Texto: Efésios 1.15-23
Grande Ideia: “As quatro características
da oração apostólica”
Introdução:
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Após demonstrar o plano de Deus para os seus santos no que diz respeito
à redenção por Jesus Cristo e à obra do Espírito Santo, onde o Pai teve a
função de abençoar, eleger e predestinar; o Filho executou a redenção e
proporcionou o perdão dos pecados e o Espírito Santo nos selou garantindo a
herança, a redenção e a propriedade, Paulo agora ora pela Igreja de Éfeso.
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Essa é a primeira de duas orações que ele vai registar na carta, a
outra está em 3.14-19 e ao que tudo parece, é motivada pela visão ministerial
do apostolado aos gentios (3.1-13), ao passo que a primeira é motivada pela
obra da Trindade. Esta primeira oração Paulo podemos dividi-la em quatro momentos:
1. EXALTA A FÉ E O AMOR DA
IGREJA – v.15,16
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Essas duas virtudes da igreja é que motivam sua oração (v.16). Paulo
diz que “ouviu falar”, isso porque ele estava preso, e não desfrutava do
convívio diário da Igreja, mas esta distância, não impediu de saber desta
característica positiva.
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A fé da Igreja estava depositada no Senhor Jesus, não nas seitas
religiosas que haviam em Éfeso, muito menos na deusa Diana, a qual era muito
adorada em toda aquela região.
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O amor da Igreja era para “todos os santos”, não havia discriminação,
não havia divisão, a unidade da igreja é evidenciada na demonstração e prática
do amor.
2. O PEDIDO AO PAI – v.17-19
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Seu pedido ao Pai em favor da igreja é que tenham um espírito de:
o Sabedoria (sofia sophia = inteligência ampla e
completa; usado do conhecimento sobre diversos assuntos; a sabedoria que
pertence aos homens, inteligência suprema, assim como a que pertence a Deus),
o Revelação (apokaluqiv apokalupsis = ato de tornar descoberto, exposto uma revelação de
verdade, instrução)
o Conhecimento (epignwsiv epignosis = conhecimento preciso e correto usado no NT para o
conhecimento de coisas éticas e divinas).
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Pela sabedoria vem a revelação que traz consigo o conhecimento. A
Igreja ter este espírito é a vontade de Paulo, mas o sábio apóstolo sabe que
isso não se adquire numa escola ou se compra num mercado. Isso é dado pelo
Espírito que selou a Igreja.
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Pede ainda que sejam iluminados
para saber:
o Da esperança do chamado: expectativa do bem, no
sentido cristão regozijo e expectativa confiante da eterna salvação;
o Das riquezas da glória da herança: o que é dado para
alguém como uma posse, a eterna bem-aventurança do reino consumado de Deus
esperada após a volta visível de Cristo;
o Da grandeza do seu poder: força, habilidade,
poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou
que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve.
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A iluminação é direcionada aos olhos do coração, o qual é o centro e lugar da
vida espiritual, a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos,
paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços; o centro do
entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência; o centro da vontade e
caráter.
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Esta iluminação vai produzir uma esperança na
herança que dá o direito de exercer o poder que antes estava em Jesus, e que
agora, pode ser dado à Igreja para que ela exerça seu papel e função.
3. O CRISTO GLORIFICADO –
v.20-22
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A transição começa com “atuação
da força do seu poder, que atuou em Cristo”, apontando para o Cristo
glorificado, o qual:
o Ressuscitou. A morte não foi o último evento na vida de Cristo, pois Ele é eterno
e nem a morte pode cessar a eternidade do Filho. Após cumprir seu papel de nos
remir, ele continuou com a missão de cumprir o plano do Pai.
o Sentou-se
a destra de Deus. Lugar de onde
cremos ter saído, tornando-se carne e habitando entre nós, para assim, nos
salvar (João 1.11-14), mas agora retorna para julgar todas as coisas.
o Está acima de principados. A descrição de Paulo é feita de modo a não
deixar duvidas (v.21), de eternidade a eternidade, Jesus é autoridade suprema
não podendo ser suplantado por ninguém, seja no céu ou na terra.
o Domina
sobre todas as coisas. Essa conclusão é obvia, aquele que ressuscitou, sentou a
destra de Deus e está acima de tudo, naturalmente vai exercer o domínio sobre
tudo e todos.
4. RELEVÂNCIA DA IGREJA –
v.22,23
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O poder que Paulo menciona no verso 19, agora é transferido para a
Igreja (v.22). Se entendermos que foi esse poder que atuou no Cristo
glorificado, vamos perceber a relevância da Igreja nos dias de hoje.
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Essa Igreja que é seu corpo, a qual tem capacidade de preencher todas
as coisas, deve ser uma Igreja que viva no exercício da fé e na prática do amor
(v.15). Aqui está a relevância da Igreja, sendo canal do poder e autoridade
dados por Cristo.
CONCLUSÃO:
o Como Igreja não podemos
descuidar do exercício da fé e da prática do amor, para que essa duas virtudes
motivem as orações em favor dela.
o Como Igreja que ora devemos
suplicar ao Pai por esse espírito de sabedoria, revelação e conhecimento.
o Como Igreja que adora,
devemos focar o Cristo glorificado que ressuscitou, sentou-se a destra do Pai,
está acima de tudo e governa sobre todos.
o Como Igreja, devemos nos
conscientizar da nossa relevância para a sociedade, pois nós temos o poder de
veio de Deus para restaurar todas as coisas.
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