7 de jun. de 2016

Amor: O Dom Supremo


Texto: Gálatas 5.22-23 – 1 Coríntios 13.1-8
Tema: AMOR: Primeiro Fruto do Espírito

Introdução:
·         Finalizamos hoje falando sobre o Amor, a série sobre “o Discípulo” onde já abordamos: o Ouvido atento; a Mente e as Emoções; a Direção, Vocação e Ministério.
·         Edwin Louis Cole em “Marido Irresistível” aponta para oito verdades com relação ao Amor: 1. O desejo do amor é beneficiar os outros; 2. A evidência do amor é a obediência; 3. A profundidade do amor é medida pela doação; 4.  A quantia do amor está na percepção de quanto fomos perdoados; 5. O amor qualifica a falar a verdade; 6. A grandeza do amor está em vencer tudo; 7. O equilíbrio do amor é o ódio ao mal; 8. A maturidade do amor é deixar a infantilidade. Vamos refletir sobre cinco afirmações acerca do amor com base em Gálatas e 1 Coríntios.


1. O AMOR É A MAIOR GRAÇA CRISTÃ – 1 Coríntios 13.1-3
·         Paulo menciona nove qualidades que juntas são chamadas de “Fruto do Espírito”, o Amor, porém tem o lugar de honra. De tudo que se diz sobre o Espírito, o principal não é o poder, mas o amor que ele produz.
·         Qual é a principal marca distintiva de um cristão? Que símbolo comprova a verdadeira salvação?. Algumas respostas:
o   A verdade. Convicção certa, fidelidade às Escrituras. A sã doutrina é vital para saúde da igreja. Porém o Amor é maior do que o conhecimento (1Co 13.2; 8.1).
o   A fé. É o elemento para salvação e justificação do pecador. De fato a fé foi a bandeira dos reformadores. Mas o apóstolo da fé deixa claro que o Amor é maior que a fé (1Co 13.2).
o   A experiência religiosa. O fruto de um relacionamento íntimo e pessoal com Deus por meio do Espírito. Mesmo sendo importante, o Amor é maior que as experiências (1Co 13.1-2).
o   O serviço. As boas obras da fé, especialmente aos pobres e necessitados. Mas sendo necessária, ainda assim o Amor e maior que o serviço (1Co 13.3)
·         Assim podemos concluir que o Conhecimento é vital; a Fé é indispensável; a Experiência é necessária e o Serviço é essencial, mas ainda assim o amor é a maior, a marca principal do filho de Deus (1Cor 13.8; 1 João 2.3-6; 1 Sam 19.18-24).

2. O AMOR TRAZ ALEGRIA E PAZ – Gal 5.22
·         O ser humano sempre busca a alegria e a paz. Mas se diz que isto jamais será alcançado, que são bênçãos ilusórias. Se buscadas por si só de fato são inatingíveis, mas como são subprodutos do amor, elas são concedidas por Deus.
·         O problema é que as pessoas querem alegria e paz como fruto de uma autorrealização, pelos merecimentos do ego, onde sua autoestima esteja em evidência.  Deus fica fora deste processo de satisfação.
·         Para o cristão sua autoestima e autorrealização tem seu foco em Deus, são produtos da adoração, da dependência em amor do nosso criador. A felicidade é nos sacrificar em favor de outros, pois só quando amamos é que vamos desfrutar de alegria e paz.

3. O AMOR SE MANIFESTA EM AÇÕES – Gal 5.22
·         Amor não é só romance, sensualidade, sentimento ou emoção. O amor gera atitudes positivas e ações concretas: paciência, benignidade e bondade. O amor busca o bem estar do outros, custe o que custar.
o   Paciência. Também traduzido por “longanimidade”. Mais com pessoas (sejam elas exigentes ou provocativas) do que com circunstâncias.
o   Benignidade. É ser benevolente, generoso no pensar, querer o bem para os outros (teoria).
o   Bondade. Generosidade expressa em atos é o fazer de fato o bem que desejamos para com as pessoas (prática).
·         A paciência suporta a malícia dos outros e recusa-se a retaliar. A benignidade não me deixa desejar o mal aos outros, mas o bem. A bondade me leva a servir as pessoas com ações.

4. O AMOR É EQUILIBRADO PELO DOMÍNIO PRÓPRIO – Gal 5.22
·         A fidelidade, mansidão e domínio próprio parecem ser diferentes nuances da arte de controlar a nós mesmos.
o   Fidelidade. É confiabilidade ou integridade em áreas tais como guardar as promessas e cumprir o que nos foi confiado.
o   Mansidão. Não é uma mansidão complacente, sem força moral, sem princípios. Significa ser gentil, humilde e atencioso para com as pessoas.
o   Domínio próprio. Expressa poder ou senhorio que a pessoa tem, tanto sobre si quanto sobre outras coisas. É disciplinar nossos instintos, controlar o nosso temperamento, nossa língua, paixões.
·         O amor é equilibrado pelo domínio próprio porque o amor é abnegado, e abnegação e domínio próprio se complementam. Só podemos nos doar se nos controlamos. O meu ego uma vez dominado vai ser oferecido à serviço de outro.

5. O AMOR É O FRUTO DO ESPÍRITO – Gal 5.17-21
·         O amor é supremo, é fonte de alegria e paz, manifesto em ação e controlado pelo domínio próprio, este é o fruto, a consequência natural da obra sobrenatural do Espírito.
·         O contexto envolve o contraste com as obras da carne, nossa natureza herdada, caída e corrupta, com sua inclinação para o mal, desejos corruptos e exigências egoístas. Há três verdades sobre este conflito:
o   Esses desejos são ativos – Gl 5.17. Tanto a carne quanto o Espírito estão vivos, ativos, fortes e vigorosos. Na vida cristã estamos em conflitos com o mundo, com a carne e com o diabo.
o   Esses desejos são opostos entre si – Gl 5.17. Estão em conflito mortal e interminável. Isto se comprova ao ler sobre as “obras da carne” e sobre o “furto do Espírito”:
§  Obras da Carne. São 15 manifestações:
·         Pecados sexuais: imoralidade e licenciosidade.
·         Pecados religiosos: idolatria e feitiçaria.
·         Pecados sociais: malícia, ciúmes, ira, discórdias e egoísmo.
·         Pecados pessoais: bebedices e orgias.
§  O Fruto do Espírito nos apresenta um contraste significativo se comparado às obras da carne.
o   Esses desejos são controláveis – Gl 5,24. O Espírito pode trinfar sobre a carne, o amor sobre o egoísmo, a bondade vencer o mal. Para isso é preciso assumir a atitude correta para com eles: repudiar a carne, colocá-la na cruz; entregar-se ao Espírito, permitir que ele exerça sua soberania sobre nós. Isso diariamente, em hábitos de vida disciplinados, pois colhemos o que plantamos.

CONCLUSÃO:
·         O fruto do Espírito pode ser considerado um retrato de Jesus, só em Cristo o fruto amadureceu e se tornou perfeito. Desenvolver o fruto do Espírito é ser semelhante a Cristo. Este é o propósito eterno, histórico e escatológico de Deus para seu povo.
·         Os desapontamentos, frustrações, solidão, sofrimento, dor são parte da disciplina de Deus para nos fazer como Cristo.

·         Nossa ambição deve ser nos tornarmos iguais a Cristo. Para isso, é preciso desenvolver o fruto do Espírito, é preciso amar.

STOTT, John. Ouça o Espírito, Ouça o Mundo.

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