29 de jun. de 2013
Silêncio no púlpito, Grito na rua
Temos visto e acompanhado nos últimos dias a onda de protestos em todo país. A presidente do Brasil se referiu aos protestos como ‘’a voz das ruas’’, e pelo menos nisso ela acertou. As ruas tomadas por cidadãos - e alguns anti-cidadãos - estão ecoando seu clamor de indignação e revolta diante do momento que nosso país vive.
Sabemos que o estopim destes protestos não é apenas alguns centavos a mais na tarifa de transporte. Nem o fato do povo não gostar de futebol ou repudiar a copa das confederações, ouso dizer, nem pelos gastos astronômicos para a realização da mesma. Podemos até errar ao dizer que o motivo não é a corrupção no país, pois ela sempre esteve presente, e sendo pessimista, continuará a existir em todas as esferas de poder (até dentro de nossos arraiais). Nem mesmo a impunidade e a falta de uma ‘’justiça’’ mais justa são responsáveis pelo grito das ruas.
Onde está então a ‘’raiz de todos os males’’? O problema está no silêncio de nossos púlpitos. A Igreja é o agente transformador, Jesus disse que ‘’as portas do inferno não prevalecem contra ela’’. É este organismo o responsável pela transformação do caráter pecador do homem por meio da pregação das boas novas do evangelho da graça.
A falha da Igreja em pregar o verdadeiro Evangelho e condenar o pecado (corrupção, desvios, interesses, conchavos, jeitinho, favorecimentos, vistas grosas, etc, etc, etc.) que oferece as condições para o momento em que vivemos.
O Evangelho não é pregado de maneira que confronte o modo errado de ser e viver do homem. Mesmo com o crescimento da ‘’igreja evangélica’’ não vemos a diminuição do pecado. O povo de Deus aumenta em número mas não influencia o meio onde está colocado. Alguma coisa está errada no meio disso tudo.
A partir do momento que nossos púlpitos silenciam em condenar o pecado, proporcionalmente o grito das ruas aumenta. Se os púlpitos fosses eficientes em condenar o erro, as ruas não precisariam gritar para apontá-lo.
Quando os púlpitos silenciam, tornam-se palanques para promover candidaturas em qualquer esfera. Tornam-se plataformas para debater e defender temas que devem ser examinados à luz do Evangelho. Tornam-se apoio para ascensão e promoção pessoais e outros fins.
Quando os púlpitos silenciam seu produto é uma geração de cristãos que se parece com tudo, menos com Cristo. Uma geração que não sabe o que é a verdade e como lutar por ela. Uma geração que não conhece a Palavra de Deus e por isso precisa de uma urgente reforma e experimentar a verdadeira conversão do pecado.
Quando os púlpitos silenciam as ruas precisam clamar. Como cristãos não precisamos engrossar as fileiras dos protestos, nosso palanque é o púlpito, e nossas vidas devem ser ‘’cartas vivas’’ que anunciam o evangelho. Protestemos com uma vida exemplar, assim seremos ouvidos.
Pr. Elias Colombeli
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