25 de out. de 2016

Retorno à Comunhão


Texto: Atos 2.38-42
Tema: Recuperando o Princípio da Comunhão

Introdução:
·         A comunhão é algo que está no coração de Deus, foi Ele quem planejou e nos fez com esta necessidade de estar em comunhão. Em Gênesis 2.18 Deus disse “não é bom que o homem esteja só”. No cap. 3.8 lemos que “ao ouvirem a voz do Senhor Deus, que andava pelo jardim no final da tarde... esconderam-se da presença de Deus” ou, fugiram da comunhão.

·         Quando um bebê nasce, ele fica dependente de seus pais por muito tempo, coisas simples como comer, higiene pessoal, dormir, locomover-se. Em tudo a criança é dependente. Diferente de certos animais que nascem correndo pelo campo. Mas por que isso? Por que o ser humano foi planejado para viver a comunhão.
·         O que é comunhão?
o   DICIONÁRIO: 1. Ato de realizar ou desenvolver alguma coisa em conjunto. 2. Harmonia no modo de sentir, pensar. 3. Onde há união ou ligação; compartilhamento.
o   BÍBLIA: A palavra é Koinonia: “fraternidade, associação, comunidade, comunhão, participação conjunta, relação”, que deriva de Koinonos: “companheiro, associado, colega, sócio em algo” que provem de Koinos: “comum, ordinário, que pertence a generalidade” que por fim, provem de Sun: com “preposição primária que denota união”.
·         Comunhão é você estar com alguém, fazendo algo em comum, é ter uma vida em comunidade, é estar em plena união com Deus e com as pessoas.

1. BASES PARA COMUNHÃO. Atos 2.38
·         Arrependimento. Diferente de “consciência pesada”, leva a pessoa a uma mudança. Quem se arrepende de fato, não volta a cometer o mesmo erro. Quem diz que se arrependeu de matar, mas vive cometendo homicídios, não se arrependeu. Assim quem continua mentindo, fofocando, sendo rebelde, etc, é porque de fato não se arrependeu, passou pela mudança e vive em união.
·         Testemunho. Alguém disse: “pregue em todo o tempo, se for preciso fale”. Nosso modo de viver é uma maneira de testemunhar. Muito mais que nossas palavras, as pessoas vão ouvir nossa vida e nossos frutos. Mau testemunho afasta as pessoas da Igreja e da comunhão.
·         Vida Santa. O pecado atrapalha a comunhão com Deus (Gn 3.8), cria uma barreira entre as pessoas (Mat 18.15), fecha a porta para relacionamentos, nutre as inimizades e mata a comunhão. Ananias e Safira não tinham santidade, foram mortos para não colocar em risco a comunhão da Igreja (Atos 5).
·         Vida com Deus. Embora a sociedade secularizada pregue que você deve dar atenção para suas necessidades, correr atrás dos seus sonhos, investir em você, sabemos que uma vida com Deus é algo que jamais podemos negligenciar (Ageu 1.4).

2. ASPECTOS PRÁTICOS DA COMUNHÃO. v.41
·         A Comunhão interpessoal é consequência de uma comunhão com Deus. Assim como eu só posso amar o outro de experimentar o amor de Deus na minha vida, ficará mais simples ter comunhão com as pessoas de tenho uma intimidade com Deus.
·         A Comunhão interpessoal exige um afastamento do pecado. v. 40
o   Acolheram a palavra – arrependimento. Muitas pessoas dentro de nossas igrejas não se relacionam com outras porque não ouve perdão mútuo gerado através de arrependimento. Intrigas, disputas, invejas e outros sentimentos brotam no coração que não se arrependeu. A tal da raiz da amargura (Heb. 12.15) é o que mata a comunhão na Igreja.
o   Foram batizados – testemunho. Em dia de jogo cada um coloca com orgulho a camisa do seu time, porém se o time está mal na tabela, passa-se a esconder a torcida e criticar o técnico e jogadores. Assim há muitos na Igreja que não assumem publicamente seu compromisso com Cristo e com a Igreja local e ainda reclamam do pastor do pastor e dos irmãos.
o   Juntarem-se a igreja – comunhão. Note que o aumento da Igreja foi assombroso. Hoje lutamos para formar uma igreja grande e forte, mas as pessoas não querem o compromisso. Não se juntam a Igreja, parece que há uma escala de rodízio na presença. Se todos os membros viessem aos cultos, todo domingo a Igreja estaria cheia.

3. BENEFÍCIOS DA COMUNHÃO – v.42
·         O verso em questão afirma que a nova comunidade tinha um estilo de vida que nos leva a pensar em 4 disciplinas espirituais fomentadas, desenvolvidas e praticadas pela Igreja:
o   Conhecimento da Palavra – doutrina dos apóstolos. Veja que não é como as doutrinas dos “apóstolos” modernos. Esta doutrina era simplesmente os ensinos que haviam recebido de Cristo e agora estavam partilhando com a Igreja.
o   Amizade e companheirismo – comunhão. Era um povo que gostava de estar junto, infelizmente hoje nós vivemos isolados que muitos não sabem a cor do sofá do irmão. É cada um no seu mundinho, ninguém sabe nada de ninguém.
o   Dividir os pesos – partir do pão. A igreja ministrava a Ceia do Senhor como um pacto de vida. Nas cavernas, nas catacumbas, as escondidas do Império Romano. Mas eles não temiam, se preciso pagavam com a própria vida.
o   Fortalecer a fé – oração. Uma igreja sem oração não avança. É na oração que nos aproximamos dos irmãos, e com as respostas a nossa fé aumenta. Não tenha medo nem receio de pedir que outro irmão ore por você.

4. CONSEQUÊNCIAS DA COMUNHÃO – v.43-47
·         Podemos listar aqui algumas consequências de viver em comunhão:
o   Temor. Provérbios diz que o “temor do Senhor” é o início para ser sábio. Quando vivemos sem temor a Deus, vivemos para nós mesmos e nosso ego.
o   Sinais. Não podemos ser extremistas, a ponto de descrer dos sinais, mas não podemos viver só em função e busca deles. Onde não há unidade, não haverá sinais de Deus.
o   União. Não podemos achar que somos auto suficientes, principalmente na fé. A igreja é um braseiro em chamas, ao afastar-se, enfriamos e apagamos.
o   Comum. O ego deve ir para lata do lixo. Não mais meu, e sim nosso. Não é meu carro, minha casa, meu dinheiro, meus dons, etc.
o   Repartir. O individualismo nos leva a reter, guardar, acumular para estar tranquilo. Mas quanto mais juntamos menos temos, e quanto mais repartimos com mais ficamos.
o   Perseverança. É o que falta hoje. As pessoas vem para Igreja, mas na primeira dificuldade, se afastam e não voltam mais.
o   Ir ao templo. Com a tecnologia, muitos hoje cultuam em casa, dizimam no internet bank, até a Ceia já pode ser virtual. O templo fica muito longe. Hoje tá chovendo. Hoje tá muito frio ou muito calor. E assim ficamos em nossas casas.
o   Estar nas casas. Temos que romper com uma cultura romana de pensa em culto só no templo. Nós somos o templo. Nossas casas devem ser pequenas igrejas durante a semana.
o   Alegria. Cantamos “a alegria está no coração de quem já conhece a Jesus”, as não sorrimos, não brincamos, nos demonstramos esta tal “alegria”.
o   Simplicidade. Não confunda com pobreza e miséria. Ser simples é um estado de espírito que não se altera pelo que tenho ou deixo de ter.
o   Louvor. No hebraico não existe termo para “agradecer”, era através do louvor que expressavam sua gratidão ao Senhor.
o   Aprovação. A igreja caiu na graça do povo. Eram bem vistos e bem quistos pelos de fora. Infelizmente hoje para algumas pessoas, o falar que é crente, gera muito descrédito.
o   CRESCIMENTO.
§  Preste atenção no texto “dia a dia o Senhor acrescentava os que iam sendo salvos.” Perceba que a o resultado final da comunhão era vidas sendo transformadas, agregadas à Igreja que crescia diariamente. Deus não vai enviar pessoas para um lugar onde há disputa, discórdia, facção, inveja, etc.
§  O salmo 133 é um alerta de que viver em comunhão é um meio de gerar crescimento “ali o Senhor ordena a benção”.
CONCLUSÃO:

·         O princípio que vai gerar um grande mover de crescimento na Igreja chama-se COMUNHÃO. Quando entendemos isso, e vivemos dessa maneira, as pessoas começam a chegar, conversão, batismo, dons, ministérios, nada para a Igreja.

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