Tema: Princípios que
a Igreja deve Recuperar
Introdução:
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Precisamos como
igreja “recuperar” os princípios fundamentais para o desenvolvimento saudável
da Igreja. As cadeiras vazias não apenas incomodam, mas avisam que algo precisa
ser feito, e devemos começar RECUPERANDO, lembrando, aprendendo e vivendo esses
princípios.
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Não precisamos criar
novos princípios, pois tudo o que precisamos saber como igreja está na Palavra,
principalmente no livro de Atos. O que precisamos é ir à Palavra para
recuperá-los, depois devemos aprendê-los e então praticá-los.
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Esta semana
conversando com uma pessoa de outra igreja batista, ela me perguntou algo
assim: “Pastor, por que nossas igrejas não crescem...”. Numa fração de
segundos, fiz uma retrospectiva e respondi:
o Fomos muitos bons em ganhar pessoas para Jesus, mas
ruins em consolidá-las na Igreja. Assim, muitas pessoas saíram e foram para
outras igrejas, principalmente as comunidades. Hoje não melhoramos o processo
de consolidação, e pioramos no aspecto de ganhar pessoas.
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Tenho a convicção
que como igreja, estamos nos afastando cada vez mais dos princípios
estabelecidos por Jesus e praticados pelos primeiros discípulos. Creio que uma
reforma eclesiológica é urgente, pois as velhas religiosas estão matando a
Igreja de Jesus Cristo.
1. O PODER DO ESPÍRITO É PARA
TESTEMUNHAR (v.8)
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No verso 4 Jesus
disse para que “não deixassem Jerusalém
até que o Espírito Santo viesse sobre eles”. O foco não eram os sinais,
milagres e línguas. Jesus sabia que seria um desastre se eles tentassem fazer a
obra de evangelização por meio do testemunho sem o Espírito Santo.
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Eles seguiram a
recomendação de Jesus, e foram para casa e começaram a orar. O poder (dunamis
- poder,
força, habilidade) tem uma finalidade específica e exclusiva: dar coragem para
os discípulos testemunharem por meio da pregação, da oração, da comunhão e
demais virtudes da vida cristã.
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Eles testemunha
pela pregação de Pedro que se levanta e começa a falar (2.14), através de uma
mensagem cristocêntrica leva três mil pessoas ao arrependimento.
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Eles testemunham
na porta do tempo curando um aleijado (3.7) e em seguida, pregando outra
mensagem centrada em Cristo e mais duas mil pessoas se comprometem tem Jesus.
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Ainda em
Jerusalém eles testemunharam perante as autoridades (4.7,8), por meio da
pregação (4.31, 33), fazendo milagres entre o povo (5.12). perante o conselho
de líderes (5.33), no templo, na cidade, nas casas (5.42).
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Eles também
testemunharam em toda a Judeia e Samaria (8.4), seguiram testemunhando até aos
confins da terra (13.3,4; 16.1; 18.23; 27.1ss).
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Se nós não
estamos testemunhando, se temos vergonha, se dizemos que não temos
oportunidades, em fim, seja qual for a justificativa, estamos falhando no nosso
papel com discípulos e essa falha resulta em falta de crescimento da Igreja.
2. NOSSA ATENÇÃO DEVE ESTAR NOS PERDIDOS
(v.11,12)
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A ascensão de
Jesus foi um show, uma cena cinematográfica digna do oscar de efeitos especiais (v.9,10), deixou os discípulos
admirados, de boca aberta, paralisados. Os anjos se aproximaram e trouxeram
eles de volta para realidade.
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O fato é que os
discípulos não deveriam ficar contemplando, a atenção deles não deveria estar
no céu, eles deveriam agir. O Jesus que foi para o céu voltará, e nesse espaço
de tempo a atenção deles deveria estar nas pessoas sem salvação.
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Eles então
voltaram para Jerusalém, voltaram para a vida cotidiana, para a realidade. Lá
estavam as pessoas que agora passariam a merecer a atenção deles.
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Quantas vezes nos
encontramos na mesma condição dos discípulos, ficamos reunidos contemplando,
cultuando, nos entretendo, gastando nosso tempo, nossos recursos em atividades
que nos auto beneficiam e nos esquecemos das pessoas sem Jesus.
