Tema: Recuperando o Princípio da
Comunhão
Introdução:
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A comunhão é algo que está no coração de Deus, foi Ele quem planejou e
nos fez com esta necessidade de estar em comunhão. Em Gênesis 2.18 Deus disse “não é
bom que o homem esteja só”. No cap. 3.8 lemos que “ao ouvirem a voz do Senhor Deus,
que andava pelo jardim no final da tarde... esconderam-se da presença de Deus”
ou, fugiram da comunhão.
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Quando um bebê nasce, ele fica dependente de seus pais por muito tempo,
coisas simples como comer, higiene pessoal, dormir, locomover-se. Em tudo a
criança é dependente. Diferente de certos animais que nascem correndo pelo
campo. Mas por que isso? Por que o ser humano foi planejado para viver a
comunhão.
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O que é comunhão?
o DICIONÁRIO: 1. Ato de realizar ou desenvolver alguma coisa em conjunto. 2. Harmonia
no modo de sentir, pensar. 3. Onde há união ou ligação; compartilhamento.
o BÍBLIA:
A palavra é Koinonia: “fraternidade, associação, comunidade, comunhão,
participação conjunta, relação”, que deriva de Koinonos: “companheiro,
associado, colega, sócio em algo” que provem de Koinos: “comum,
ordinário, que pertence a generalidade” que por fim, provem de Sun:
com “preposição primária que denota união”.
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Comunhão é você estar com
alguém, fazendo algo em comum, é ter
uma vida em comunidade, é estar em
plena união com Deus e com as
pessoas.
1. BASES PARA COMUNHÃO. Atos
2.38
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Arrependimento. Diferente de “consciência
pesada”, leva a pessoa a uma mudança. Quem se arrepende de fato, não volta a
cometer o mesmo erro. Quem diz que se arrependeu de matar, mas vive cometendo
homicídios, não se arrependeu. Assim quem continua mentindo, fofocando, sendo
rebelde, etc, é porque de fato não se arrependeu, passou pela mudança e vive em
união.
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Testemunho. Alguém disse: “pregue em
todo o tempo, se for preciso fale”. Nosso modo de viver é uma maneira de
testemunhar. Muito mais que nossas palavras, as pessoas vão ouvir nossa vida e
nossos frutos. Mau testemunho afasta as pessoas da Igreja e da comunhão.
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Vida Santa. O pecado atrapalha a comunhão
com Deus (Gn 3.8), cria uma barreira entre as pessoas (Mat 18.15), fecha a
porta para relacionamentos, nutre as inimizades e mata a comunhão. Ananias e
Safira não tinham santidade, foram mortos para não colocar em risco a comunhão
da Igreja (Atos 5).
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Vida com Deus. Embora a sociedade
secularizada pregue que você deve dar atenção para suas necessidades, correr
atrás dos seus sonhos, investir em você, sabemos que uma vida com Deus é algo
que jamais podemos negligenciar (Ageu 1.4).
2. ASPECTOS PRÁTICOS DA
COMUNHÃO. v.41
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A Comunhão interpessoal é consequência de uma comunhão com Deus. Assim
como eu só posso amar o outro de experimentar o amor de Deus na minha vida,
ficará mais simples ter comunhão com as pessoas de tenho uma intimidade com
Deus.
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A Comunhão interpessoal exige um afastamento do pecado. v. 40
o Acolheram a palavra – arrependimento. Muitas pessoas dentro de
nossas igrejas não se relacionam com outras porque não ouve perdão mútuo gerado
através de arrependimento. Intrigas, disputas, invejas e outros sentimentos
brotam no coração que não se arrependeu. A tal da raiz da amargura (Heb. 12.15)
é o que mata a comunhão na Igreja.
o Foram batizados – testemunho. Em dia de jogo cada um
coloca com orgulho a camisa do seu time, porém se o time está mal na tabela,
passa-se a esconder a torcida e criticar o técnico e jogadores. Assim há muitos
na Igreja que não assumem publicamente seu compromisso com Cristo e com a
Igreja local e ainda reclamam do pastor do pastor e dos irmãos.
o Juntarem-se a igreja –
comunhão.
Note que o aumento da Igreja foi assombroso. Hoje lutamos para formar uma igreja
grande e forte, mas as pessoas não querem o compromisso. Não se juntam a
Igreja, parece que há uma escala de rodízio na presença. Se todos os membros
viessem aos cultos, todo domingo a Igreja estaria cheia.
3. BENEFÍCIOS DA COMUNHÃO –
v.42
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O verso em questão afirma que a nova comunidade tinha um estilo de vida
que nos leva a pensar em 4 disciplinas espirituais fomentadas, desenvolvidas e
praticadas pela Igreja:
o Conhecimento da Palavra –
doutrina dos apóstolos. Veja que não é como as doutrinas dos “apóstolos” modernos. Esta
doutrina era simplesmente os ensinos que haviam recebido de Cristo e agora
estavam partilhando com a Igreja.
o Amizade e companheirismo –
comunhão.
Era um povo que gostava de estar junto, infelizmente hoje nós vivemos isolados
que muitos não sabem a cor do sofá do irmão. É cada um no seu mundinho, ninguém
sabe nada de ninguém.
o Dividir os pesos – partir do
pão. A
igreja ministrava a Ceia do Senhor como um pacto de vida. Nas cavernas, nas
catacumbas, as escondidas do Império Romano. Mas eles não temiam, se preciso
pagavam com a própria vida.
o Fortalecer a fé – oração. Uma igreja sem oração não
avança. É na oração que nos aproximamos dos irmãos, e com as respostas a nossa
fé aumenta. Não tenha medo nem receio de pedir que outro irmão ore por você.
4. CONSEQUÊNCIAS DA COMUNHÃO
– v.43-47
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Podemos listar aqui algumas consequências de viver em comunhão:
o Temor. Provérbios diz que o
“temor do Senhor” é o início para ser sábio. Quando vivemos sem temor a Deus,
vivemos para nós mesmos e nosso ego.
o Sinais. Não podemos ser
extremistas, a ponto de descrer dos sinais, mas não podemos viver só em função
e busca deles. Onde não há unidade, não haverá sinais de Deus.
o União. Não podemos achar que
somos auto suficientes, principalmente na fé. A igreja é um braseiro em chamas,
ao afastar-se, enfriamos e apagamos.
o Comum. O ego deve ir para lata do
lixo. Não mais meu, e sim nosso. Não é meu carro, minha casa, meu dinheiro,
meus dons, etc.
o Repartir. O individualismo nos leva
a reter, guardar, acumular para estar tranquilo. Mas quanto mais juntamos menos
temos, e quanto mais repartimos com mais ficamos.
o Perseverança. É o que falta hoje. As
pessoas vem para Igreja, mas na primeira dificuldade, se afastam e não voltam
mais.
o Ir ao templo. Com a tecnologia, muitos
hoje cultuam em casa, dizimam no internet bank, até a Ceia já pode ser virtual.
O templo fica muito longe. Hoje tá chovendo. Hoje tá muito frio ou muito calor.
E assim ficamos em nossas casas.
o Estar nas casas. Temos que romper com uma
cultura romana de pensa em culto só no templo. Nós somos o templo. Nossas casas
devem ser pequenas igrejas durante a semana.
o Alegria. Cantamos “a alegria está
no coração de quem já conhece a Jesus”, as não sorrimos, não brincamos, nos
demonstramos esta tal “alegria”.
o Simplicidade. Não confunda com pobreza e
miséria. Ser simples é um estado de espírito que não se altera pelo que tenho
ou deixo de ter.
o Louvor. No hebraico não existe
termo para “agradecer”, era através do louvor que expressavam sua gratidão ao
Senhor.
o Aprovação. A igreja caiu na graça do
povo. Eram bem vistos e bem quistos pelos de fora. Infelizmente hoje para
algumas pessoas, o falar que é crente, gera muito descrédito.
o CRESCIMENTO.
§ Preste atenção no texto “dia a dia o Senhor acrescentava os que iam
sendo salvos.” Perceba que a o resultado final da comunhão era vidas sendo
transformadas, agregadas à Igreja que crescia diariamente. Deus não vai enviar
pessoas para um lugar onde há disputa, discórdia, facção, inveja, etc.
§ O salmo 133 é um alerta de
que viver em comunhão é um meio de gerar crescimento “ali o Senhor ordena a benção”.
CONCLUSÃO:
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O princípio que vai gerar um grande mover de crescimento na Igreja
chama-se COMUNHÃO. Quando entendemos isso, e vivemos dessa maneira, as pessoas
começam a chegar, conversão, batismo, dons, ministérios, nada para a Igreja.
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