Texto: Mateus 5.27-32
Tema: Pecados Sexuais Destroem o
Casamento
Introdução:
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O foco de Jesus agora é o sétimo mandamento que trata da proibição do
adultério, pois os rabinos estavam limitando o alcance deste mandamento, por
ignorar a proibição acerca da cobiça no décimo mandamento.
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Para os rabinos, desde que evitassem o ato do adultério propriamente
dito, eles estariam cumprindo o mandamento contra o adultério. Assim
estreitavam o que era pecado sexual
e alargavam as objeções à respeito da pureza
sexual.
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Mas o ensino de Jesus é diferente, pois amplia as implicações deste
pecado indo além de mera proibição de atos de imoralidade sexual. Para Jesus a
proibição do adultério incluía o olhar concupiscente e a imaginação, pois
podemos cometer adultério em nossos corações ou em nossas mentes.
1. PROIBIÇÃO SOBRE O ADULTÉRIO.
(v.27,28)
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Precisamos fazer dois parênteses antes de prosseguir:
1. As relações sexuais naturais
dentro do casamento é algo lindo aos olhos de Deus, basta lermos Cantares de
Salomão que narra o prazer entre esposa e esposo. A proibição de Jesus é acerca
do sexo ilegal, fora do casamento (sejam casadas ou solteiras) e do olhar de
cobiça para a outra pessoa.
2. Jesus trata de todas as
formas de imoralidade, do homem para uma mulher e da mulher para um homem, do
casado e do solteiro. Para Jesus toda prática sexual que é imoral no ato, é
também no olhar e no pensamento.
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Temos no ensino de Jesus uma ligação entre o olhar e o coração, assim
ele nos apresenta instruções práticas sobre como manter a pureza sexual:
tratando do problema no início, no nosso olhar (Jó 31.1,7,9). O controle do
coração se dava no controle de seus olhos.
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Atos vergonhosos procedem de pensamentos vergonhosos, a imaginação se
inflama por causa da indisciplina dos olhos. Assim quando aprendemos a
controlar o sexo na prática, isso é resultado de fazê-lo nos olhos, na carne e
no pensamento.
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Como nos vestimos – homens e mulheres - hoje em dia? Uma coisa é
fazer-se atraente, outra é fazer-se sedutor(a). Homens e mulheres sabem bem a
diferença.
2. COMO EVITAR O ADULTÉRIO. (v.29,30)
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Jesus usa um ditado (ampliado em Mat 18.8,9 incluindo o pé e usado no
contexto geral das tentações) precisamos entender o que ele quis dizer com este
dito.
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Muitos cristãos zelosos tomaram ao pé da letra as palavras de Jesus e
se mutilaram - Orígenes de Alexandria no terceiro século renunciou
propriedades, alimentos e sono, e fez-se eunuco, castrando-se por vontade
própria (Mat 19.12).
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Usando esta figura de linguagem, Jesus queria um renuncia moral, a
mortificação (tomar a Cruz) para seguir a Jesus e rejeitar o pecado com
determinação. Isso significa não olhar, não pegar, não pisar, comportar-se como
se não tivesse olhos, mãos e pés. Agir como cego sem poder ver, aleijado sem
poder pegar ou pisar naquilo que nos levaria a pecar.
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Vivemos em um mundo pornográfico que ofende os cristãos, pois rebaixa a
mulher da condição de ser para objeto sexual, e oferece estímulos sexuais
pecaminosos. Se nossos pés nos levam a ver filmes, se as mãos manejam
literatura e os olhos se deliciam em figuras pornográficas, pecamos e abrimos
portas para tragédia.
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O que Jesus está dizendo é que para evitar o pecado não olhe, não vá,
não faça. Devemos colocar sentinelas para advertir do perigo, eliminando certas
coisas que podem ser fontes de tentação, pois não queremos viver para este
mundo e sim para a eternidade.
3. A CONSEQUÊNCIA DO
ADULTÉRIO. (v.31,32)
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O divórcio é, em alguns casos, a consequência de um adultério. Afeta
profundamente a pessoa em todas as áreas de sua vida, pois um casamento infeliz
é a maior tragédia na vida de uma pessoa gerando amargura, discórdia,
desespero. Assim o divórcio não é o caminho divino para a solução de conflitos
conjugais.
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Nestes dois versos Jesus faz um resumo do seu ensino contrario ao
divórcio, tema este que é ampliado em Mateus 19.2-9, e diferente dos fariseus
que o consideravam justo por qualquer motivo, Jesus não aconselha nem estimula
sua prática, por entender que se trata da dureza do coração do homem.
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Os fariseus estavam preocupados com os motivos para o divórcio, Jesus
estava preocupado com a instituição do casamento. Por isso ele não citou os “motivos
justos” para a separação. Para Jesus o casamento é exclusivo e permanente para
duas pessoas que decidem deixar seus pais e formar uma nova família.
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Os fariseus diziam que a permissão de Moisés para o divórcio era um
mandamento; Jesus chamou-o de concessão devido a dureza dos corações humanos.
Para Jesus não há ordem ou incentivo algum para a separação.
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Os fariseus tratavam o divórcio com leviandade; Jesus o considerou tão
seriamente que, com uma única exceção, chamou a todo novo casamento depois do
divórcio de adultério.
CONCLUSÃO:
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Jesus continua seu ensino aos discípulos que exortados nas
bem-aventuranças ao amor, ao perdão, à pacificação, deveriam exercer estas
qualidades dentro de seus casamentos.
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Para Jesus o divórcio só pode ser considerado uma trágica deterioração
dos ideais, propósitos e chamamento divinos para o casamento.
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Antes de tratar do divórcio com as pessoas, seria bom abordar os
assuntos do casamento e da reconciliação. Quando entendemos o ponto de vista
divino sobre estes temas, torna-se desnecessário o divórcio.

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