Texto:
Mateus 6.19-24
Tema: A
Ambição do Cristão não está nas coisas materiais
Introdução:
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Na primeira
metade de Mateus 6 (v.1-18), Jesus descreve a vida particular do cristão ‘’no
lugar secreto’’ (dando, orando, jejuando); na Segunda parte(19-34) ele trata
dos nossos negócios públicos no mundo (questões de dinheiro, de propriedades,
de alimento, de bebida, de roupa e de ambição).
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Os mesmos
contrastes poderiam ser expressos em termos de nossas responsabilidades
‘’religiosas’’ e ‘’seculares’’. Esta diferença é enganosa, porque não podemos
separar estes dois aspectos em compartimentos herméticos. Na verdade, a
separação entre o sagrado e o secular na história da Igreja tem sido
desastroso.
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Se somos
cristãos, tudo o que fazemos, por mais ‘’secular’’ que possa parecer (como
fazer compras, cozinhar, fazer cálculos no escritório, etc), é ‘’religioso’’,
no sentido de que é feito na presença de Deus e de acordo com a sua vontade.
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Ouvimos os mesmos
insistentes convites de Jesus, nas duas esferas, o chamado para sermos
diferentes da cultura popular: diferentes da hipocrisia do religioso (v. 1-18)
e, agora, também diferentes do materialismo do irreligioso (v. 19-34).
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Há dois tesouros
(na terra e no céu), duas condições físicas (luz e trevas), dois senhores (Deus
e as riquezas) e duas preocupações (nosso corpo e o reino de Deus). E não
podemos pôr os pés em duas canoas!
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Mas, como fazer a
escolha? A ambição do mundo nos fascina fortemente. O encanto do materialismo é
difícil de se quebrar. Jesus nos ajuda a escolher o melhor. Ele destaca a
insensatez do caminho errado e a sabedoria do certo. Em relação à ambição,
Jesus coloca o falso e o verdadeiro, um em oposição ao outro, de tal modo que
nos leva a compará-los e examiná-los por nós mesmos.
1. A QUESTÃO DO ACÚMULO DE TESOUROS. v.19-21
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Jesus chama a
atenção para a durabilidade comparativa dos dois tesouros. Assim seria fácil
decidir qual deles ajuntar: sobre a terra (corruptível, inseguros) ou no céu
(incorruptível, seguro).
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Primeiro é
preciso saber o que Jesus não está proibindo:
o
As propriedades
particulares em si;
o
Economizar para
dias piores, fazer um seguro de vida;
o
O desfrutar das
coisas boas que o Criador nos concedeu.
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O que Jesus
proíbe é a acumulação egoísta de bens; uma vida extravagante e luxuosa, a
dureza de coração que não deixa perceber as necessidades dos outros; a fantasia
de que a vida consiste na abundância de bens; o materialismo que acorrenta o
coração à terra.
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ACUMULAR TESOUROS
SOBRE A TERRA NÃO SIGNIFICA SER PREVIDENTE (FAZER PROVISÕES PARA O FUTURO), MAS
GANANCIOSO (COMO O SOVINA QUE ACUMULA E O MATERIALISTA QUE SEMPRE QUER MAIS).
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Cuidado com as
duas pragas que Lutero nos advertiu: os falsos pregadores, que corrompem o
ensino, e a ganância, que impede um viver justo.
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Os tesouros
terrenos podiam ser consumidos pela corrosão causada pela ferrugem, ou por um
parasita que a devorasse. As traças devoravam as roupas, os ratos comiam os
cereais, as pestes matavam os rebanhos, os ladrões entravam nas casas e levavam
os bens.
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Hoje podemos usar
inseticidas, venenos, ratoeiras, tintas a prova de ferrugem, alarmes contra
ladrões, mas não controlamos a inflação e nem a flutuação do cambio ou as
bolhas imobiliárias.
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Qual seria o
tesouro celestial? Seria fazer aqui na terra alguma coisa cujos efeitos durem
pela eternidade: desenvolver um caráter semelhante a Cristo; aumentar a fé, a
esperança, o amor; levar outras pessoas a Cristo para serem salvas; usar nosso
dinheiro nas causas cristãs. Tudo isso terá reflexo na eternidade.
2. A QUESTÃO DA ATRAÇÃO AOS NOSSOS OLHOS. v.22,23
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Jesus compara
agora o benefício relativo de duas condições. Ele faz um contraste entre uma
pessoa cega e uma que tem visão, representando as trevas e a luz em que elas
vivem.
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Os olhos são como
janelas do corpo. Quase tudo que o corpo faz depende da capacidade de ver. É
como se o olho iluminasse o corpo. E assim tem um princípio: quem vê anda na
luz, enquanto que o cego permanece nas trevas.
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A segunda
metáfora está nos fato de olho ser equivalente ao coração, assim coloca o
coração em algo equivale a fixa os olhos (Sal 119.10,18). Jesus fala da
importância de ter o coração no lugar certo comparando a ter os olhos bons e
sadios.
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Na mesma forma
que os olhos afetam todo o corpo, a nossa ambição egoísta afeta toda a nossa
vida. Como o olho que vê dá luz ao
corpo, uma ambição nobre e sincera de servir a Deus e aos homens aumenta o
significado da vida e lança luz sobre o que fazemos. Mas como a cegueira leva
às trevas, a ambição egoísta nos leva a trevas morais. Ficamos intolerantes, desumanos,
grosseiros, perdendo o real sentido da vida.
3. A QUESTÃO DO SENHORIO POR MEIO DAS RIQUEZAS. v.24)
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Jesus fala agora
de uma escolha mais básica: entre dois senhores a quem vamos servir. Devemos
escolher entre Deus, o Criador, ou o objeto da nossa criação que chamamos dinheiro.
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Os que tentam
servir aos dois agem assim: servem a Deus aos domingos e as riquezas na semana;
ser vem a Deus com os lábios e as riquezas com o coração; servem a Deus na
aparência e as riquezas na realidade; servem a Deus com metade de suas vidas e
as riquezas com a outra metade.
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Isto é impossível,
pois não podemos ser escravos de dois senhores. Qualquer que divide sua devoção
entre Deus e as riquezas já se tornou escravo das riquezas, pois só pode ser
servido com devoção total e exclusiva.
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É uma questão da
escolha entre o Criador e a criatura, entre o Deus pessoal e glorioso e algo
miserável e pequeno chamado dinheiro, entre adoração e idolatria.
CONCLUSÃO:
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Estamos diante da
grande urgência da nossa geração. A medida que a população do mundo continua
aumentando e os problemas econômicos das nações se tornam cada vez mais
complexos, os ricos continuam ficando mais ricos e os pobres, mais pobres.
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Não podemos mais
fechar os olhos diante dos fatos. A antiga complacência do Cristianismo burguês
foi perturbada. Redescobriu-se que o Deus da Bíblia está ao lado dos pobres e
necessitados.
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Diante disto
pense: Nós como cristãos responsáveis sentimos desconforto quando pensamos na
abundância e estamos procurando desenvolver um estilo de vida simples, que seja
adequado face às necessidades do mundo e, por lealdade, de acordo com os
ensinamentos e o exemplo do seu Mestre, será?
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