5 de ago. de 2014

O Cuidado com a Língua

Texto: Tiago 3.1-12
Tema: O Cuidado com a Língua
Título: Não é Só o Peixe que Morre pela Boca.

Introdução:
·        Tiago já demonstrou a preocupação com os pecados da língua. Em 1.19 ele encorajou seus leitores a serem “tardios para falar”, em 1.26 afirma que a ação de refrear a língua é uma demonstração da “religião pura”.
·        Agora Tiago vai mais a fundo neste assunto, o problema da língua sem controle é um tema frequente na Bíblia, especialmente em provérbios.

·        Ele trata deste problema da língua comprida usando ilustrações populares (freio no cavalo, leme do navio) amplamente conhecidas entre seus leitores.
·        É interessante como condenamos pecados tais como: adultério, prostituição, idolatria, violência, mas não nos afeta os pecados da fofoca, da intriga, dos buchichos, talvez por considerar menos danosos socialmente.
·        Jesus disse Mateus 5.21,22 que uma palavra dirigida contra uma pessoa tem o mesmo peso de um ato, ou seja, a língua é tão mortífera quando uma arma.
·        Talvez não saiamos matando pessoas com armas, mas saímos dando tiros com a língua. Por não cometer nenhum “pecado” por meio de uma ação física, não significa que estamos livres da condenação pelo que falamos.

1. O PERIGO QUE ESTÁ NA LÍNGUA. v.1,2
·        v.1. Tiago destaca o assunto da língua através de uma advertência sobre o papel do ensino. Os mestres tinham um papel fundamental na vida da igreja.
·        Assim aquele que se compromete a liderar as outras pessoas na fé precisa ter cuidado para que sua própria vida reflita o que ele está ensinando.
·        v.2. O mestre tem como principal ferramenta do seu ensino a língua, a parte mais difícil de controlar.
·        Para destacar o perigo que a língua representa, Tiago admite a presença do pecadotodos tropeçamos em muitas coisas”, ou seja, há uma variedade de formas de pecado e nem todos os cometem, mas em se tratando da língua, ninguém está livre.
·        O falar impuro é uma forma de pecado que está espalhado, assim Provérbios afirma a importância das palavras (10.8,11; 16.27-28; 18.7-8).
·        É tão difícil controlar o que sai da boca; ela é tão dada a expressar aquilo que é falso, calunioso, cortante, que a pessoa que a mantém sob controle, com certeza, tem a capacidade de dominar outras formas de pecado.
·        Tiago se inclui nesta censura, logo sua advertência a respeito da língua tem uma aplicação geral, pois este é um problema que afeta a todos na igreja.

2. O PODER DESPROPORCIONAL DA LÍNGUA. v.3,5a
·        v.3. Aqui começa uma série de ilustrações para retratar o poder e o perigo que a língua representa. São ilustrações conhecidas e amplamente utilizadas naquele contexto.
·        Utiliza o cavalo para ilustrar a ideia de alguma coisa tão pequena como o freio pode controlar outra coisa grande, o corpo inteiro do cavalo.
·        v.4. A segunda ilustração mostra o contraste entre um pequeno instrumento (o leme) e o grande objeto (o navio) que ele controla
·        As duas ilustrações focalizam o controle que uma pessoa, através de um pequeno objeto exerce sobre alguma coisa grande, assim o crente deve usar a língua para controlar “todo o seu corpo”.
·        Assim como o freio e o leme determinam a direção do cavalo e do navio, também a língua pode determinar o destino do indivíduo.
·        Quando o crente exerce um cuidadoso controle da língua, pode-se presumir que ele também seja capaz de dirigir sua vida inteira. Mas quando a língua não é refreada, mesmo sendo pequena, também o resto do corpo provavelmente não terá controle nem disciplina.
·        v.5a. A conclusão está na importância do freio e do leme, por pequenos que possam ser, é comparável a importância do “pequeno órgão” a língua que gloria-se de grandes coisas, uma atitude pecaminosa, uma certa arrogância diante de Deus.

3. O POTENCIAL DE DESTRUIÇÃO DA LÍNGUA – v.5b-7
·        v.5b. v.6. A ênfase está no grande mal embutido na língua, uma grande quantidade de iniquidade, pois ela contém em si os pecados do mundo decaído. Jesus lembra que o que contamina o homem é o que sai da boca (Mt 15.11,18,19). Talvez nenhuma outra parte do corpo cause tanto dano a vida de santidade.
·        Quando a língua contamina o corpo, está se opondo à religião pura, que visa a santidade. Os pecados cometidos com a língua espalham poluição espiritual na pessoa inteira. Este enorme potencial de destruição vem do inferno, do próprio Satanás.
·        Em Provérbios são enumerados alguns pecados da língua: “ruína” (10.8); a mentira (12.19); a vanglória arrogante (18.12); a difamação (10.18). Pense nos danos enormes, irreparáveis causados por causa de rumores infundados, quase sempre falsos. Por fim nesses rumores é mais difícil que parar um incêndio na floresta.

4. A NATUREZA INDOMÁVEL DA LÍNGUA – v.7,8
·        A ênfase agora está na natureza indomável da língua como prova de que ela recebeu seu poder do inferno. O homem domina sobre toda a natureza, mas é incapaz de dominar a língua, quando isso acontece, é por meio da piedade, ajuda e graça de Deus.
·        v.8      As duas descrições “um mal, e cheia de veneno” anunciam a tragédia, o veneno produzido pela língua, destrói o próximo (Pv 11.9) e também leva à ruina aquele que peca (Pv 10.8).
·        v. 9     A ambiguidade é outra forma de acusação contra a língua, devido a oscilação, a parcialidade, a ausência de obras. O homem mostra pela natureza contraditória de seu falar, que sua fé não tem foco nem estabilidade.
·        v.10   A dualidade enganosa da língua se revela ao proceder dela benção e maldição. As palavras de uma pessoa servo com medidor de sua espiritualidade, elas revelam o que vai no coração.
·        A pessoa dividida e incoerente quanto às coisas de Deus em seu coração também será dividida e incoerente em suas palavras. Os cristãos que foram transformados pelo Espírito devem manifestar integridade e pureza de coração, através de palavras puras e coerentes.
·        v.11   A incompatibilidade entre um coração puro e palavras impuras é exemplificado através da fonte, figueira e videira. A tragédia da língua está exatamente em tal incoerência, sua tendência de bendizer a Deus numa hora e, logo em seguida, amaldiçoar os homens.

CONCLUSÃO:
·        v.12   Um coração puro não pode produzir palavras falsas, amargas e nocivas. Aquilo que é bom no coração deve produzir coisas boas, o que é mau, produzirá coisas más.
·        Assim o coração que não é reto diante de Deus não pode ajudar na espiritualidade, mas ele vai produzir palavras ímpias. Apenas um coração renovado pode produzir palavras puras.
·        O controle sobre a língua, nos ajudará a controlar todo nosso corpo. A renúncia aos pecados da língua, nos ajudarão a renunciar os pecados do corpo.

·        Se preciso for, coloquemos freios espirituais em nossas bocas, para poder ter controle não só sobre a língua, mas sobre todo nosso corpo.

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