13 de out. de 2015

Honestidade no Falar


Texto: Mateus 5.33-37
Tema: O Cristão deve ser Honesto no Falar

Introdução:
·         Quando vamos alugar uma casa, a imobiliária ou o proprietário nos pede para assinar um contrato, com firma reconhecida, por verdadeira. Além disso pede um fiador, que assine o contrato, que tenha bens no nome e comprove uma renda a contento.
·         Se isso não bastasse, exige copias de documentos pessoais, casamento, residência, holerite, etc, etc. Será que todas essas precauções e todas as demais situações onde a palavra não basta, mas é preciso documentos para dar veracidade, seriam necessárias se as pessoas vivessem o que Jesus ensinou nesta porção do Sermão do Monte.

·         O fato é: se para a palavra ter crédito é exigido algo além da própria palavra, não está havendo honestidade no falar. Se para ser digno de confiança, eu preciso lançar mão de algum tipo de juramento, estou confessando que sou mentiroso e não vivo com sinceridade.
·         O que os rabinos judeus estavam fazendo em relação aos juramentos era uma distorção das Escrituras, para que se tornassem mais fáceis de ser obedecidas. Diante disso precisamos entender a lei de Moisés, depois a distorção dos fariseus e então as verdadeiras aplicações feitas por Jesus.

1. A DISTORÇÃO DA LEI DE MOISÉS SOBRE A HONESTIDADE NO FALAR. v.33
·         Esta citação não é da lei de Moisés nem resume ideias do Velho Testamento sobre o cumprimento de votos, que uma vez feito diante de Deus, se tornava-se passivo de punição. Moisés aponta para a proibição de falso juramento e a quebra dos votos.
·         Os fariseus estavam tentando limitar estas proibições, afastando a atenção das pessoas do voto e da necessidade de cumpri-lo, para eles não se podia “tomar o nome do Senhor” em vão. Na prática estavam dizendo que empenhar a palavra desonestamente não era pecado.
·         Para os fariseus, somente as fórmulas de juramento que incluíam o nome de Deus tornavam o voto obrigatório. Não precisa ser tão cuidadoso sobre a guarda de votos que não era usado o nome de Deus. Em suma: a palavra empenhada de uma pessoa não tinha nenhum valor.
·         Jesus reprova esta atitude dos fariseus, e Mateus registra no capítulo 23.16-22.

2. O ENSINO DE JESUS SOBRE A HONESTIDADE NO FALAR. v.34-37
·         Jesus diz que essa questão de fórmula para fazer votos é irrelevante, não importa se envolve ou não o nome de Deus, pois não há como evitar alguma referencia a Deus, pois não podemos eliminar Deus que do seu próprio mundo.
·         O “céu” é o trono de Deus. A “terra” é o estrado dos seus pés. “Jerusalém” é a sua cidade santa. Nem a sua “cabeça” é de fato sua, pois foi criada por Deus e nem um cabelo cai sem Sua permissão.
·         Para Jesus o voto é obrigatório independente da fórmula usada, ou seja, devemos cumprir as nossas promessas e ser pessoas de palavra. Se agirmos assim, os votos se tornam desnecessários “de modo algum jureis” (v.34), “seja a tua palavra: Sim, sim; não, não” (v.37) – Tiago 5.12.
·         Assim como o divórcio é devido à dureza do coração humano, os juramentos se devem á falsidade humana. Os dois foram permitidos pela lei; nenhum foi ordenado, nem seria necessário.
·         Sobre os essênios, um grupo separatista judaico, o escritor Josefo declara: “São conhecidos pela fidelidade... qualquer coisa que digam é mais firme que um juramento”.

CONCLUSÃO:
·         Jurar (isto é, assumir votos) é realmente uma confissão patética de nossa própria desonestidade. Jurar e demonstrar que as nossas simples palavras não são dignas de crédito.

·         Como cristãos devemos dizer o que pretendemos e pretender o que dizemos. Nosso “sim” e “não” sem adornos deveria ser o suficiente.

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