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Já dissemos aqui
que a igreja é a única instituição que existe para o benefício daqueles que não
pertencem à ela. Bem isso nos leva a pensar em quanto tempo estamos investindo
em pessoas sem Jesus, orando por elas, visitando, fazendo atividades juntos, estreitado
laços?
3. A ORAÇÃO É A BASE DO MINISTÉRIO (v.13)
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Depois de chegar
em Jerusalém eles foram orar. Foram a uma casa, subiram no andar superior e lá
passaram vários dias em oração (v.15). Percebamos que eles não saíram
imediatamente às ruas, batendo de casa em casa, entregando convites ou
mensagens pregando e testemunhando.
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Toda atividade
ministerial deve ser precedida de oração. Se temos poucas pessoas nos cultos,
se temos poucos alunos na EBD, se não temos visitantes, se não chegam pessoas novas,
se a igreja não cresce, a falha não está no modelo de ministério, mas na
negligência da oração.
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Antes de
evangelizar, antes de testemunhar, antes de convidar pessoas, antes de tudo que
venhamos a fazer, precisamos orar. Estamos em uma luta espiritual, e neste
luta, a primeira arma é a oração. Sem oração não há conversões, não há
batismos, não há crescimento.
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No cap. 3, Pedro
e João vão ao templo para a reunião de oração. Ao chegarem lá, eles encontram
um homem aleijado, ministram a cura e o conduzem para dentro do templo. Pedro
prega uma mensagem, três mil se convertem.
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No cap. 4.23,24,
depois que Pedro e João foram soltos, eles foram até os outros irmãos para dar
testemunho e orar juntos para continuar com coragem de testemunhar. No cap. 6
os apóstolos elegem diáconos para que eles se dedicassem a duas coisas: à
oração e a pregação da palavra, perceba que a oração vem em primeiro lugar.
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Não estou falando
da oração individual e devocional, todos nós deveríamos fazer isso, mas as
vezes, nem isso fazemos. Estou falando da oração coletiva, onde a igreja se
reúne para orar, da disposição de fazer da oração coletiva uma prioridade na
minha agenda.
4. A ORAÇÃO GERA CRESCIMENTO v.15
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Foi uma primeira
reunião tímida, com no máximo 25 a 30 pessoas, tanto que foi possível para
Lucas fazer uma lista: 11 discípulos; 4 irmãos de Jesus (Mc 6.3); Maria a mãe
de Jesus; provavelmente as irmãs de Jesus (duas no mínimo) e as “diversas
mulheres”.
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Mas o que começou
pequeno, foi com o passar do tempo crescendo “continuou vários dias... num dia em que mais ou menos 120...”
(v.15). A reunião continuou com o mesmo propósito – A ORAÇÃO – não mudou o
foco, a pregação e o testemunhando vieram depois, eles “só” oravam.
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Quando nós
pensamos em estratégias para o crescimento da Igreja, buscamos melhorar várias
coisas: o ambiente físico, tornar o programa mais “leve e atrativo”, melhor a
qualidade de música, servir lanche, ter mais momentos de comunhão, atender as
crianças, ter bons recepcionistas, etc. Talvez nos esqueçamos do principal: A
ORAÇÃO COMUNITÁRIA.
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Não tenho dúvida
que o crescimento da igreja em Jerusalém foi fruto mais da oração do que das
pregações de Pedro, ou do testemunho, sinais, milagres dos apóstolos, ou da
comunhão da igreja. Foi a oração que gerou o crescimento por meio de conversão,
não de proselitismo.
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O crescimento da
igreja será proporcional ao tempo que ela investe em oração. Aqui está a chave
para as cadeiras vazias, a falta oração. Quando passarmos como igreja a orar
mais, proporcionalmente as cadeiras vazias irão começar a diminuir.
CONCLUSÃO
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A falta de
crescimento tem me incomodado como pastor, parte dessa responsabilidade sei que
é minha. Mas o que vemos aqui é um norte:
o Precisamos como igreja orar mais e mais, orar pelas
não salvos, afastados, desanimados.
o Precisamos do poder do Espírito para pregar e
testemunhar de Jesus.
o
Precisamos estar perto
das pessoas sem cristo, trazê-las para nós para levá-las a Jesus.
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