Texto: Lucas 23.33-43
Tema: As Três Cruzes do Calvário
Introdução:
Ø Um
menino viajava de carro com seu pai, numa perigosa estrada. Ficou impressionado
com tantas cruzes ao longo do caminho. Perguntou ao pai: Pai porque há tantas
cruzes aqui? O pai respondeu; cada uma destas cruzes meu filho, representa
alguém que morreu.
Ø E
você, fica impressionado, quando vê uma cruz à beira do caminho? O que a cruz
te faz lembrar? Hoje ela é um adorno, enfeite, pessoas usam em correntes e como
pingentes, é também usada como símbolo do cristianismo, mas a cruz sempre
lembrará a morte.
Ø Hoje vamos falar das três
cruzes do Calvário. Na Bíblia lemos: “Quando chegaram a lugar chamado Calvário
(que quer dizer caveira), ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita,
outro à esquerda.” - Lucas 23:33.
Ø Tentemos
imaginar a cena: Depois de ter sido julgado injustamente e condenado, Jesus foi
crucificado, como criminoso comum, entre outros criminosos. Uma grande multidão
formada por autoridades, soldados e povo comum, presenciou a cena. Havia três
cruzes no Calvário, e na cruz central estava um Homem especial, o Senhor Jesus
Cristo.
Ø Parece
que a multidão não estava muito preocupada com os outros dois
criminosos. É certo, eles haviam cometido delitos e mereciam pagar o preço de
suas faltas. As atenções, no entanto, estavam voltadas ao homem Jesus, na cruz
do centro.
1.
A
CRUZ DO MEIO É CHAMADA “CRUZ DA REDENÇÃO” – v.26,33
Ø Chamamos
de “Cruz da Redenção”, pois Jesus morreu nela POR NOSSOS PECADOS, como oferta
de amor a Deus em nosso lugar.
Ø No
v.26, Simão cireneu carrega a cruz. Deus nos mostra que a cruz não era de
Jesus, mas nossa, nós deveríamos morrer, os pecados são nossos, nós somos os
culpados.
Ø Mas
Cristo assume nosso lugar no ato da crucificação, pois só ele poderia pagar por
completo a dívida, só ele poderia deixar a possibilidade de redenção a todos os
homens.
Ø E
assim o é, somos salvos por Cristo por meio da fé, pelo reconhecimento que
somos pecadores e que precisamos de Jesus em nossas vidas.
2.
A
CRUZ DA ESQUERDA É CHAMADA “CRUZ DA REJEIÇÃO” – v.39
Ø Chamamos
de “Cruz da Rejeição” pois esse malfeitor morreu COM SEUS PECADOS. Se ele
estava ali, algo de errado ele havia feito e merecia passar por aquilo. Mas nem
nesse momento de dor, admite sua culpa, endureceu-se até o final.
Ø Essa
cruz revela um coração orgulhoso, insubmisso, um coração satisfeito em si,
incapaz de reconhecer e admitir suas falhas, incapaz de depender de alguém. Mas
que exige ser salvo. A Cruz da Rejeição mostra que nenhuma aflição é capaz de
transformar por si só um coração endurecido.
Ø Nela
estão representados todos os que buscam alcançar sua salvação por esforços
pessoais. Nela estão aqueles que como as autoridades dizem: “Salvou
aos outros; que se salve a si mesmo, se é, de fato, Cristo de Deus, o escolhido”.
Lucas 23:35. Lá também estão outros, como o soldado, e dizem: “Se
tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo.” Lucas 23:37.
Ø Na
cruz da Rejeição estão aqueles que como o ladrão dizem: “Não és tu o Cristo? Salva-te a
ti mesmo e a nós também.” Lucas 23:39. Todos aqueles que
buscam a salvação pelos seus próprios esforços, estão nesta cruz, a cruz da
Rejeição.
Ø A
parte mais triste da história do ladrão que estava sobre a cruz, ao lado de
Jesus, é que ele se perdeu, tendo a salvação ao alcance de suas mãos, bem ao
seu lado. Tão perto de Jesus e da Salvação, mas ainda assim, totalmente
perdido.
Ø Esse
homem pendurado na cruz da Rejeição, morria sem fé, sem esperança e sem Deus.
Morria perdido, em seus pecados, sem perdão, estava perdido para sempre. Este
homem tivera as mesmas oportunidades que o outro, mas não aproveitou, e
finalmente morreu, completamente perdido.
