Texto: Mateus 5.33-37
Tema: O Cristão deve ser Honesto
no Falar
Introdução:
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Quando vamos alugar uma casa, a imobiliária ou o proprietário nos pede
para assinar um contrato, com firma reconhecida, por verdadeira. Além disso
pede um fiador, que assine o contrato, que tenha bens no nome e comprove uma
renda a contento.
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Se isso não bastasse, exige copias de documentos pessoais, casamento,
residência, holerite, etc, etc. Será que todas essas precauções e todas as
demais situações onde a palavra não basta, mas é preciso documentos para dar
veracidade, seriam necessárias se as pessoas vivessem o que Jesus ensinou nesta
porção do Sermão do Monte.
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O fato é: se para a palavra ter crédito é exigido algo além da própria
palavra, não está havendo honestidade no falar. Se para ser digno de confiança,
eu preciso lançar mão de algum tipo de juramento, estou confessando que sou
mentiroso e não vivo com sinceridade.
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O que os rabinos judeus estavam fazendo em relação aos juramentos era
uma distorção das Escrituras, para que se tornassem mais fáceis de ser
obedecidas. Diante disso precisamos entender a lei de Moisés, depois a
distorção dos fariseus e então as verdadeiras aplicações feitas por Jesus.
1. A DISTORÇÃO DA LEI DE
MOISÉS SOBRE A HONESTIDADE NO FALAR. v.33
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Esta citação não é da lei de Moisés nem resume ideias do Velho
Testamento sobre o cumprimento de votos, que uma vez feito diante de Deus, se
tornava-se passivo de punição. Moisés aponta para a proibição de falso
juramento e a quebra dos votos.
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Os fariseus estavam tentando limitar estas proibições, afastando a
atenção das pessoas do voto e da necessidade de cumpri-lo, para eles não se
podia “tomar o nome do Senhor” em vão. Na prática estavam dizendo que empenhar
a palavra desonestamente não era pecado.
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Para os fariseus, somente as fórmulas de juramento que incluíam o nome
de Deus tornavam o voto obrigatório. Não precisa ser tão cuidadoso sobre a
guarda de votos que não era usado o nome de Deus. Em suma: a palavra empenhada
de uma pessoa não tinha nenhum valor.
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Jesus reprova esta atitude dos fariseus, e Mateus registra no capítulo
23.16-22.
2. O ENSINO DE JESUS SOBRE A
HONESTIDADE NO FALAR. v.34-37
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Jesus diz que essa questão de fórmula para fazer votos é irrelevante, não
importa se envolve ou não o nome de Deus, pois não há como evitar alguma
referencia a Deus, pois não podemos eliminar Deus que do seu próprio mundo.
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O “céu” é o trono de Deus. A “terra” é o estrado dos seus pés.
“Jerusalém” é a sua cidade santa. Nem a sua “cabeça” é de fato sua, pois foi
criada por Deus e nem um cabelo cai sem Sua permissão.
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Para Jesus o voto é obrigatório independente da fórmula usada, ou seja,
devemos cumprir as nossas promessas e ser pessoas de palavra. Se agirmos assim,
os votos se tornam desnecessários “de
modo algum jureis” (v.34), “seja a
tua palavra: Sim, sim; não, não” (v.37) – Tiago 5.12.
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Assim como o divórcio é devido à dureza do coração humano, os
juramentos se devem á falsidade humana. Os dois foram permitidos pela lei;
nenhum foi ordenado, nem seria necessário.
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Sobre os essênios, um grupo separatista judaico, o escritor Josefo
declara: “São conhecidos pela fidelidade... qualquer coisa que digam é mais
firme que um juramento”.
CONCLUSÃO:
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Jurar (isto é, assumir votos) é realmente uma confissão patética de
nossa própria desonestidade. Jurar e demonstrar que as nossas simples palavras
não são dignas de crédito.
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Como cristãos devemos dizer o que pretendemos e pretender o que
dizemos. Nosso “sim” e “não” sem adornos deveria ser o suficiente.

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