16 de fev. de 2016

Onde Está Deus?


Texto: Salmos 42:3
Tema: Onde Está Deus?

Introdução:
·         Ai meu Deus. Deus te acompanhe. Deus de abençoe. Deus te pague. Só por Dues. Etc, etc, etc. É um tal de Deus pra lá, Deus pra cá. O nome e o próprio Deus é muito falado, mas pouco experimentado, vivido, sentido.
·         Onde está Deus? Esta é uma das perguntas inquietadoras e que para muitos, ainda não tem resposta. Mesmo as que já responderam, algumas sentem que Deus lhes parece distante e ausente naquelas horas de maior necessidade. Parece que Deus está escondido.
·         Foi o próprio Deus que colocou esta inquietação dentro de nós, pois Ele também quer saber onde estão as pessoas. A Bíblia é a história de pessoas procurando Deus, e Deus procurando pessoas. Assim podemos ver como Deus sempre desejou repartir sua vida com as pessoas.

1. Faca a face, no Paraíso (Gn 1.26,27; 3.8).
·         Deus preparou a criação (o nosso berço) em cinco dias, e no sexto nos criou (deu à luz o homem) por amor à sua imagem e semelhança. Amar é dar, quem ama nunca retém pro seu egoísmo. Deus repartiu com o homem sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27).
·         Neste ato de repartir-se conosco, Deus criou pessoas que pudessem se relacionar com Ele. Pessoas com livre arbítrio, para que fossemos livres e voluntariamente unidos a Ele. No início Adão e Eva conversavam face a face com Deus (Gn 3.8). Eram felizes e não sabiam.
·         No entanto havia uma regra para que durasse o relacionamento (Gn 2.16,17). O que sustentava o homem era o próprio Deus, assim não há felicidade e paz em si mesmo, sem Deus. Ele era a fonte para o uso da liberdade. No relacionamento saberiam o certo e errado.
·         Houve um dia em que decidiram quebrar as regras (Gn 3.6), pensando que poderiam cuidar de si mesmas. O resultado foi que Deus expulsou as pessoas do paraíso. Desde aquele dia as pessoas se questionam: onde está Deus?

2. No Tabernáculo, no meio do povo (Ex 19.1-6).
·         Deus sendo amor não desiste de se repartir com as pessoas. Planejou enviar o Messias para quitar a dívida contraída no ato do pecado, e restaurar o relacionamento com as pessoas. Para isso decidiu formar um povo através do qual viria o Messias e abençoaria toda a terra.
·         Então Deus se deu a si mesmo como presença no meio deste povo o qual teria credibilidade e Deus poderia então repartir a si mesmo com as pessoas. O Tabernáculo, onde Deus fez repousar sua glória, foi a maneira de sinalizar Sua presença
·         O Tabernáculo era um templo móvel, montado e desmontado no meio do acampamento durante a caminhada no deserto. Deus não tinha endereço, o Tabernáculo era apenas um símbolo da Sua presença no meio do povo.

3. No Templo, com endereço fixo (1 Cr 17.1-15).
·         O Tabernáculo existiu até que Davi teve a ideia de construir um templo, pois os povos ao redor tinham templo e ele mesmo morava numa casa mais suntuosa que a velha tenda. Mas Deus não gostou da ideia e mandou o profeta Natã perguntar se Ele havia pedido isso.
·         A ideia de Davi foi então executada por seu filho Salomão que não entendeu que “o descendente’ seria Jesus, o Messias. Mesmo assim Deus aceita a casa e promete ouvir as orações feitas ali (2 Cr 7.1-16)
·         Com o Templo Deus não estava mais “ambulante” no meio do povo, agora tinha um endereço fixo onde o povo ia para adorar e então ali Deus se manifestava. Deus desaconselhou, mas abençoou, e as consequências foram assumidas pelo povo.
·         Não constava do projeto original de Deus para Israel, mas serviu de base para a promessa de que um dos descendentes de Davi construiria para Deus ‘uma casa eterna’.
4. Em Jesus Cristo (Jo 1.14; 14.9).
·         Uns mil anos depois do Templo, Jesus entra em cena, ele literalmente ‘tabernaculou’ entre nós - armou sua tenda. Jesus foi a real presença de Deus ‘no meio do povo’ com toda Sua glória. Deus agora anda diariamente entre as pessoas repartindo sua presença. Não havia mais endereço fixo.
·         O paradigma da encarnação não era o templo (fixo), mas sim o tabernáculo (móvel). Em Jesus são cumpridas as promessas de Deus, e Ele é o descendente de Davi que edificaria uma casa eterna para Deus.

5. Na Igreja (Jo 2.19-21).
·         O novo Templo era o próprio corpo de Jesus, seu próprio povo, a Igreja e não pedras e cimento. Na ressurreição criou um novo templo formado pelos crentes unidos a Ele. Ao morrer foi preparar um lugar, e na retornou na Sua ressurreição com a casa pronta e lugares preparados (Jo 14.2,3).
·         Segundo Paulo, a promessa feita a Abraão cumpriu-se em Cristo, que pagou a dívida e restaurou o relacionamento com Deus. A benção prometida a Abraão concretiza-se com o envio do Espírito Santo para habitar as vidas dos salvos em Jesus (Gl 3.10-14)
·         Assim o cristão é o “templo do Espírito” (1Co 3.16) e a igreja é “templo santo para morada de Deus” (Ef 2.19-22). Deus não está apenas no meio do seu povo, Ele está habitando a igreja de Cristo, sua casa eterna.

6. No Céu (Ap 21.1-22.5).
·         A plenitude da presença de Deus é o novo céu e a nova terra, onde veremos a Deus face a face (1Co 13.12) . O céu e a retomada definitiva da plena comunhão face a face entre Deus e as pessoas.
·         Aqueles que tem fé em Cristo não estão excluídos da presença de Deus com Adão fora do Éden. Podem desfrutar, ainda que incompleta, a presença e a intimidade com Deus.

CONCLUSÃO:

            Estas são as seis fases do processo de Deus em repartir sua vida com as pessoas. Estava face a face no Éden, depois sinaliza sua presença no Tabernáculo e no Templo, então na pessoa de Cristo visita a terra e se manifesta nas pessoas (a Igreja) que estão unidas a Ele pela fé, até que o veremos face a face no céu.

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