Texto: Romanos 14.9
Tema: Jesus Cristo é Senhor
Introdução:
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Na busca por ouvir o Espírito e o Mundo, estamos finalizando uma
análise sobre o Evangelho que nos apresenta:
o O Paradoxo humano. Nossa dignidade e nossa
depravação.
o A verdadeira liberdade. Jesus nos liberta da
culpa, do ego e do medo para sermos nós mesmos.
o Cristo e sua Cruz. A Palavra de Deus é nossa
mensagem, Cristo é seu conteúdo e o Espírito convence o pecador.
o A relevância da ressurreição. Pois ela garante perdão,
poder e vitória.
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O Evangelho da cruz e da ressurreição tinha um propósito: apresentar
Jesus Cristo como Senhor, esta é a mais objetiva das declarações de fé. Quem
assim confessasse era batizado e recebido na Igreja (Rom 10.9; 1 Cor 12.3).
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A expressão “Senhor Jesus” sendo a mínima confissão cristã, está cheia
de significado. Tem implicações para a fé e a vida cristã, elas expressam uma
profunda convicção teológica sobre o Jesus histórico e um radical
comprometimento pessoal. Vejamos:
1. CONVICÇÃO TEOLÓGICA. Fil
2.6-11
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Paulo afirma que Cristo, tendo a natureza e sendo igual a Deus,
esvaziou-se de sua glória e se humilhou para servir e morrer na cruz. Mas com
isso Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todos. Vemos aqui três
pontos sobre o que os cristãos pensavam de Jesus:
1. Paulo deu a Jesus um título
divino – Kyrios: Senhor. É a
tradução para o grego do nome hebraico de Deus, Criador do universo e o Deus da
aliança de Israel. Chamar Jesus de Senhor era o mesmo que dizer que “Jesus é
Deus”.
2. Paulo transferiu para Jesus um
texto divino – Isaías 45.23. A honra que o profeta disse ser a Javé,
Paulo diz ser devida a Cristo, e numa esfera universal “todo joelho, toda
língua”. Pedro evocando o profeta Joel 2.32 exorta seus ouvintes a crerem em
Jesus. Assim o poder salvador de Javé para Israel tornou-se o poder salvador de
Jesus para judeus e gentios.
3. Paulo reivindicou para Jesus
uma
adoração divina. Confessar que Jesus é Senhor e dobrar os joelhos é
prestar um culto. A oração é dirigida a Jesus como sendo Ele a fonte de graça
(1 Tes 1.1; 3.11; 2 Tes 1.2,12; 2.16). A
Ele são dividas a oração e a adoração (Heb 1.6).
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O fato de ser certo ou não identificar Jesus como Deus não estava em
discussão, o que demonstra que, poucos anos após sua morte, sua divindade já
fazia parte da fé universal da Igreja.
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Confessar que “Jesus é Senhor” é declarar que Ele é tanto Salvador como
é Deus. Ele garante a vitória sobre todo mal. Não se pode separar o Jesus
Salvador do Jesus Senhor, a submissão deve ser completa. Não pode haver
salvação sem senhorio.
2. COMPROMISSO RADICAL. Fil
2.6-11
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Os apóstolos tinham a compreensão de que Jesus os havia comprado à
custa de seu próprio sangue, e por isso pertenciam e estavam inteiramente a seu
serviço. Entender que somos posso do Senhor e estamos comprometidos com Ele vai
afetar seis áreas do nosso ser:
1. Área intelectual (2Cor 10.5). A mente é a
área central da nossa personalidade, nossas pensamentos e opiniões devem ser
submetidos à autoridade de Cristo, não mais ao jugo da lei, isso nos trará
descanso (Mat 11.29). Devemos demonstrar uma obediência sem reservas.
2. Área moral (João 14.21). Os padrões
morais estão desabando, não há mais absolutos, tudo é relativo. Devemos cumprir
a lei para nossa santificação, ela ainda tem lugar na nossa vida cristã. Assim
Jesus nos convida à obediência, pois obedecer é uma prova de amor.
3. Área vocacional (Mc 10.45).
Isso envolve uma vida inteira de trabalho em um ministério, no serviço onde
daremos toda nossa vida. Devemos ver nosso emprego, nossa profissão em termos
de serviço ao Senhor.
4. Área social (Sal 110.1). Temos
responsabilidades para com a família, a empresa, a vizinhança, o país e o
mundo. Devemos reconhecer Jesus como Senhor da sociedade, ele derrotou todas as
forças do mal (por direito Jesus é Senhor), assim reina à direita de Deus e
aguarda a derrota de seus inimigos (na realidade o Diabo ainda domina o mundo
(1 Jo5.19). Quanto a nós, devemos continuar a lutar contra as forças do mal e
fazer Jesus ser reconhecido como Senhor da sociedade.
5. Área política (Mc 12.17). Jesus foi
condenado na esfera política por se intitular “Rei”, isso causou muito
desconforto para os reis romanos que tiveram conflito com os discípulos, pois
exigiam adoração. Existem áreas sobre as quais Deus é Senhor e os césares não
devem se intrometer. Somos submissos ao Estado, até que não contrariemos a Deus
(At 5.29).
6. Área global (Fil 2.9). Dizer que “Jesus
é Senhor” é reconhecer seu senhorio universal, pois este é o desejo de Deus.
Cristo não tem rivais, seu senhorio é o maior incentivo para nossa missão.
CONCLUSÃO:
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Dizer que Jesus é Senhor significa confessar que é Deus e Salvador, mas
também nos coloca em um compromisso radical com ele:
1. Submeter nossas mentes ao
jugo de Cristo - intelectual;
2. Aceitar seus padrões e
obedecer às suas ordens - moral;
3. Gastar nossas vidas em seu
serviço libertador - vocacional;
4. Procurar impregnar a
sociedade com os seus valores - social;
5. Zelar pela honra e glória de
seu nome - global.
(STOTT, John. Ouça o Espírito, Ouça o Mundo)
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