Tema: AMOR: Primeiro Fruto do Espírito
Introdução:
·
Finalizamos hoje falando sobre o Amor, a série sobre “o Discípulo” onde
já abordamos: o Ouvido atento; a Mente e as Emoções; a Direção, Vocação e
Ministério.
·
Edwin Louis Cole em “Marido Irresistível” aponta para oito verdades com
relação ao Amor: 1. O desejo do amor
é beneficiar os outros; 2. A evidência do amor é a obediência; 3. A profundidade do amor é medida pela doação; 4. A quantia do amor está na percepção de quanto fomos perdoados; 5. O amor qualifica
a falar a verdade; 6. A grandeza do amor está em vencer tudo; 7. O equilíbrio do amor é o ódio
ao mal; 8. A maturidade do amor é
deixar a infantilidade. Vamos
refletir sobre cinco afirmações acerca do amor com base em Gálatas e 1
Coríntios.
1. O AMOR É A
MAIOR GRAÇA CRISTÃ – 1 Coríntios 13.1-3
·
Paulo menciona nove qualidades que juntas são chamadas de “Fruto do
Espírito”, o Amor, porém tem o lugar de honra. De tudo que se diz sobre o
Espírito, o principal não é o poder, mas o amor que ele produz.
·
Qual é a principal marca distintiva de um cristão? Que símbolo comprova
a verdadeira salvação?. Algumas respostas:
o
A verdade. Convicção certa,
fidelidade às Escrituras. A sã doutrina é vital para saúde da igreja. Porém o
Amor é maior do que o conhecimento (1Co 13.2; 8.1).
o
A fé. É o elemento para salvação
e justificação do pecador. De fato a fé foi a bandeira dos reformadores. Mas o
apóstolo da fé deixa claro que o Amor é maior que a fé (1Co 13.2).
o
A experiência religiosa. O fruto
de um relacionamento íntimo e pessoal com Deus por meio do Espírito. Mesmo
sendo importante, o Amor é maior que as experiências (1Co 13.1-2).
o
O serviço. As boas obras da fé, especialmente
aos pobres e necessitados. Mas sendo necessária, ainda assim o Amor e maior que
o serviço (1Co 13.3)
·
Assim podemos concluir que o Conhecimento é vital; a Fé é
indispensável; a Experiência é necessária e o Serviço é essencial, mas ainda
assim o amor é a maior, a marca principal do filho de Deus (1Cor 13.8; 1 João
2.3-6; 1 Sam 19.18-24).
2. O AMOR TRAZ
ALEGRIA E PAZ – Gal 5.22
·
O ser humano sempre busca a alegria e a paz. Mas se diz que isto jamais
será alcançado, que são bênçãos ilusórias. Se buscadas por si só de fato são
inatingíveis, mas como são subprodutos do amor, elas são concedidas por Deus.
·
O problema é que as pessoas querem alegria e paz como fruto de uma
autorrealização, pelos merecimentos do ego, onde sua autoestima esteja em
evidência. Deus fica fora deste processo
de satisfação.
·
Para o cristão sua autoestima e autorrealização tem seu foco em Deus,
são produtos da adoração, da dependência em amor do nosso criador. A felicidade
é nos sacrificar em favor de outros, pois só quando amamos é que vamos
desfrutar de alegria e paz.
3. O AMOR SE MANIFESTA
EM AÇÕES – Gal 5.22
·
Amor não é só romance, sensualidade, sentimento ou emoção. O amor gera
atitudes positivas e ações concretas: paciência, benignidade e bondade. O amor
busca o bem estar do outros, custe o que custar.
o
Paciência. Também traduzido por
“longanimidade”. Mais com pessoas (sejam elas exigentes ou provocativas) do que
com circunstâncias.
o
Benignidade. É ser benevolente, generoso
no pensar, querer o bem para os outros (teoria).
o
Bondade. Generosidade expressa em
atos é o fazer de fato o bem que desejamos para com as pessoas (prática).
·
A paciência suporta a malícia dos outros e recusa-se a retaliar. A
benignidade não me deixa desejar o mal aos outros, mas o bem. A bondade me leva
a servir as pessoas com ações.
4. O AMOR É EQUILIBRADO
PELO DOMÍNIO PRÓPRIO – Gal 5.22
·
A fidelidade, mansidão e domínio próprio parecem ser diferentes nuances
da arte de controlar a nós mesmos.
o
Fidelidade. É confiabilidade ou
integridade em áreas tais como guardar as promessas e cumprir o que nos foi
confiado.
o
Mansidão. Não é uma mansidão
complacente, sem força moral, sem princípios. Significa ser gentil, humilde e
atencioso para com as pessoas.
o
Domínio próprio. Expressa poder ou senhorio
que a pessoa tem, tanto sobre si quanto sobre outras coisas. É disciplinar
nossos instintos, controlar o nosso temperamento, nossa língua, paixões.
·
O amor é equilibrado pelo domínio próprio porque o amor é abnegado, e
abnegação e domínio próprio se complementam. Só podemos nos doar se nos
controlamos. O meu ego uma vez dominado vai ser oferecido à serviço de outro.
5. O AMOR É O
FRUTO DO ESPÍRITO – Gal 5.17-21
·
O amor é supremo, é fonte de alegria e paz, manifesto em ação e
controlado pelo domínio próprio, este é o fruto, a consequência natural da obra
sobrenatural do Espírito.
·
O contexto envolve o contraste com as obras da carne, nossa natureza
herdada, caída e corrupta, com sua inclinação para o mal, desejos corruptos e
exigências egoístas. Há três verdades sobre este conflito:
o
Esses desejos são ativos – Gl 5.17.
Tanto a carne quanto o Espírito estão vivos, ativos, fortes e vigorosos. Na
vida cristã estamos em conflitos com o mundo, com a carne e com o diabo.
o
Esses desejos são opostos entre si – Gl 5.17. Estão em conflito mortal e interminável. Isto se comprova
ao ler sobre as “obras da carne” e sobre o “furto do Espírito”:
§
Obras da Carne. São 15 manifestações:
·
Pecados sexuais: imoralidade e
licenciosidade.
·
Pecados religiosos: idolatria e feitiçaria.
·
Pecados sociais: malícia, ciúmes, ira,
discórdias e egoísmo.
·
Pecados pessoais: bebedices e orgias.
§
O Fruto do Espírito nos apresenta um contraste significativo se
comparado às obras da carne.
o Esses desejos são
controláveis – Gl 5,24. O Espírito pode
trinfar sobre a carne, o amor sobre o egoísmo, a bondade vencer o mal. Para
isso é preciso assumir a atitude correta para com eles: repudiar a carne,
colocá-la na cruz; entregar-se ao Espírito, permitir que ele exerça sua
soberania sobre nós. Isso diariamente, em hábitos de vida disciplinados, pois
colhemos o que plantamos.
CONCLUSÃO:
·
O fruto do Espírito pode ser considerado um retrato de Jesus, só em
Cristo o fruto amadureceu e se tornou perfeito. Desenvolver o fruto do Espírito
é ser semelhante a Cristo. Este é o propósito eterno, histórico e escatológico
de Deus para seu povo.
·
Os desapontamentos, frustrações, solidão, sofrimento, dor são parte da
disciplina de Deus para nos fazer como Cristo.
·
Nossa ambição deve ser nos tornarmos iguais a Cristo. Para isso, é
preciso desenvolver o fruto do Espírito, é preciso amar.
STOTT, John. Ouça o Espírito, Ouça o Mundo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário