29 de dez. de 2015

Quais Serão Suas Ambições


Texto: Mateus 6.19-24
Tema: A Ambição do Cristão não está nas coisas materiais

Introdução:
·        Na primeira metade de Mateus 6 (v.1-18), Jesus descreve a vida particular do cristão ‘’no lugar secreto’’ (dando, orando, jejuando); na Segunda parte(19-34) ele trata dos nossos negócios públicos no mundo (questões de dinheiro, de propriedades, de alimento, de bebida, de roupa e de ambição).
·        Os mesmos contrastes poderiam ser expressos em termos de nossas responsabilidades ‘’religiosas’’ e ‘’seculares’’. Esta diferença é enganosa, porque não podemos separar estes dois aspectos em compartimentos herméticos. Na verdade, a separação entre o sagrado e o secular na história da Igreja tem sido desastroso.
·        Se somos cristãos, tudo o que fazemos, por mais ‘’secular’’ que possa parecer (como fazer compras, cozinhar, fazer cálculos no escritório, etc), é ‘’religioso’’, no sentido de que é feito na presença de Deus e de acordo com a sua vontade.
·        Ouvimos os mesmos insistentes convites de Jesus, nas duas esferas, o chamado para sermos diferentes da cultura popular: diferentes da hipocrisia do religioso (v. 1-18) e, agora, também diferentes do materialismo do irreligioso (v. 19-34).
·        Há dois tesouros (na terra e no céu), duas condições físicas (luz e trevas), dois senhores (Deus e as riquezas) e duas preocupações (nosso corpo e o reino de Deus). E não podemos pôr os pés em duas canoas!
·        Mas, como fazer a escolha? A ambição do mundo nos fascina fortemente. O encanto do materialismo é difícil de se quebrar. Jesus nos ajuda a escolher o melhor. Ele destaca a insensatez do caminho errado e a sabedoria do certo. Em relação à ambição, Jesus coloca o falso e o verdadeiro, um em oposição ao outro, de tal modo que nos leva a compará-los e examiná-los por nós mesmos.

1. A QUESTÃO DO ACÚMULO DE TESOUROS. v.19-21
·        Jesus chama a atenção para a durabilidade comparativa dos dois tesouros. Assim seria fácil decidir qual deles ajuntar: sobre a terra (corruptível, inseguros) ou no céu (incorruptível, seguro).
·        Primeiro é preciso saber o que Jesus não está proibindo:
o   As propriedades particulares em si;
o   Economizar para dias piores, fazer um seguro de vida;
o   O desfrutar das coisas boas que o Criador nos concedeu.
·        O que Jesus proíbe é a acumulação egoísta de bens; uma vida extravagante e luxuosa, a dureza de coração que não deixa perceber as necessidades dos outros; a fantasia de que a vida consiste na abundância de bens; o materialismo que acorrenta o coração à terra.
·        ACUMULAR TESOUROS SOBRE A TERRA NÃO SIGNIFICA SER PREVIDENTE (FAZER PROVISÕES PARA O FUTURO), MAS GANANCIOSO (COMO O SOVINA QUE ACUMULA E O MATERIALISTA QUE SEMPRE QUER MAIS).
·        Cuidado com as duas pragas que Lutero nos advertiu: os falsos pregadores, que corrompem o ensino, e a ganância, que impede um viver justo.
·        Os tesouros terrenos podiam ser consumidos pela corrosão causada pela ferrugem, ou por um parasita que a devorasse. As traças devoravam as roupas, os ratos comiam os cereais, as pestes matavam os rebanhos, os ladrões entravam nas casas e levavam os bens.
·        Hoje podemos usar inseticidas, venenos, ratoeiras, tintas a prova de ferrugem, alarmes contra ladrões, mas não controlamos a inflação e nem a flutuação do cambio ou as bolhas imobiliárias.
·        Qual seria o tesouro celestial? Seria fazer aqui na terra alguma coisa cujos efeitos durem pela eternidade: desenvolver um caráter semelhante a Cristo; aumentar a fé, a esperança, o amor; levar outras pessoas a Cristo para serem salvas; usar nosso dinheiro nas causas cristãs. Tudo isso terá reflexo na eternidade.

2. A QUESTÃO DA ATRAÇÃO AOS NOSSOS OLHOS. v.22,23
·        Jesus compara agora o benefício relativo de duas condições. Ele faz um contraste entre uma pessoa cega e uma que tem visão, representando as trevas e a luz em que elas vivem.
·        Os olhos são como janelas do corpo. Quase tudo que o corpo faz depende da capacidade de ver. É como se o olho iluminasse o corpo. E assim tem um princípio: quem vê anda na luz, enquanto que o cego permanece nas trevas.
·        A segunda metáfora está nos fato de olho ser equivalente ao coração, assim coloca o coração em algo equivale a fixa os olhos (Sal 119.10,18). Jesus fala da importância de ter o coração no lugar certo comparando a ter os olhos bons e sadios.
·        Na mesma forma que os olhos afetam todo o corpo, a nossa ambição egoísta afeta toda a nossa vida.  Como o olho que vê dá luz ao corpo, uma ambição nobre e sincera de servir a Deus e aos homens aumenta o significado da vida e lança luz sobre o que fazemos. Mas como a cegueira leva às trevas, a ambição egoísta nos leva a trevas morais. Ficamos intolerantes, desumanos, grosseiros, perdendo o real sentido da vida.

3. A QUESTÃO DO SENHORIO POR MEIO DAS RIQUEZAS. v.24)
·        Jesus fala agora de uma escolha mais básica: entre dois senhores a quem vamos servir. Devemos escolher entre Deus, o Criador, ou o objeto da nossa criação que chamamos dinheiro.
·        Os que tentam servir aos dois agem assim: servem a Deus aos domingos e as riquezas na semana; ser vem a Deus com os lábios e as riquezas com o coração; servem a Deus na aparência e as riquezas na realidade; servem a Deus com metade de suas vidas e as riquezas com a outra metade.
·        Isto é impossível, pois não podemos ser escravos de dois senhores. Qualquer que divide sua devoção entre Deus e as riquezas já se tornou escravo das riquezas, pois só pode ser servido com devoção total e exclusiva.
·        É uma questão da escolha entre o Criador e a criatura, entre o Deus pessoal e glorioso e algo miserável e pequeno chamado dinheiro, entre adoração e idolatria.

CONCLUSÃO:
·        Estamos diante da grande urgência da nossa geração. A medida que a população do mundo continua aumentando e os problemas econômicos das nações se tornam cada vez mais complexos, os ricos continuam ficando mais ricos e os pobres, mais pobres.
·        Não podemos mais fechar os olhos diante dos fatos. A antiga complacência do Cristianismo burguês foi perturbada. Redescobriu-se que o Deus da Bíblia está ao lado dos pobres e necessitados.
·        Diante disto pense: Nós como cristãos responsáveis sentimos desconforto quando pensamos na abundância e estamos procurando desenvolver um estilo de vida simples, que seja adequado face às necessidades do mundo e, por lealdade, de acordo com os ensinamentos e o exemplo do seu Mestre, será?


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