Texto: Mateus 5.21-26
Tema: O Perdão é a Cura para Ira
e Livra da Condenação
Introdução:
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O Sermão do Monte é destinado aos discípulos de Jesus, Ele apresenta o
CARÁTER desses discípulos exortando sobre a INFLUÊNCIA deles no mundo;
apresenta a JUSTIÇA dos cristãos a qual deve ser maior que a dos religiosos.
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Depois Jesus apresenta sua definição de justiça cristã esclarecendo
pontos duvidosos sobre a relação entre Novo e Velho Testamento, entre Evangelho
e a lei. Partindo do pressuposto que devemos cumprir a lei, pois ela não foi
revogada ou cancelada, pelo contrário, foi aprofundada.
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Em relação à Lei devemos entender às questões cerimonial, judiciais e
moral:
o Cerimonial. Envolvia os holocaustos,
os sacrifícios, os ritos e as cerimônias ligadas à adoração, no templo e
noutros lugares. Foi tudo cumprido por Jesus, e hoje o discípulo pela sujeição
e fé nEle, estará cumprindo esse aspecto da lei.
o Judicial. É a legislação dada para a
nação de Israel teocrática, para circunstâncias momentâneas de relação com o próximo.
Porém Israel não é mais teocrática pois essa prerrogativa foi transferida para
a Igreja que como a nova nação, logo o
que se refere a este aspecto da lei já foi cumprido.
o Moral. Consiste nos dez
mandamento e outros princípios morais que são permanentes e perpétuos, e
configuram um relacionamento eterno entre Deus e o homem pautado no amor a Ele
e ao próximo. Este aspecto da lei moral está em vigor e continuará ate o fim
dos tempo.
1. PROIBIÇÃO ACERCA DO
HOMICÍDIO. (v.21)
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Esta proibição está relacionada ao sexto mandamento que proíbe o
homicídio. A melhor expressão é “Não cometerás homicídio”, pois a lei não era
uma proibição contra a vida sob qualquer circunstância. A mesma lei ordena a
morte como um tipo de pena e no contexto de guerra era permitida.
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Além disso, os ensinos dos religiosos apontavam para um julgamento e
uma sentença apenas humanos, não contemplando o julgamento divino sobre aquele
que cometesse o homicídio, e assim ferisse o sexto mandamento.
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Os religiosos estavam restringindo a aplicação deste mandamento apenas
ao ato do homicídio, mas a aplicação era mais ampla, incluía pensamentos e
palavras, além de atos; cólera e insultos, além do homicídio.
2. PROIBIÇÃO ACERCA DA IRA. (v.22)
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A ira gera julgamento. Nem toda ira é maligna – a ira de Deus é santa e
pura – mas até a ira dos seres humanos pode ser justa, porém temos que ter
cuidado com os seus efeitos (Ef 4.26). A referência de Jesus é sobre a ira
injusta, do orgulho, da vaidade, do ódio, da maledicência e da vingança.
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O insulto torna réu no Sinédrio. Esta ira injusta não pode levar o coração a
proferir palavras de insulto contra a inteligência de seus irmãos.
Palavras semelhantes seriam: cabeça-oca; pateta; estúpido; cabeça-dura.
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A blasfêmia torna réu no Inferno. A palavra “tolo” caracteriza as pessoas que
negavam a existência de Deus, e assim mergulhavam na prática do mal, pode ser
traduzida por rebelde, apóstata, ou renegado, coração endurecido, assim
“aquele afirma que seu irmão está condenado ao inferno, está ele mesmo em perigo
de ir para o inferno”.
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Diante de Deus pensamentos raivosos e palavras ofensivas são
equivalentes ao homicídio (João 3.15). A ira e o insulto são sintomas do desejo
de acabar com uma pessoa, e assim os pensamentos, olhares e palavras dizem:
“gostaria que morresse”.
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Este tipo de sentimento torna a pessoa culpada de homicídio e sujeita
às penalidades, não diante de um tribunal humanos, mas do tribunal de Deus.
3. A PROIBIÇÃO DA OFERTA. (v.23-24))
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Se a ira e o insulto são tão sérios te perigosos, devemos fugir deles e
nos precaver o mais rápido possível. Para isso apresenta a ilustração da pessoa
que vai ao templo oferecer um sacrifício a Deus.
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Esta ilustração é extraída da Igreja e diz respeito a um irmão que tem
um ressentimento contra nós e aponta para a necessidade de ação imediata. No
ato da adoração se nos lembramos da ofensa, deveremos interromper a nossa
adoração, sair e acertar a situação.
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Mas raramente atendemos ao chamado de Cristo para a ação imediata.
Precisamos ser mais sensíveis no que se refere a atitudes, palavras, olhares e
pensamentos.
4. A PROIBIÇÃO DO DESACORDO.
(v.25-26)
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A outra ilustração é da pessoa que vai ao tribunal responder a
acusações. Esta ilustração e extraída do tribunal e refere-se a um inimigo. No
ato de irmos nos apresentar diante do tribunal, enquanto estamos nos dirigindo,
devemos acertar a nossa dívida.
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Nunca deveríamos permitir que uma desavença permanecesse, muito menos
que se desenvolvesse. Não devemos retardar em fazer as pazes.
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Não devemos permitir que o sol se ponha sobre a nossa ira, mas
imediatamente tomar a iniciativa de restaurar o relacionamento e pedir
desculpas.
CONCLUSÃO:
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Jesus extraiu instruções muito práticas do sexto mandamento como suas
implicações lógicas. Se queremos evitar o homicídio perante Deus, devemos tomar
todas as possíveis medidas positivas para vivermos em paz e em amor com todos
os homens.

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