Texto:
Mateus 28.5-7
Tema: A
Páscoa Trouxe Vida
Introdução:
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O termo PÁSCOA no
hebraico significa “passar por cima, saltar por cima”, uma referência ao anjo
da morte que passou pelo Egito causando a morte dos primogênitos, porém, nas
casas onde havia o sangue nas portas, ali o anjo “passou por cima” e não houve
morte.
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Esse evento
marcou a saída o povo hebreu do Egito, após uma refeição rápida: cordeiro
assado, pão não crescido e ervas amargas. Esta refeição é para os Judeus a
Páscoa, que foi transformada em uma festa anual para lembrar da saída do Egito
e do fim da escravidão.
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O texto de Mateus
26.2 associa a morte de Jesus ao tempo da festa da Páscoa dos judeus, pois
Jesus manda os discípulos preparar a refeição que é comida na noite de quinta
(Mat 26.26), sendo preso no jardim logo depois.
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Na sexta Jesus é
julgado e condenado à morte, sendo pregado na cruz às 9h (Marcos 15.25), ao
meio dia vem a escuridão (Lucas 23.24) e morre às 15h (Mateus 27.46). Antes do
fim do dia, seu corpo é depositado no túmulo.
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O sábado é um dia
de silêncio, chamado de “dia sem destaque”, ou da espera, pois nenhum movimento
é feito pelos discípulos. O que não quer dizer que a história espiritual parou,
pois 1 Pedro 3.20 diz que Jesus “foi e
pregou aos espíritos em prisão”.
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No domingo da
Páscoa judaica, Jesus ressuscita trazendo o sentido da Páscoa Cristã, que é a
celebração da ressurreição, da vitória sobre morte, sobre o pecado. A
ressurreição é a coroação da vitória final de Cristo.
1. NA VIDA, O GANHO FOI MAIOR QUE A PERCA
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A ressurreição de
Jesus nos trouxe de volta muito mais ganho do que foi perdido na queda no Éden.
Tudo o que Adão perdeu ao escolher a morte, Cristo resgatou ao devolver a vida.
O segundo Adão de 1 Coríntios 15.45, é Jesus, o espírito vivificante.
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No Éden havia
duas árvores, a da vida e do conhecimento do bem e do mal. Deus proibiu Adão de
comer da árvore do conhecimento, pois ao comer ele morreria (Gênesis 2.15-17).
A proibição de comer da árvore da vida só se deu após a desobediência (Gênesis
3.22-24).
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A escolha de Adão
não era entre conhecer o bem ou o mal, mas entre a vida e a morte. Ele deveria
escolher em obedecer e continuar vivendo ou desobedecer e experimentar a morte.
Como ele escolheu morrer, Cristo veio para devolver-nos a vida que perdemos em
Adão.
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Paulo descreve
esta realidade em Romanos 8.18-25. Não importa o que temos perdido. Não importa
o quanto estamos sofrendo. Não importa todas as lágrimas, todo medo, todo
desespero.
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Quando Deus
parece mais ausente, na verdade, Ele está mais próximo do que jamais esteve. Cristo
ressuscitou para trazer vida a todas as áreas do nosso ser. Vivamos a vida de
Cristo.
2. A VIDA PROMOVE A LIBERTAÇÃO DO MEDO
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A ressurreição
nos trouxe um grande benefício emocional, a exclusão do medo, da dúvida, da
incerteza, e trouxe a alegria de Deus para nós. Os evangelhos narram o
sentimento de medo, descrevem que as mulheres estavam assustadas diante do
túmulo vazio (Mat 28.5; Marcos 16.5-6; Luc 24.4-5).
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Os acontecimentos
da sexta-feira trouxeram pavor para os discípulos, da mesma forma que o pecado
de Adão o levou a esconder-se de Deus no Éden. Um evento trágico gerou uma
consequência avassaladora.
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Diante de uma
realidade incerta sobre Deus, abre-se a janela para o medo. No nascimento de
Jesus os pastores ficaram com medo ao contemplar o anjo e a glória do Senhor,
então exclamou “não tenham medo” (Luc 2.10). Na ressurreição as mulheres
ficaram com medo ao contemplar o anjo, que exclamou, assim como Jesus “não
tenham medo” (Mateus 28.5,10).
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Jesus quer nos
livrar de nossos medos, quer trazer as certezas, suas realidades e seu
propósito para nós.
3. A VIDA COBRA O CUMPRIMENTO DA MISSÃO
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A ressurreição
nos desperta e motiva para levar a cabo nossa missão como discípulos de dar
continuidade no projeto de levar as Boas Novas aos perdidos. Aquela Boa Nova
que o anjo anunciou aos pastores no nascimento de Jesus, não pode ser
negligenciada, se não a morte de Cristo se torna vã.
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O impacto da
sexta-feira paralisou a comunidade cristã da época, estavam todos ainda inertes
com a morte de Jesus. Diante disso, a recomendação foi: “vão para galileia, lá
nos encontraremos”. Foi na Galileia que Jesus os comissionou com a Grande
Comissão (Mat 28.18-20).
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A Páscoa em
escala universal acontecerá quando a Comissão for cumprida, o Evangelho
pregado, e Jesus voltar para levar os salvos. É como que se fosse sábado na
terra e nós esperássemos o domingo universal da ressurreição, para que todos
possam contemplar o Cristo vivo.
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A Páscoa causou
uma ruptura no universo que despencava rumo à decadência. E um dia Deus
ampliará o milagre da Páscoa em escala universal. Como igreja precisamos apresentar o Cristo
vivo, pregar a Boa Nova da Salvação e a promessa da ressurreição.
CONCLUSÃO:
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A Páscoa foi e
continua sendo um evento real muito significativo para judeus e cristão, para
que hoje, seja resumida a tradições mundanas e pagãs, tais como coelhos, ovos,
chocolates, etc.
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A Páscoa é sinal
de libertação da escravidão para o judeu. É sinal de libertação da morte pela
ressurreição para o cristão.
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A Páscoa recuperou
todo o prejuízo causado pela queda de Adão, nos libertando do medo, e nos
motivando a cumprir nosso chamado como discípulo.
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