15 de set. de 2015

Pecados Sexuais Destroem o Casamento


Texto: Mateus 5.27-32
Tema: Pecados Sexuais Destroem o Casamento

Introdução:
·        O foco de Jesus agora é o sétimo mandamento que trata da proibição do adultério, pois os rabinos estavam limitando o alcance deste mandamento, por ignorar a proibição acerca da cobiça no décimo mandamento.
·        Para os rabinos, desde que evitassem o ato do adultério propriamente dito, eles estariam cumprindo o mandamento contra o adultério. Assim estreitavam o que era pecado sexual e alargavam as objeções à respeito da pureza sexual.

·        Mas o ensino de Jesus é diferente, pois amplia as implicações deste pecado indo além de mera proibição de atos de imoralidade sexual. Para Jesus a proibição do adultério incluía o olhar concupiscente e a imaginação, pois podemos cometer adultério em nossos corações ou em nossas mentes.

1. PROIBIÇÃO SOBRE O ADULTÉRIO. (v.27,28)
·        Precisamos fazer dois parênteses antes de prosseguir:
1.     As relações sexuais naturais dentro do casamento é algo lindo aos olhos de Deus, basta lermos Cantares de Salomão que narra o prazer entre esposa e esposo. A proibição de Jesus é acerca do sexo ilegal, fora do casamento (sejam casadas ou solteiras) e do olhar de cobiça para a outra pessoa.
2.     Jesus trata de todas as formas de imoralidade, do homem para uma mulher e da mulher para um homem, do casado e do solteiro. Para Jesus toda prática sexual que é imoral no ato, é também no olhar e no pensamento.
·        Temos no ensino de Jesus uma ligação entre o olhar e o coração, assim ele nos apresenta instruções práticas sobre como manter a pureza sexual: tratando do problema no início, no nosso olhar (Jó 31.1,7,9). O controle do coração se dava no controle de seus olhos.
·        Atos vergonhosos procedem de pensamentos vergonhosos, a imaginação se inflama por causa da indisciplina dos olhos. Assim quando aprendemos a controlar o sexo na prática, isso é resultado de fazê-lo nos olhos, na carne e no pensamento.
·        Como nos vestimos – homens e mulheres - hoje em dia? Uma coisa é fazer-se atraente, outra é fazer-se sedutor(a). Homens e mulheres sabem bem a diferença.

2.  COMO EVITAR O ADULTÉRIO. (v.29,30)
·        Jesus usa um ditado (ampliado em Mat 18.8,9 incluindo o pé e usado no contexto geral das tentações) precisamos entender o que ele quis dizer com este dito.
·        Muitos cristãos zelosos tomaram ao pé da letra as palavras de Jesus e se mutilaram - Orígenes de Alexandria no terceiro século renunciou propriedades, alimentos e sono, e fez-se eunuco, castrando-se por vontade própria (Mat 19.12).
·        Usando esta figura de linguagem, Jesus queria um renuncia moral, a mortificação (tomar a Cruz) para seguir a Jesus e rejeitar o pecado com determinação. Isso significa não olhar, não pegar, não pisar, comportar-se como se não tivesse olhos, mãos e pés. Agir como cego sem poder ver, aleijado sem poder pegar ou pisar naquilo que nos levaria a pecar.
·        Vivemos em um mundo pornográfico que ofende os cristãos, pois rebaixa a mulher da condição de ser para objeto sexual, e oferece estímulos sexuais pecaminosos. Se nossos pés nos levam a ver filmes, se as mãos manejam literatura e os olhos se deliciam em figuras pornográficas, pecamos e abrimos portas para tragédia.
·        O que Jesus está dizendo é que para evitar o pecado não olhe, não vá, não faça. Devemos colocar sentinelas para advertir do perigo, eliminando certas coisas que podem ser fontes de tentação, pois não queremos viver para este mundo e sim para a eternidade.

3. A CONSEQUÊNCIA DO ADULTÉRIO.  (v.31,32)
·        O divórcio é, em alguns casos, a consequência de um adultério. Afeta profundamente a pessoa em todas as áreas de sua vida, pois um casamento infeliz é a maior tragédia na vida de uma pessoa gerando amargura, discórdia, desespero. Assim o divórcio não é o caminho divino para a solução de conflitos conjugais.
·        Nestes dois versos Jesus faz um resumo do seu ensino contrario ao divórcio, tema este que é ampliado em Mateus 19.2-9, e diferente dos fariseus que o consideravam justo por qualquer motivo, Jesus não aconselha nem estimula sua prática, por entender que se trata da dureza do coração do homem.
·        Os fariseus estavam preocupados com os motivos para o divórcio, Jesus estava preocupado com a instituição do casamento. Por isso ele não citou os “motivos justos” para a separação. Para Jesus o casamento é exclusivo e permanente para duas pessoas que decidem deixar seus pais e formar uma nova família.
·        Os fariseus diziam que a permissão de Moisés para o divórcio era um mandamento; Jesus chamou-o de concessão devido a dureza dos corações humanos. Para Jesus não há ordem ou incentivo algum para a separação.
·        Os fariseus tratavam o divórcio com leviandade; Jesus o considerou tão seriamente que, com uma única exceção, chamou a todo novo casamento depois do divórcio de adultério.

CONCLUSÃO:
·        Jesus continua seu ensino aos discípulos que exortados nas bem-aventuranças ao amor, ao perdão, à pacificação, deveriam exercer estas qualidades dentro de seus casamentos.
·        Para Jesus o divórcio só pode ser considerado uma trágica deterioração dos ideais, propósitos e chamamento divinos para o casamento.

·        Antes de tratar do divórcio com as pessoas, seria bom abordar os assuntos do casamento e da reconciliação. Quando entendemos o ponto de vista divino sobre estes temas, torna-se desnecessário o divórcio.

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