Texto: Tiago 5.12-20
Tema: Vida Cristã
Título: A verdadeira fé conduz à Oração
e à Ação.
Introdução:
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O tema da carta de Tiago é “a religião pura” aquela que vem do amor
divino vivido no coração. Ela é testada pelas provas e tentações dos fieis
fazendo distinção entre os carnais e espirituais.
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Tiago fala sobre os contrastes da tentação boa e da má; da sabedoria e
da confiança verdadeira e da falsa. Desse modo faz um contraste entre a
“religião pura” e da religião falsa.
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A religião pura não impõe a necessidade de juramentos, mas conduz à
oração em todas as situações e ao resgate daquele que se desviou da comunhão. A
fé sincera não jura, mas ora e se importa com quem deixa a igreja.
1. ORIENTAÇÃO SOBRE
JURAMENTOS – v.12
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O juramento que é proibido é o ato de invocarmos o nome de Deus, para
garantirmos a veracidade daquilo que dizemos.
A Lei não proíbe o juramento, porém exige que a pessoa seja fiel a
qualquer juramento que fizer.
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Jesus disse que “de modo algum” devemos jurar (Mateus 5.34-37). Nossa
veracidade deve ser tão coerente e
confiável que não precisemos d e nenhum juramento para apoiá-la, o sim ou o não
deve ser suficiente. Nossa palavra deve ser digna de confiança.
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A questão do juramento tem a ver com caráter, o “eu”, pois quando
alguém “jura”, quer demonstrar que vai cumprir aquilo que disse. Mas quando
Jesus muda nossa vida, não voltamos atrás em uma palavra dita.
1. Não jureis. Muitos cristãos entendiam que não deviam fazer nenhum tipo de
juramento em tribunais, para exercer uma profissão, etc. Mas Tiago não se
refere a julgamentos oficiais,
aqueles que autoridades nos levam a fazer, mas sim aos juramentos voluntários, aqueles que tenham a
intenção de agregar uma certa veracidade adicional.
2. INCENTIVO À PRÁTICA DA
ORAÇÃO – v.13-18
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A oração está relacionada à vida espiritual, com nossa relação com Deus
e para Deus. À prática da oração deve acontecer em cada situação que
enfrentamos. Devemos orar em diversas circunstancias:
1. Na aflição (v.13a). Uma experiência de todo tipo de aflição e provação. Vale
notar que esta oração não é para livramento da aflição, mas por força para resistir
a elas em fidelidade.
2. Na alegria. (v.13b). Esta alegria não é relacionada a circunstâncias externas,
mas à felicidade e alegria de coração que se pode ter, tanto em tempos maus
quanto bons. A expressão “cantar louvores” está intimamente ligado com a
oração, na verdade é uma forma de oração.
3. Na doença (v.14,15). A recomendação é chamar os “presbíteros” ou pastores,
homens espiritualmente maduros, responsáveis pela supervisão espiritual de cada
igreja local. Estes deveriam orar pelo enfermo e ungi-lo com óleo, que tinha
dois propósitos:
1. Uma questão prática. O óleo era usado como
remédio no mundo antigo (Lucas 10.34), para curar deste dor de dente até uma
paralisia. Assim os deveriam se aproximar do leito armados de recursos
espirituais e naturais – oração e remédio. Ambos podem ser administrados com a
autoridade do Senhor e os dois podem ser utilizados por Ele na cura do doente.
2. Uma questão religiosa. O óleo é usado de forma simbólica.
No A.T. é símbolo da consagração de pessoas ou objetos, então a unção era
símbolo de que os doentes estavam sendo separados para um cuidado especial de
Deus. A prática da unção não é mencionada em outra carta do N.T., e muitas
curas foram realizadas sem unção, o que significa que não deve ser uma regra:
unção e oração.
3. A fonte de cura – v.15. O verso 15 deixa claro que
é a oração de fé e não a unção com óleo. Vale dizer que a eficácia da oração
não sua força ou frequência, mas a fé (1.6-8), um compromisso sincero e
inabalável e sincero com Deus. Como resultado desta oração temos:
§ Será salvo. Não no sentido espiritual,
mas a restauração da saúde física, será livrado da morte física.
§ O Senhor o levantará. Seu vigor físico será
renovado, e ele levantará do seu leito.
4. NOTA: A Bíblia não diz que toda
doença é fruto de pecado (João 9.2-3). Tiago coloca um condicional “se”, pois
em alguns casos a doença e a morte são frutos do pecado (1 Cor 11.27-30; Marcos
2.1-12).
4. Na confissão (v.16). O que Tiago sugere é a mútua confissão como prática saudável
para a vitalidade espiritual da Igreja. Os pecados a serem confessado
primariamente são aqueles que podem ter causado a doença, ou aqueles que tornam
a oração ineficaz colocando obstáculos à cura.
1. A prerrogativa da oração não
é só dos presbíteros ou os “superas-nos”, mas sim de toda a igreja, todos
aqueles que sinceramente estão comprometidos com Deus.
5. Para juízo (v.17,18). Elias sendo um homem igual a nós, sua oração teve grande
efeito. A seca descrita foi um meio de punição contra Acabe e Jezabel por sua
idolatria. Além há uma conexão entre o solo seco e o enfermo, demonstrando que
assim a oração é capaz de devolver um estado de graça.
3. UMA CHAMADA À AÇÃO –
v.19,20
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Tiago incentiva cada crente a tomar a iniciativa de trazer de volta à comunhão
com Deus e com a comunidade qualquer pessoa que tenha se “desviado da verdade”.
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A “verdade” diz sobre todas as implicações do evangelho. A doutrina
certa não pode estar separada do comportamento certo. Aquilo que a mente pensa
e a boca confessa o corpo irá praticar.
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O “desviar-se” descreve qualquer afastamento do caminho de justiça.
Quando vemos uma pessoa se desviando da comunhão, devemos procurar
reconduzi-lo, para que volte à prática da fé que havia deixado.
1. Salvará da morte (v.20). Uma referencia a punição escatológica, o destino final do
caminho que o pecador determinou seguir.
2. Cobrirá pecados (v.20). Refere-se ao perdão de pecados oferecido por Deus ao pecador,
assim como o crente que busca o retorno dos desviados, estes esforços
encontrarão a aprovação e benção de Deus.
o Dois apelos à oração; Orem para que os desviados retornem à comunhão da
Igreja. Orem para que haja sabedoria ao lidar com o pecado na vida particular e
na vida das outras pessoas.
Como o livro se encaixa com a teologia bíblica
(Cristo)
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Cristo nos
libertou do pecado e moldou nosso caráter para viver a verdade, exercitar a
oração em todas as circunstancias e praticar o evangelismo para salvar os
perdidos.
Aplicações
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Cristo veio
para dar liberdade e moldar nosso caráter a fim de vivermos a verdade, o que
automaticamente exclui a necessidade de juramentos, pois não voltaremos atrás
em nossas palavras.
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A vida íntima com Cristo nos conduz a uma conduta diária de oração por
todas as necessidades, seja na aflição, na doença ou na confissão. Não podemos
negligenciar esta preciosidade que é a oração.
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Nossa existência como cristão e igreja se justifica quando demonstramos
uma preocupação constante pelos perdidos e sua condição de pecado, nos impulsionando
para resgatá-los desta realidade.
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