Texto:
Números 25.1-9
Tema:
Manifestação e Consequência do Mal
Título: O
Mal que Vem de Dentro
Introdução:
a.
Sabemos que a
origem do mal está na pessoa e obra de Satanás. Sabemos que apesar de ele estar
derrotado por Jesus, ainda continua manifestando suas obras na vida de pessoas,
influenciando-as a causar destruição pessoal ou sobre outros.
b.
Apesar da ação e
influência do mal ser uma realidade, não podemos atribuir ao Diabo mais crédito
do que ele de fato mereça. Afirmar que tudo o que aconteça de ruim seja
influencia maligna é um grande erro que muitos cometem. Até parece que o Diabo
tem mais poder que Deus e Jesus.
c.
Até quando se
trata dos filhos de Deus, é preciso ter discernimento para identificar a origem
daquilo que está agindo negativamente em nossas vidas. Assim nos perguntamos: o
crente pega mal olhado, a macumba tem efeito sobre ele, será que um crente pode
ficar possesso? Enfim, como o mal age sobre aquele que tem sobre ele a promessa
de Deus?
d.
Queremos nesta
noite refletir sobre a manifestação e consequência do mal sobre os filhos de
Deus e identificar a origem, para poder combater as forças espirituais que
tentam nos destruir.
1. O MAL EXTERIOR – Num. 22.4-6
I.
Os israelitas
marchavam em direção a Canaã, e todos os que estavam em seu caminho eram
derrotados. Isso trouxe pavor a Balaque rei de Moabe, o qual envia mensageiros
para contratar os serviços de Balaão, uma espécie de “profeta paraguaio”, pois
este tinha fama de poder lançar maldição sobre os outros.
II.
O fato de Deus
ter falado com Balaão não nos surpreende, nem a sua jumenta ter visto o anjo do
Senhor e ele não, Deus é soberano e age conforme seus propósitos. A questão
aqui é o objetivo de Balaque, enfraquecer o povo do Senhor para poder
derrota-lo. A questão principal é pensar na maldição que seria lançado sobre
Isarael.
III.
Sabemos que
Balaão não amaldiçoou, pelo contrário, nas suas quatro profecias (23.7-8,20;
24.5-10, 17-19) ele abençoou a Isarel, o que deixou Balaque decepcionado. Mas o
que isso nos mostra? O fato de que sobre o povo do Senhor há um cuidado
especial que vem dos céus para não permitir que foças do mal vindas de fora os
atinja.
IV.
Em 1 João 4.4-6,
a Bíblia nos traz um conceito importante: “aquele que está em vós é maior do
que aquele que está no mundo”. João está falando ao espírito que age nos falso
profetas e do Espírito de Deus que age em seus filhos. Segundo ele, o Espírito
de Deus é maior.
V.
Partindo deste
conceito, podemos dizer que o filho de Deus não precisa temer o mal olhado, a
macumba e qualquer outra forma de maldição lançada sobre nós. Se sou selado
pelo Espírito Santo e ele habita em mim, sendo ele maior que o maligno, posso
ficar tranquilo, a maldição exterior não vai me atingir.
2. O MAL INTERIOR – Núm. 25.1-5
I.
Uma vez sabendo
que o mal exterior não nos atinge, precisamos cuidar com o mal que brota do
interior. Jesus disse que “do coração
procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos
testemunhos, blasfêmias” (Mateus 15:19). Se o mal exterior não podia
enfraquecer Israel, como fazer isso.
II.
Em Números 31.16
Balaão encontrou um meio de fazer Israel enfraquecer e por consequência ser
destruído: fazer com que o mal que estava no coração deles fosse exteriorizado.
Assim eles começaram a prostituir-se com as mulheres moabitas, contrariando a
ordem do Senhor (Gen. 28.1; Det. 7.3).
III.
A estratégia era
simples, se o mal que vem de fora não atinge Israel, vamos despertar o pecado
nos seus corações e eles mesmos se destruirão. E assim aconteceu (v.6,9), eles
passaram a seguir os desejos pecaminosos, e por conta disso, o povo se
enfraqueceu levando o Senhor a fazer uma nova contagem, para a batalha contra
os midianitas.
IV.
Não é porque o
mal exterior não tem poder contra nós que podemos levar a vida da nossa
maneira. Precisamos a cada dia lutar contra o pecado que habita em nós e nos
leva a fazer aquilo que não queremos (Romanos 7.7-24). Lutar contra nosso
interior é mais difícil que lutar contra as forças exteriores.
V.
Jesus nos orienta
a vigiar e orar (Mat. 26.41), pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
Precisamos nos fortalecer interiormente, para que o mal que habita em nosso
corpo, não se manifeste nos destruindo. Não se preocupe com o que tem de fora,
cuido com aquilo que está dentro de você, que é muito mais perigoso.
3. CONSEQUÊNCIA DO MAL – Núm. 25.7-9
I.
Não há o que
esperar do mal senão a destruição. Mesmo aqueles que buscam no ocultismo um
meio de conseguir boas coisas, acabam no final pagando um juro muito caro, a
própria destruição. Tanto Balaque quanto Balaão foram mortos (Núm. 31.7,8).
II.
Se a pessoa não
tem um compromisso com Deus, ela fica vulnerável tanto ao mal exterior quanto
ao mal interior. Aquele que não tem Jesus deve temer os chamados “trabalhos”
que são feitos através de pactos com as forças do mal.
III.
Podemos dizer que
o Diabo trabalha para quem paga mais. Se hoje uma pessoa contrata um Balaão,
quem garante que este mesmo Balaão não possa ser contratado por outro. É assim
que as pessoas sem Cristo vivem, contratando forças do mal para atingir aqueles
que também seguem o mal.
IV.
Mas para esses a
Bíblia traz uma possibilidade de libertação: “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do
diabo” (1 João 3:8). Só o sangue de Jesus pode cancelar e anular todo
trabalho maligno feito para atingir uma pessoa. Não importa o que possa ter
sido contratado, Jesus destrói as obras do Diabo.
V.
As consequências
do mal exterior só atingirá aqueles que resistem entregar suas vidas a Deus. Em
relação àqueles que são filhos de Deus, cabe a eles lutar contra a semente do
mal que ainda reside em suas vidas, e se brotar, produzira o fruto do pecado e
da morte, pois é isso que o mal busca fazer (João 10.10).
CONCLUSÃO:
a.
O mal, seja ele
interior ou exterior, assim como suas consequências tem origem em Satanás. Ele
atua interior e exteriormente nos descrentes, e interiormente (despertando o
pecado) nos filhos de Deus.
b.
Se como filhos
temos o Espírito Santo, podemos ficar tranquilo em relação ao mal exterior,
pois maior é aquele que habita em nós. Só não podemos descuidar com o mal
interior, temos que vigiar o orar para não cair em tentação.
c.
Assim devemos
seguir nossa vida com Deus, não menosprezando, mas também não dando muito ibope
ao Diabo, pois as maiores manifestações e consequências do mal são aquelas que
vem de dentro do coração humano.

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