29 de mar. de 2016

A Páscoa Trouxe Vida


Texto: Mateus 28.5-7
Tema: A Páscoa Trouxe Vida

Introdução:
·        O termo PÁSCOA no hebraico significa “passar por cima, saltar por cima”, uma referência ao anjo da morte que passou pelo Egito causando a morte dos primogênitos, porém, nas casas onde havia o sangue nas portas, ali o anjo “passou por cima” e não houve morte.
·        Esse evento marcou a saída o povo hebreu do Egito, após uma refeição rápida: cordeiro assado, pão não crescido e ervas amargas. Esta refeição é para os Judeus a Páscoa, que foi transformada em uma festa anual para lembrar da saída do Egito e do fim da escravidão.

·        O texto de Mateus 26.2 associa a morte de Jesus ao tempo da festa da Páscoa dos judeus, pois Jesus manda os discípulos preparar a refeição que é comida na noite de quinta (Mat 26.26), sendo preso no jardim logo depois.
·        Na sexta Jesus é julgado e condenado à morte, sendo pregado na cruz às 9h (Marcos 15.25), ao meio dia vem a escuridão (Lucas 23.24) e morre às 15h (Mateus 27.46). Antes do fim do dia, seu corpo é depositado no túmulo.
·        O sábado é um dia de silêncio, chamado de “dia sem destaque”, ou da espera, pois nenhum movimento é feito pelos discípulos. O que não quer dizer que a história espiritual parou, pois 1 Pedro 3.20 diz que Jesus “foi e pregou aos espíritos em prisão”.
·        No domingo da Páscoa judaica, Jesus ressuscita trazendo o sentido da Páscoa Cristã, que é a celebração da ressurreição, da vitória sobre morte, sobre o pecado. A ressurreição é a coroação da vitória final de Cristo.

1. NA VIDA, O GANHO FOI MAIOR QUE A PERCA
·        A ressurreição de Jesus nos trouxe de volta muito mais ganho do que foi perdido na queda no Éden. Tudo o que Adão perdeu ao escolher a morte, Cristo resgatou ao devolver a vida. O segundo Adão de 1 Coríntios 15.45, é Jesus, o espírito vivificante.
·        No Éden havia duas árvores, a da vida e do conhecimento do bem e do mal. Deus proibiu Adão de comer da árvore do conhecimento, pois ao comer ele morreria (Gênesis 2.15-17). A proibição de comer da árvore da vida só se deu após a desobediência (Gênesis 3.22-24).
·        A escolha de Adão não era entre conhecer o bem ou o mal, mas entre a vida e a morte. Ele deveria escolher em obedecer e continuar vivendo ou desobedecer e experimentar a morte. Como ele escolheu morrer, Cristo veio para devolver-nos a vida que perdemos em Adão.
·        Paulo descreve esta realidade em Romanos 8.18-25. Não importa o que temos perdido. Não importa o quanto estamos sofrendo. Não importa todas as lágrimas, todo medo, todo desespero.
·        Quando Deus parece mais ausente, na verdade, Ele está mais próximo do que jamais esteve. Cristo ressuscitou para trazer vida a todas as áreas do nosso ser. Vivamos a vida de Cristo.

2. A VIDA PROMOVE A LIBERTAÇÃO DO MEDO
·        A ressurreição nos trouxe um grande benefício emocional, a exclusão do medo, da dúvida, da incerteza, e trouxe a alegria de Deus para nós. Os evangelhos narram o sentimento de medo, descrevem que as mulheres estavam assustadas diante do túmulo vazio (Mat 28.5; Marcos 16.5-6; Luc 24.4-5).
·        Os acontecimentos da sexta-feira trouxeram pavor para os discípulos, da mesma forma que o pecado de Adão o levou a esconder-se de Deus no Éden. Um evento trágico gerou uma consequência avassaladora.
·        Diante de uma realidade incerta sobre Deus, abre-se a janela para o medo. No nascimento de Jesus os pastores ficaram com medo ao contemplar o anjo e a glória do Senhor, então exclamou “não tenham medo” (Luc 2.10). Na ressurreição as mulheres ficaram com medo ao contemplar o anjo, que exclamou, assim como Jesus “não tenham medo” (Mateus 28.5,10).
·        Jesus quer nos livrar de nossos medos, quer trazer as certezas, suas realidades e seu propósito para nós.

3. A VIDA COBRA O CUMPRIMENTO DA MISSÃO
·        A ressurreição nos desperta e motiva para levar a cabo nossa missão como discípulos de dar continuidade no projeto de levar as Boas Novas aos perdidos. Aquela Boa Nova que o anjo anunciou aos pastores no nascimento de Jesus, não pode ser negligenciada, se não a morte de Cristo se torna vã.
·        O impacto da sexta-feira paralisou a comunidade cristã da época, estavam todos ainda inertes com a morte de Jesus. Diante disso, a recomendação foi: “vão para galileia, lá nos encontraremos”. Foi na Galileia que Jesus os comissionou com a Grande Comissão (Mat 28.18-20).
·        A Páscoa em escala universal acontecerá quando a Comissão for cumprida, o Evangelho pregado, e Jesus voltar para levar os salvos. É como que se fosse sábado na terra e nós esperássemos o domingo universal da ressurreição, para que todos possam contemplar o Cristo vivo.
·        A Páscoa causou uma ruptura no universo que despencava rumo à decadência. E um dia Deus ampliará o milagre da Páscoa em escala universal.  Como igreja precisamos apresentar o Cristo vivo, pregar a Boa Nova da Salvação e a promessa da ressurreição.

CONCLUSÃO:
·        A Páscoa foi e continua sendo um evento real muito significativo para judeus e cristão, para que hoje, seja resumida a tradições mundanas e pagãs, tais como coelhos, ovos, chocolates, etc.
·        A Páscoa é sinal de libertação da escravidão para o judeu. É sinal de libertação da morte pela ressurreição para o cristão.

·        A Páscoa recuperou todo o prejuízo causado pela queda de Adão, nos libertando do medo, e nos motivando a cumprir nosso chamado como discípulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário