10 de mai. de 2016

Jesus é Senhor


Texto: Romanos 14.9
Tema: Jesus Cristo é Senhor

Introdução:
·        Na busca por ouvir o Espírito e o Mundo, estamos finalizando uma análise sobre o Evangelho que nos apresenta:
o   O Paradoxo humano. Nossa dignidade e nossa depravação.
o   A verdadeira liberdade. Jesus nos liberta da culpa, do ego e do medo para sermos nós mesmos.
o   Cristo e sua Cruz. A Palavra de Deus é nossa mensagem, Cristo é seu conteúdo e o Espírito convence o pecador.
o   A relevância da ressurreição. Pois ela garante perdão, poder e vitória.

·        O Evangelho da cruz e da ressurreição tinha um propósito: apresentar Jesus Cristo como Senhor, esta é a mais objetiva das declarações de fé. Quem assim confessasse era batizado e recebido na Igreja (Rom 10.9; 1 Cor 12.3).
·        A expressão “Senhor Jesus” sendo a mínima confissão cristã, está cheia de significado. Tem implicações para a fé e a vida cristã, elas expressam uma profunda convicção teológica sobre o Jesus histórico e um radical comprometimento pessoal. Vejamos:

1. CONVICÇÃO TEOLÓGICA. Fil 2.6-11
·        Paulo afirma que Cristo, tendo a natureza e sendo igual a Deus, esvaziou-se de sua glória e se humilhou para servir e morrer na cruz. Mas com isso Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todos. Vemos aqui três pontos sobre o que os cristãos pensavam de Jesus:
1.     Paulo deu a Jesus um título divinoKyrios: Senhor. É a tradução para o grego do nome hebraico de Deus, Criador do universo e o Deus da aliança de Israel. Chamar Jesus de Senhor era o mesmo que dizer que “Jesus é Deus”.
2.     Paulo transferiu para Jesus um texto divino – Isaías 45.23. A honra que o profeta disse ser a Javé, Paulo diz ser devida a Cristo, e numa esfera universal “todo joelho, toda língua”. Pedro evocando o profeta Joel 2.32 exorta seus ouvintes a crerem em Jesus. Assim o poder salvador de Javé para Israel tornou-se o poder salvador de Jesus para judeus e gentios.
3.     Paulo reivindicou para Jesus uma adoração divina. Confessar que Jesus é Senhor e dobrar os joelhos é prestar um culto. A oração é dirigida a Jesus como sendo Ele a fonte de graça (1 Tes 1.1; 3.11; 2 Tes 1.2,12; 2.16). A  Ele são dividas a oração e a adoração (Heb 1.6).
·        O fato de ser certo ou não identificar Jesus como Deus não estava em discussão, o que demonstra que, poucos anos após sua morte, sua divindade já fazia parte da fé universal da Igreja.
·        Confessar que “Jesus é Senhor” é declarar que Ele é tanto Salvador como é Deus. Ele garante a vitória sobre todo mal. Não se pode separar o Jesus Salvador do Jesus Senhor, a submissão deve ser completa. Não pode haver salvação sem senhorio.

2. COMPROMISSO RADICAL. Fil 2.6-11
·        Os apóstolos tinham a compreensão de que Jesus os havia comprado à custa de seu próprio sangue, e por isso pertenciam e estavam inteiramente a seu serviço. Entender que somos posso do Senhor e estamos comprometidos com Ele vai afetar seis áreas do nosso ser:
1.     Área intelectual (2Cor 10.5). A mente é a área central da nossa personalidade, nossas pensamentos e opiniões devem ser submetidos à autoridade de Cristo, não mais ao jugo da lei, isso nos trará descanso (Mat 11.29). Devemos demonstrar uma obediência sem reservas.
2.     Área moral (João 14.21). Os padrões morais estão desabando, não há mais absolutos, tudo é relativo. Devemos cumprir a lei para nossa santificação, ela ainda tem lugar na nossa vida cristã. Assim Jesus nos convida à obediência, pois obedecer é uma prova de amor.
3.     Área vocacional (Mc 10.45). Isso envolve uma vida inteira de trabalho em um ministério, no serviço onde daremos toda nossa vida. Devemos ver nosso emprego, nossa profissão em termos de serviço ao Senhor.
4.     Área social (Sal 110.1). Temos responsabilidades para com a família, a empresa, a vizinhança, o país e o mundo. Devemos reconhecer Jesus como Senhor da sociedade, ele derrotou todas as forças do mal (por direito Jesus é Senhor), assim reina à direita de Deus e aguarda a derrota de seus inimigos (na realidade o Diabo ainda domina o mundo (1 Jo5.19). Quanto a nós, devemos continuar a lutar contra as forças do mal e fazer Jesus ser reconhecido como Senhor da sociedade.
5.     Área política (Mc 12.17). Jesus foi condenado na esfera política por se intitular “Rei”, isso causou muito desconforto para os reis romanos que tiveram conflito com os discípulos, pois exigiam adoração. Existem áreas sobre as quais Deus é Senhor e os césares não devem se intrometer. Somos submissos ao Estado, até que não contrariemos a Deus (At 5.29).
6.     Área global (Fil 2.9). Dizer que “Jesus é Senhor” é reconhecer seu senhorio universal, pois este é o desejo de Deus. Cristo não tem rivais, seu senhorio é o maior incentivo para nossa missão.

CONCLUSÃO:
·        Dizer que Jesus é Senhor significa confessar que é Deus e Salvador, mas também nos coloca em um compromisso radical com ele:
1.     Submeter nossas mentes ao jugo de Cristo - intelectual;
2.     Aceitar seus padrões e obedecer às suas ordens - moral;
3.     Gastar nossas vidas em seu serviço libertador - vocacional;
4.     Procurar impregnar a sociedade com os seus valores - social;

5.     Zelar pela honra e glória de seu nome - global.

(STOTT, John. Ouça o Espírito, Ouça o Mundo)

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