Desde o primeiro regresso liderado por Zorobabel, e que teve como foco a “reconstrução do templo”, passaram-se 23 anos. O capítulo seis de Esdras termina com o povo celebrando a Páscoa e a dedicação do templo que foi concluído. “Aqui vemos que a prioridade era o culto a Deus e o restabelecimento da religião”.
O capítulo sete inicia após uma lacuna de 57 anos a contar do término da construção do templo. O personagem central daqui em diante é um homem chamado Esdras (auxílio, socorro), que vem para Jerusalém com a missão de “reformar o povo”. Agora a prioridade é “a caminhada prática com Deus e o arrependimento racial”.
Esdras tinha o desafio de reformar o povo através do retorno ao ensino da Palavra. Ao confrontar o pecado deles, o reavivamento acontece quando confessam o pecado e fazem uma aliança com o Senhor. Aqui aprendemos uma lição importante: A adoração no templo, sem obediência, não gera espiritualidade.
Considerando a Bíblia como Palavra de Deus, na qual está contida toda a revelação dEle para o ser humano e o fato de que Jesus observou que muitos dos nossos erros são fruto de conhecermos as Escrituras (Mat 22.29), devemos nos espelhar na história de Esdras para retornar à centralidade da Palavra.
Como temos educados nossos filhos? Cada pai e mãe tem sua filosofia sobre disciplina e educação de filhos, mas uma coisa é certa, se a Bíblia for excluída do processo de educação, a mesma será falha. Esdras era da linhagem sacerdotal e um escriba hábil na Lei de Moisés. Como vocês pais têm instruído seus filhos? A Palavra de Deus deve ser o alicerce de toda instrução.
O quanto nós adultos temos nos dedicado á Palavra? É comum ouvir justificativas diversas para o fato de não se ler e buscar conhecer as Escrituras. O alerta de Cristo (Mat. 22.29) deveria nos motivar, assim como Esdras, a estudar, praticar e ensinar as Escrituras.
O problema mais grave na Igreja hoje é a falta de conhecimento (Oséias 4.6) das Escrituras. Temos bons templos, bons líderes, boas condições financeiras, mas o conhecimento é fraco e devido a isso, muitos se desviam ou se perdem.
A pobreza bíblica de nossas igrejas assusta, pois quando surge algum modismo, os membros não estão preparados para reconhecer e rejeitar, mantendo-se na centralidade do Evangelho.
A falta da prática da Palavra em nossas igrejas, como já adverte Tiago 1.25, é consequência da falta de estudo e conhecimento. Diferente da grande maioria que nada sabe da Bíblia, a pequena parcela que conhece, acaba não vivendo aquilo que aprende.
O resultado deste desprezo pela Palavra se reflete no ensino da mesma. Não transmitimos (2 Timóteo 2.2) o que aprendemos e assim quebra-se a cadeia de discipulado.
Queridos, Deus nos chama a um retorno à Palavra: estudo, prática e ensino.
Pr. Elias Colombeli

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