8 de abr. de 2014

O Mal que Vem de Dentro


Texto: Números 25.1-9
Tema: Manifestação e Consequência do Mal
Título: O Mal que Vem de Dentro

Introdução:
a.      Sabemos que a origem do mal está na pessoa e obra de Satanás. Sabemos que apesar de ele estar derrotado por Jesus, ainda continua manifestando suas obras na vida de pessoas, influenciando-as a causar destruição pessoal ou sobre outros.
b.      Apesar da ação e influência do mal ser uma realidade, não podemos atribuir ao Diabo mais crédito do que ele de fato mereça. Afirmar que tudo o que aconteça de ruim seja influencia maligna é um grande erro que muitos cometem. Até parece que o Diabo tem mais poder que Deus e Jesus.
c.       Até quando se trata dos filhos de Deus, é preciso ter discernimento para identificar a origem daquilo que está agindo negativamente em nossas vidas. Assim nos perguntamos: o crente pega mal olhado, a macumba tem efeito sobre ele, será que um crente pode ficar possesso? Enfim, como o mal age sobre aquele que tem sobre ele a promessa de Deus?
d.      Queremos nesta noite refletir sobre a manifestação e consequência do mal sobre os filhos de Deus e identificar a origem, para poder combater as forças espirituais que tentam nos destruir.
  
1. O MAL EXTERIOR – Num. 22.4-6
        I.            Os israelitas marchavam em direção a Canaã, e todos os que estavam em seu caminho eram derrotados. Isso trouxe pavor a Balaque rei de Moabe, o qual envia mensageiros para contratar os serviços de Balaão, uma espécie de “profeta paraguaio”, pois este tinha fama de poder lançar maldição sobre os outros.
      II.            O fato de Deus ter falado com Balaão não nos surpreende, nem a sua jumenta ter visto o anjo do Senhor e ele não, Deus é soberano e age conforme seus propósitos. A questão aqui é o objetivo de Balaque, enfraquecer o povo do Senhor para poder derrota-lo. A questão principal é pensar na maldição que seria lançado sobre Isarael.
    III.            Sabemos que Balaão não amaldiçoou, pelo contrário, nas suas quatro profecias (23.7-8,20; 24.5-10, 17-19) ele abençoou a Isarel, o que deixou Balaque decepcionado. Mas o que isso nos mostra? O fato de que sobre o povo do Senhor há um cuidado especial que vem dos céus para não permitir que foças do mal vindas de fora os atinja.
    IV.            Em 1 João 4.4-6, a Bíblia nos traz um conceito importante: “aquele que está em vós é maior do que aquele que está no mundo”. João está falando ao espírito que age nos falso profetas e do Espírito de Deus que age em seus filhos. Segundo ele, o Espírito de Deus é maior.
      V.            Partindo deste conceito, podemos dizer que o filho de Deus não precisa temer o mal olhado, a macumba e qualquer outra forma de maldição lançada sobre nós. Se sou selado pelo Espírito Santo e ele habita em mim, sendo ele maior que o maligno, posso ficar tranquilo, a maldição exterior não vai me atingir.
  
2. O MAL INTERIOR – Núm. 25.1-5
        I.            Uma vez sabendo que o mal exterior não nos atinge, precisamos cuidar com o mal que brota do interior. Jesus disse que “do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mateus 15:19). Se o mal exterior não podia enfraquecer Israel, como fazer isso.
      II.            Em Números 31.16 Balaão encontrou um meio de fazer Israel enfraquecer e por consequência ser destruído: fazer com que o mal que estava no coração deles fosse exteriorizado. Assim eles começaram a prostituir-se com as mulheres moabitas, contrariando a ordem do Senhor (Gen. 28.1; Det. 7.3).
    III.            A estratégia era simples, se o mal que vem de fora não atinge Israel, vamos despertar o pecado nos seus corações e eles mesmos se destruirão. E assim aconteceu (v.6,9), eles passaram a seguir os desejos pecaminosos, e por conta disso, o povo se enfraqueceu levando o Senhor a fazer uma nova contagem, para a batalha contra os midianitas.
    IV.            Não é porque o mal exterior não tem poder contra nós que podemos levar a vida da nossa maneira. Precisamos a cada dia lutar contra o pecado que habita em nós e nos leva a fazer aquilo que não queremos (Romanos 7.7-24). Lutar contra nosso interior é mais difícil que lutar contra as forças exteriores.
      V.            Jesus nos orienta a vigiar e orar (Mat. 26.41), pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Precisamos nos fortalecer interiormente, para que o mal que habita em nosso corpo, não se manifeste nos destruindo. Não se preocupe com o que tem de fora, cuido com aquilo que está dentro de você, que é muito mais perigoso.

3. CONSEQUÊNCIA DO MAL – Núm. 25.7-9
        I.            Não há o que esperar do mal senão a destruição. Mesmo aqueles que buscam no ocultismo um meio de conseguir boas coisas, acabam no final pagando um juro muito caro, a própria destruição. Tanto Balaque quanto Balaão foram mortos (Núm. 31.7,8).
      II.            Se a pessoa não tem um compromisso com Deus, ela fica vulnerável tanto ao mal exterior quanto ao mal interior. Aquele que não tem Jesus deve temer os chamados “trabalhos” que são feitos através de pactos com as forças do mal.
    III.            Podemos dizer que o Diabo trabalha para quem paga mais. Se hoje uma pessoa contrata um Balaão, quem garante que este mesmo Balaão não possa ser contratado por outro. É assim que as pessoas sem Cristo vivem, contratando forças do mal para atingir aqueles que também seguem o mal.
    IV.            Mas para esses a Bíblia traz uma possibilidade de libertação: “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1 João 3:8). Só o sangue de Jesus pode cancelar e anular todo trabalho maligno feito para atingir uma pessoa. Não importa o que possa ter sido contratado, Jesus destrói as obras do Diabo.
      V.            As consequências do mal exterior só atingirá aqueles que resistem entregar suas vidas a Deus. Em relação àqueles que são filhos de Deus, cabe a eles lutar contra a semente do mal que ainda reside em suas vidas, e se brotar, produzira o fruto do pecado e da morte, pois é isso que o mal busca fazer (João 10.10).

CONCLUSÃO:
a.      O mal, seja ele interior ou exterior, assim como suas consequências tem origem em Satanás. Ele atua interior e exteriormente nos descrentes, e interiormente (despertando o pecado) nos filhos de Deus.
b.      Se como filhos temos o Espírito Santo, podemos ficar tranquilo em relação ao mal exterior, pois maior é aquele que habita em nós. Só não podemos descuidar com o mal interior, temos que vigiar o orar para não cair em tentação.

c.       Assim devemos seguir nossa vida com Deus, não menosprezando, mas também não dando muito ibope ao Diabo, pois as maiores manifestações e consequências do mal são aquelas que vem de dentro do coração humano.

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