nos tornar bons discípulos teóricos.
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Sentimos a necessidade de viver algo diferente na presença de Deus? Ou
será que estamos conformados com as mesmices da rotina religiosa vazia? Pedro e
João puderam vivenciar algo diferente, marcante, profundo. Nós também podemos!
CONCLUSÃO:
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Aprendemos que a igreja e os discípulos de Jesus se dedicaram à oração
constante. Eles viveram e desfrutaram da comunhão profunda. E eles tiveram
experiências extraordinárias através do seu testemunho.
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Oração, Comunhão e Testemunho. Isso nutria vida da igreja e dos
discípulos. Isso fazia com que mesmo em meio a perseguições a igreja crescesse
e se tornasse referencia na sociedade.
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