Tema: O Preparo Para Frutificar
Introdução:
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Não sou especialista em videiras, mas lembro-me quando
criança que em uma época do ano (no mês de agosto) o parreiral dos meus avós
era “podado”, pois esta prática renova e equilibra a
brotação renovando assim o parreiral, melhorando o rendimento e a produção.
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Sem a poda,
a planta pode crescer muito, produzir menos, acumular madeira velha, gastar
muita energia, perder o potencial produtivo. A poda mantém a qualidade dos
frutos, elimina os excessos, assim os frutos recebem mais nutrientes, pois
diminui a competição.
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Mas a poda não pode ser feita de qualquer maneira, é
uma atividade sensível, que exige habilidade e muitos cuidados. Quando isso era
feito, a parreira literalmente "chora", é o fim do repouso
vegetativo e o início de um novo ciclo da videira quando as hastes e ramos
começam a recuperar a água e os minerais perdidos.
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Há muitas semelhanças entre o agricultor, a videira,
os ramos e os frutos com nosso relacionamento com Deus através de Jesus. Deus é
o agricultor, Jesus é a videira, nós somos os ramos que produzem ou não frutos.
1. QUEREMOS SER TRABALHADOS POR DEUS
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Percebamos que através do agir do agricultor (Deus)
por meio da videira (Jesus), nós (os ramos) somos trabalhados (podados) com o
propósito de produzir as uvas (frutos). Não é Deus nem Jesus quem produzem, mas
sim somos nós, Eles atuam em nós para aumentar a produção.
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Cabe aqui uma
breve palavra sobre qual “cosmovisão” governa a nossa vida?
o A cosmovisão secular? Onde:
1. O homem é gerente da sua própria
vida.
2. A natureza é gerente de todas as
coisas.
3. Deus não faz parte da visão.
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A
cosmovisão bíblica? Onde:
1. Deus dá liberdade, mas mantém
o controle.
2. Deus não deseja tudo que
acontece, mas usa tudo para Sua glória. Ele usa até o mal e o sofrimento
para alcançar seus alvos.
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Um
fato: O fruto da nossa vida prova
qual é a nossa verdadeira cosmovisão. “Assim,
pelos seus frutos vocês os reconhecerão.” – (Mateus 7.20)
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Ao contrário dos ramos produtivos que são limpos para
produzir mais, os improdutivos são cortados e uma vez desconectados da videira,
não podem mais produzir e assim, só resta a eles serem jogados fora.
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Estamos dispostos a sermos trabalhados por Deus?
Estamos dispostos a sermos limpos pelo Espírito (um processo profundo e real de
santificação)? Estamos dispostos a sermos aparados pela Palavra, de tal forma
que tudo aquilo que não é útil em nós fique de lado, para assim produzirmos
mais frutos?
2. QUEREMOS FICAR BELOS E FRONDOSOS
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Em Mateus 21.18-19 lemos sobre a figueira sem frutos.
Os frutos saciariam a fome de Jesus, Ele foi até na expectativa de encontrá-los,
mas foi grande a decepção, pois só achou folhas, só tinha aparência exterior,
sem a essência, que era os frutos.
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Jesus fala que a produção de frutos depende da ligação
ramo com a videira (v.4, 5), mas esta ligação exige a limpeza. O que acontece é
que muitos ramos querem ficar belos e frondosos por fora, exibindo sua ramagem
verde e farta, mas sem produzir fruto algum.
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Isso nos leva a refletir sobre qual o tipo de
cristianismo nós queremos praticar. O cristianismo das folhas verdes, das
bênçãos, da prosperidade, do sucesso, da vida tranquila, do egoísmo, etc., ou o
cristianismo dos frutos, da cruz, da santidade, do testemunho, etc.
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Em João
16.33 Jesus diz "Para que tenham
paz. Aqui na terra vocês terão sofrimentos e tristezas". Jesus fala aos discípulos que há um lugar de
paz para o coração e para a alma, mas este lugar ideal não é aqui, é no céu, na
eternidade. Fala também de um lugar de sofrimento e tristezas reais, e este
lugar é este mundo, esta vida aqui na terra.
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Podemos
escolher como vamos viver e isso vai determinar se vamos frutificar ou não.
Se escolhemos manter nossos ramos
e folhas, estamos negando a Jesus o direito de nos limpar. Demos ter cuidado
para não sermos como a figueira sem frutos.
3. QUEREMOS PRODUZIR FRUTOS
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O processo de poda e limpeza da parreira tem um
objetivo: aumentar a produção de frutos. Não é um processo para prejudicar a
planta, mas fazer despertar nela todo seu potencial. O agricultor sabe que este
processo deve ser constante, todo ano, a cada novo siclo.
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Em Lucas 13.6-9 Jesus conta uma parábola interessante
sobre uma figueira plantada que não produzia frutos, então o dono decide
cortar, mas o empregado pede mais uma chance para a planta, ele iria adubá-la e
cuidar dela para ver se produziria.
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Percebemos que a produção de frutos é um imperativo
para uma planta frutífera. Nós como discípulos de Jesus também devemos produzir
frutos. Vejamos algumas referências sobre frutos no N.T.:
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Mateus
3:8
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; Mateus 7:16 Pelos seus frutos os conhecereis. Mateus
7:17 Assim, toda árvore boa
produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Mateus 21:34 Ao tempo da colheita, enviou os seus servos
aos lavradores, para receber os frutos que lhe tocavam. Mateus 21:43 Portanto, vos digo que o reino de Deus vos
será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.
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Assim como na parreira os frutos na nossa vida são
consequência do doloroso processo de limpeza. Não há como produzir sem antes
ser limpo. Deus usa as circunstâncias, as adversidades, os problemas, etc, como
instrumentos de preparação e limpeza para produção de frutos.
CONCLUSÃO
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A permanência do ramo na videira é que lhe garantirá a
vida. Mas é o processo de limpeza do ramo que garantirá o fruto.
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Se não estamos satisfeitos com a forma que o
agricultor está nos tratando, podemos nos desligar da videira, mas isso
resultará em morte.
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Mas como queremos ficar vivos, e temos o dever de
produzir frutos, nos resta permitir o processo de limpeza.

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