Texto: Salmos 42:3
Tema:
Onde Está Deus?
Introdução:
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Ai meu Deus. Deus te acompanhe. Deus de abençoe. Deus te pague. Só por
Dues. Etc, etc, etc. É um tal de Deus pra lá, Deus pra cá. O nome e o próprio
Deus é muito falado, mas pouco experimentado, vivido, sentido.
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Onde está Deus? Esta é uma das perguntas inquietadoras e que para
muitos, ainda não tem resposta. Mesmo as que já responderam, algumas sentem que
Deus lhes parece distante e ausente naquelas horas de maior necessidade. Parece
que Deus está escondido.
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Foi o próprio Deus que colocou esta inquietação dentro de nós, pois Ele
também quer saber onde estão as pessoas. A Bíblia é a história de pessoas
procurando Deus, e Deus procurando pessoas. Assim podemos ver como Deus sempre
desejou repartir sua vida com as pessoas.
1. Faca a face, no Paraíso
(Gn 1.26,27; 3.8).
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Deus preparou a criação (o nosso berço) em cinco dias, e no sexto nos
criou (deu à luz o homem) por amor à sua imagem e semelhança. Amar é dar, quem
ama nunca retém pro seu egoísmo. Deus repartiu com o homem sua imagem e
semelhança (Gn 1.26,27).
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Neste ato de repartir-se conosco, Deus criou pessoas que pudessem se
relacionar com Ele. Pessoas com livre arbítrio, para que fossemos livres e
voluntariamente unidos a Ele. No início Adão e Eva conversavam face a face com
Deus (Gn 3.8). Eram felizes e não sabiam.
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No entanto havia uma regra para que durasse o relacionamento (Gn
2.16,17). O que sustentava o homem era o próprio Deus, assim não há felicidade
e paz em si mesmo, sem Deus. Ele era a fonte para o uso da liberdade. No
relacionamento saberiam o certo e errado.
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Houve um dia em que decidiram quebrar as regras (Gn 3.6), pensando que
poderiam cuidar de si mesmas. O resultado foi que Deus expulsou as pessoas do
paraíso. Desde aquele dia as pessoas se questionam: onde está Deus?
2. No Tabernáculo, no meio
do povo (Ex 19.1-6).
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Deus sendo amor não desiste de se repartir com as pessoas. Planejou
enviar o Messias para quitar a dívida contraída no ato do pecado, e restaurar o
relacionamento com as pessoas. Para isso decidiu formar um povo através do qual
viria o Messias e abençoaria toda a terra.
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Então Deus se deu a si mesmo como presença no meio deste povo o qual
teria credibilidade e Deus poderia então repartir a si mesmo com as pessoas. O
Tabernáculo, onde Deus fez repousar sua glória, foi a maneira de sinalizar Sua
presença
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O Tabernáculo era um templo móvel, montado e desmontado no meio do
acampamento durante a caminhada no deserto. Deus não tinha endereço, o
Tabernáculo era apenas um símbolo da Sua presença no meio do povo.
3. No Templo, com endereço
fixo (1 Cr 17.1-15).
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O Tabernáculo existiu até que Davi teve a ideia de construir um templo,
pois os povos ao redor tinham templo e ele mesmo morava numa casa mais suntuosa
que a velha tenda. Mas Deus não gostou da ideia e mandou o profeta Natã
perguntar se Ele havia pedido isso.
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A ideia de Davi foi então executada por seu filho Salomão que não
entendeu que “o descendente’ seria Jesus, o Messias. Mesmo assim Deus aceita a
casa e promete ouvir as orações feitas ali (2 Cr 7.1-16)
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Com o Templo Deus não estava mais “ambulante” no meio do povo, agora
tinha um endereço fixo onde o povo ia para adorar e então ali Deus se
manifestava. Deus desaconselhou, mas abençoou, e as consequências foram
assumidas pelo povo.
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Não constava do projeto original de Deus para Israel, mas serviu de
base para a promessa de que um dos descendentes de Davi construiria para Deus
‘uma casa eterna’.
4. Em Jesus Cristo (Jo 1.14;
14.9).
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Uns mil anos depois do Templo, Jesus entra em cena, ele literalmente
‘tabernaculou’ entre nós - armou sua tenda. Jesus foi a real presença de Deus
‘no meio do povo’ com toda Sua glória. Deus agora anda diariamente entre as
pessoas repartindo sua presença. Não havia mais endereço fixo.
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O paradigma da encarnação não era o templo (fixo), mas sim o tabernáculo
(móvel). Em Jesus são cumpridas as promessas de Deus, e Ele é o descendente de
Davi que edificaria uma casa eterna para Deus.
5. Na Igreja (Jo 2.19-21).
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O novo Templo era o próprio corpo de Jesus, seu próprio povo, a Igreja
e não pedras e cimento. Na ressurreição criou um novo templo formado pelos
crentes unidos a Ele. Ao morrer foi preparar um lugar, e na retornou na Sua
ressurreição com a casa pronta e lugares preparados (Jo 14.2,3).
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Segundo Paulo, a promessa feita a Abraão cumpriu-se em Cristo, que
pagou a dívida e restaurou o relacionamento com Deus. A benção prometida a
Abraão concretiza-se com o envio do Espírito Santo para habitar as vidas dos
salvos em Jesus (Gl 3.10-14)
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Assim o cristão é o “templo do Espírito” (1Co 3.16) e a igreja é “templo
santo para morada de Deus” (Ef 2.19-22). Deus não está apenas no meio do seu
povo, Ele está habitando a igreja de Cristo, sua casa eterna.
6. No Céu (Ap 21.1-22.5).
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A plenitude da presença de Deus é o novo céu e a nova terra, onde
veremos a Deus face a face (1Co 13.12) . O céu e a retomada definitiva da plena
comunhão face a face entre Deus e as pessoas.
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Aqueles que tem fé em Cristo não estão excluídos da presença de Deus
com Adão fora do Éden. Podem desfrutar, ainda que incompleta, a presença e a
intimidade com Deus.
CONCLUSÃO:
Estas são as seis fases do processo
de Deus em repartir sua vida com as pessoas. Estava face a face no Éden, depois
sinaliza sua presença no Tabernáculo e no Templo, então na pessoa de Cristo
visita a terra e se manifesta nas pessoas (a Igreja) que estão unidas a Ele
pela fé, até que o veremos face a face no céu.
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