Tema: Como Cristãos Temos o Dever de Testemunhar
Introdução:
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Temos visto como os princípios para a edificação de uma Igreja saudável
e relevante estão expostos no livro de Atos do Apóstolos. De maneira bem
singela, encontramos o princípio da Oração (cap. 1); da Comunhão (cap. 2);
Poder/Autoridade (cap. 3).
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No cap. 4 o destaque é o Testemunho de Pedro e João perante os judeus e
as autoridades. Depois da cura do homem aleijado no templo (3.6-8), Pedro se
levanta com poder a autoridade e começa seu segundo sermão público (3.12-26),
tendo como resultado 2 mil conversões (4.4).
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A cura e a pregação sobre ter Jesus ressuscitado incomodou os líderes
judeus (4.2), eles então prenderam Pedro e João. No dia seguinte o conselho de
líderes judaicos se reuniu e os discípulos foram trazidos até a presença deles.
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É neste ambiente que Pedro e João têm a oportunidade e cumprem o seu
dever de testemunhar, o qual não foi permitido aos anjos (1Pe 1.10-12), cumprindo
assim o dito em Atos 1.8 e praticando o quarto princípio para o desenvolvimento
da Igreja. Vejamos 4 características que envolve o nosso testemunho:
Para cumprir o
dever de testemunhar precisamos de...
1.
PODER/AUTORIDADE DE JESUS - v.7,8
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A primeira pergunta que os líderes fizeram foi justamente sobre a
natureza do poder e autoridade que eles curaram o homem aleijado. Pedro cheio
do Espírito Santo afirma que “foi feito em nome e no poder de Jesus de Nazaré,
o Messias”.
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Percebamos que a fonte de autoridade é Jesus, Ele disse que tem “toda
autoridade no céu e na terra” (Mat 28.18), esta autoridade foi transferida aos
discípulos no pentecostes (Atos 1.8) e agora é exercida plenamente pelos
discípulos na pregação e na realização de sinais e milagres.
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O nosso testemunho deve ser alicerçado da autoridade de Jesus, jamais
na nossa capacidade humana. É muito triste quando comtemplamos discípulos
exaltando a si próprios ou aos seus líderes como se eles fossem o próprio
Cristo, cheio de poder e autoridade.
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Nós somos apenas mordomos de Deus, administramos tudo aquilo que Ele
nos concede, inclusive os dons espirituais. Nada é nosso ou nos pertence. Em
nós não há poder ou autoridade, eles emanam de Jesus sobre nossas vidas para
ser usados no testemunho.
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Podemos afirmar que a falta de testemunho é reflexo da ausência da
autoridade de Jesus sobre nossas vidas. Um discípulo pleno desta autoridade
cumprirá seu dever, sendo uma testemunha fiel e ousada, para que o nome de
Jesus seja conhecido e glorificado através dele.
Para cumprir o
dever de testemunhar precisamos...
2. ANUNCIAR A
SALVAÇÃO EXCLUSIVA POR JESUS - v.12
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Na justificação da autoridade para curar, Pedro cita e aponta aos
líderes o homem que eles crucificaram, mas que Deus ressuscitou, aquele que era
o Messias, referido nas escrituras como a pedra rejeitada, que se tornou a
principal.
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Então de maneira direta e explícita, Pedro afirma que a salvação é
única e exclusiva por meio de Jesus, não havendo em todo universo outro nome
para os homens chamarem a fim de serem salvos. Pedro não inclui o conceito de
salvação, mas da exclusividade de Jesus.
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Assim com os judeus tinham seus conceitos sobre a salvação, hoje muitas
pessoas têm suas ideias e seguem diversas doutrinas as quais incluem as obras –
ajudar o próximo; o merecimento – ser bom e não fazer o mal; o sofrimento – uma
espécie de purificação.
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Precisamos entender e nos convencer primeiro, para então poder
testemunhar que a salvação é exclusiva em Jesus. Não provém de uma vida
religiosa, de uma denominação, de atos ditos “sacramentais”, ou de qualquer
outra divindade. Muitos ditos cristãos precisam primeiro ser salvos,
experimentar o novo nascimento, pois estão vivendo a religião, não a salvação.
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Nosso testemunho deve incluir além dos milagres e sinais, do quanto
Deus me abençoa e supre minhas necessidades, falar do plano salvador de Deus.
Precisamos dar a oportunidade para nosso ouvinte refletir sobre sua vida
espiritual e seu relacionamento com Jesus.
Para cumprir o
dever de testemunhar precisamos...
3. DESENVOLVER
INTIMIDADE COM JESUS - v.13
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O espanto do conselho foi ver como Jesus influenciou e transformou
aqueles homens simples, e como agora estavam cheios de poder. Eles perceberam o
que “a convivência com Jesus havia feito
neles”. Foram três longos anos, mas agora vemos o resultado, valeu a pena
investir neles.
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Durante o ministério de Jesus ele precisava optar entre uma geração ou
a humanidade. Ao escolher a humanidade, ele precisava de um plano que fosse
perpetuado. Então Ele escolheu doze homens para investir o melhor de si,
através de um relacionamento pessoal e íntimo.
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O nosso testemunho não pode ser vazio, mas o que vai dar corpo e
conteúdo não é religião ou a igreja, mas o quanto estamos vivendo em intimidade
com Jesus por meio das disciplinas espirituais. Quanto mais íntimos formos de
Jesus, mais poderemos falar dele para os outros.
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Não podemos viver das experiências de outros. Não podemos apenas
compartilhar o que Jesus fez e está fazendo ao meu redor. Precisamos ter as
nossas experiências com Jesus, mas isso só será possível se desenvolvermos uma
intimidade genuína com Ele.
Para cumprir o
dever de testemunhar precisamos...
4. PERSEVERAR
DIANTE DAS AMEAÇAS - v.20
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Os líderes não podiam desmentir o feito milagroso (v.14), mas
precisavam dar uma solução para aquele caso, então decidem intimidar os
discípulos com ameaças de castigos mais severos, pensando assim que eles iram
deixar de testemunhar e a fama de Jesus não se espalharia.
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Agora os discípulos precisavam escolher se obedeceriam aos líderes ou a
Deus (v.19), mas sem sombra de dúvidas eles estavam dispostos a tudo pelo
Senhor. Eles não podiam parar de falar e testemunhar das maravilhas que Jesus
fez e sem dúvida, continuaria fazendo.
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Esta disposição em perseverar diante das ameaça se evidencia nos versos
29,30 quando eles oram para Deus “conceder
grande coragem em sua pregação” e para que o “poder de curar, os milagres, e as maravilhas continuassem” em nome
de Jesus. Eles não se acovardaram.
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Vivemos numa sociedade livre onde não nos é impedido de pregar
publicamente, mas que isso não nos engane, nos fazendo pensar que é fácil
professar a nossa fé em Jesus. De forma indireta e velada, somos impedidos de
professar nossa fé, de anunciar a Jesus para as pessoas.
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Por isso precisamos sim romper as ameaças, sejam de qualquer natureza
ou com qualquer intensidade. Não se cale no seu trabalho, na sua escola, no seu
circulo de amizades, diante de seus familiares, com sua vizinhança. Se negarmos
a Jesus diante dos homens, ele nos negará.
CONCLUSÃO:
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Como termina esta história de Pedro e João? Ela não termina. Eles
continuaram pregando com coragem e poder (v.31,33), Deus continuou fazendo
milagres através deles (5.12); cada vez mais a igreja crescia em número (5.14).
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Agora todos os apóstolos são presos (5.18), mas isso não os detém, o
anjo os liberta da prisão e manda eles voltarem ao templo para pregar
(5.20,21). Eles são presos de novo (5.26,27), levados diante do conselho e
ameaçados.
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Por fim, Gamaliel, membro do conselho sugere que “deixem estes homens
em paz” (v.38). Então eles “todos os dias... continuavam a ensinar e a pregar
que Jesus é o Messias” (5.42).
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Eles entenderam que como cristãos tinham o dever de testemunhar, e o
fizeram, indo até a última consequência.
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