3. A CRUZ DA DIREITA É CHAMADA “CRUZ DA
ACEITAÇÃO” – v.40-42
Ø Chamamos
de "Cruz da Aceitação” pois nela esse malfeitor morreu LIVRE DE SEUS
PECADOS. Ele admite merecer a punição, ou seja, admite que é pecador. Ele
reconhece que Jesus não cometeu nenhum mal. Ele mostra sua fé ao reconhecer que
Jesus é o salvador. Ele suplica pela misericórdia de Deus.
Ø Enquanto
as horas passavam, ele procurou sair do tempo e avançar rumo à eternidade. Ele
teve uma antecipação do juízo final e sentiu-se perdido diante de Deus. Tomou
tempo para reflexionar sobre sua vida de pecado e chegou à conclusão de que
merecia a “pena capital.”
Ø Impressionado
com a postura, o equilíbrio e o controle de Jesus sentindo tanta dor,
sofrimento e tortura, ao ver seu colega zombar dizendo: “Não és tu o Cristo? Salva-te a
ti mesmo e a nós também” (Lucas 23:39), não suportou o peso da
consciência e disse: “Nem ao menos temes a Deus estando sob igual
sentença? Nós na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que nossos
atos merecem; mas este nenhum mal fez.” Lucas 23:40, 41.
Ø O
ladrão da cruz da Aceitação, aceitava e reconhecia a pena de seus crimes, mas
não estava preparado para além da morte. Agora não mais temia os parentes,
amigos, juízes nem a nação toda.
Ø Estava
preso, crucificado, não podia fazer nada a não ser pensar e falar. Naquelas
horas de sofrimento ele teve um lampejo do Altíssimo na pessoa do Senhor Jesus,
e espontaneamente clamou: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no
teu reino.” Lucas 23:42.
Ø Como
estas palavras devem ter tocado o coração de Jesus. Em meio à zombaria, ao
escárnio e irreverência, alguém o chamou Senhor. Era a sua última esperança, sua
última oportunidade.
Ø O
jovem na cruz da Aceitação, não podia ir à sinagoga confessar seus
pecados; não podia procurar aqueles de quem furtara para pedir perdão e
devolver o furtado. Não podia ser batizado. Nada podia fazer senão exercer a
fé, e fé em Deus. Isto ele fez, e graças a Deus, foi salvo.
Ø O
ladrão esperou ansioso por uma resposta, e esta veio de pronto. Então Jesus
disse: “Na verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso.” Lucas
23:43. E assim somente por crer, o ladrão convertido recebeu a certeza da vida
eterna. Naqueles últimos momentos de sua vida recebeu o perdão de todos os
pecados e a certeza da salvação.
Ø Esse
homem lutava com a consciência. Todo o mal de sua vida lhe era patente e
conhecido. Ele se sentia perdido e desesperadamente só, abandonado por todos.
Então teve certeza de que aquele que estava ao seu lado era o Messias, o
Salvador do Mundo, sua única esperança. Ele creu no Messias, entregou-se a Ele,
pediu-lhe perdão e foi aceito.
CONCLUSÃO:
Ø No
calvário havia três cruzes: No centro, Jesus Cristo com seus braços abertos,
como que abraçava o mundo todo. Todos os pecadores, num gesto de convite, amor
e salvação. O homem, Jesus Cristo, morria para pagar o preço dos
pecados de todos os homens.
Ø O
seu corpo estendido entre o Céu e a Terra bem significava que Ele era e é o elo
de ligação entre Deus e o homem.
Ø Jesus nos faz uma advertência em Lucas
9.23,24: “Então disse a todos: Se alguém vir após mim,
negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e sigam-me. Pois qualquer que
quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas qualquer que, por minha causa, perder
a sua vida, esse a salvará.”
Ø Qual
cruz vou escolher para me acompanhar?
o
A Cruz da Redenção. Essa não está
disponível, Jesus a tomou para revelar o amor de Deus.
o
A Cruz da Rejeição está disponível,
ele mostra os que querem um Cristo social, aparente, sem compromisso.
o
A Cruz da Aceitação está disponível,
ela mostra o triunfo da fé, da humildade, do reconhecimento.
Ø Todos
nós devemos levar uma cruz, escolha a Cruz da Aceitação.
(Adaptado)
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