Texto: Tiago 4.4-12
Tema: Amizade com Deus
Título: Devemos ser Amigos de
Deus, não do Mundo
Introdução:
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Tiago analisou o pecado da inveja humana e classifica como terrena,
animal e demoníaca, o que é contrario à sabedoria que vem do alto. Ele
descreveu as consequências negativas da inveja e dos desejos não atendidos.
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Agora passa a exortar a igreja, chamando-os de infiéis e de homens de
vacilantes. Tiago chama a atenção contra a paquera com o mundo e suas consequências
no relacionamento deles com Deus, fazendo menção ao ciúme de Deus por seu povo
e da sua graça generosa.
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Com base nisso ele chama ao arrependimento através da sujeição, da
aproximação, do entristecimento, da humilhação e do cuidado com a língua.
1. O PERIGO DA AMIZADO COM O
MUNDO. v.4-6
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A palavra “infiel” tem a conotação de “adultério”, e assim Tiago
caracteriza seus leitores como o povo infiel a Deus. Ao buscar a amizade do
mundo, eles estão cometendo adultério espiritual, tornando-se inimigos de Deus.
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Diante disto, Deus precisa julgar aqueles que quebram os votos da
aliança feita com ele, pois não irá tolerar nenhum rival. Quando o crente se
comporta de um modo mundano, demonstra sua fidelidade ao mundo, não à Deus.
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O verso 5 demonstra a figura de Deus como cônjuge de seu povo , e assim
destaca a seriedade de qualquer flerte com o mundo, pois o Senhor exige
fidelidade total, sem reservas e inabalável.
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O verso 6 enfatiza que a graça de Deus é capaz de preencher os
requisitos para o relacionamento, pois apesar de Deus fazer exigências, ele é
misericordioso, gracioso e amoroso.
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Porém há um requisito para se experimentar esta graça: a humildade. A
dádiva da graça oferecida por Deus pode ser recebida por aqueles que se dispõe
a admitir esta necessidade e aceita-la.
2. BUSCANDO A AMIZADE COM
DEUS. v.7-10
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Deus dá graça a quem se humilha, a responsabilidade do homem é a
sujeição à Ele. A sujeição do verso 7 culmina na humilhação do verso 10,
passando pelo resistir, purificar, chegar, purificar, limpar, afligir e
converter.
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Isso é necessário para descartar o comportamento pecaminoso que antes
dominava a vida do homem. Este contexto tem semelhança a 1 Pedro 5.5-9. Tiago e
Pedro chamam a atenção para a necessidade de humildade e resistência ao diabo.
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O propósito do diabo é separar Deus e o homem, a essa intenção, o
cristão precisa resistir, pois se assim agir, o diabo fugirá de dele, e o
cristão se achegará cada vez mais ao Senhor.
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Vemos aqui a necessidade de um arrependimento sincero, pois quem volta
para Deus irá encontra-lo, assim como o pai do filho pródigo estava ansioso
para receber seu filho de volta.
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A crítica no verso 8 é ao cristão que procura se tornar amigo do mundo,
que está de um lado para o outro entre eles, demonstrando a instabilidade
espiritual. Estes precisam mudar o comportamento exterior e a atitude interior.
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O verso 9 mostra a verdadeira marca do arrependimento, uma profunda e
sincera tristeza pelo pecado, que vem substituir a alegria falsa e superficial oferecida pelo
mundo. O verdadeiro arrependimento produz a verdadeira alegria cristã.
3. A AMIZADE COM DEUS
REFLETIDA NO CARÁTER. v.11,12
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O falar mal dos outros é uma manifestação de orgulho de quem não é
amigo de Deus e muito menos humilde. Esta atitude está mais ligado à inveja e
contendas de quem é inconstante na vida espiritual.
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Se somos amigos de Deus impera em nós a lei do amor, que por si proíbe
a calúnia, esvazia a inveja, evita as contendas e o orgulho, levando o crente a
ter o domínio sobre os pecados da língua.
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Devemos evitar em nosso meio o falar mal uns dos outros, as desavenças,
ataques pessoais, acusações caluniosas e debates inúteis, pois isso produz
instabilidade e abala a igreja.
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Além disso falar mal de colegas cristãos é errado pois envolve um duplo
julgamento: da lei e do próximo, o que caracteriza uma desobediência à
exigência de amarmos o próximo e um tomar o lugar de Deus como justo juiz.
CONCLUSÃO:
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Um espírito amargo e egoísta acaba dando a asas a brigas e disputas
sobre certas questões na igreja.
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Estas disputas acabam sendo conduzidas com falta de limites no uso da
língua, incluindo maldiçoes, denúncias de uns contra os outros.
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Este tipo de comportamento é a manifestação de um espírito mundano, que
precisa ser substituído por uma sabedoria que desce do alto.
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Ao permitirmos o flerte com o mundo geramos ciúmes em Deus que exige um
coração fiel, e que está disposto a demonstrar sua graça e favor quando o
orgulho se arrepende e busca um caminho de humildade.
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