17 de dez. de 2012

Oração Apostólica



Texto: Efésios 1.15-23
Grande Ideia: “As quatro características da oração apostólica”

Introdução:
·        Após demonstrar o plano de Deus para os seus santos no que diz respeito à redenção por Jesus Cristo e à obra do Espírito Santo, onde o Pai teve a função de abençoar, eleger e predestinar; o Filho executou a redenção e proporcionou o perdão dos pecados e o Espírito Santo nos selou garantindo a herança, a redenção e a propriedade, Paulo agora ora pela Igreja de Éfeso.
·        Essa é a primeira de duas orações que ele vai registar na carta, a outra está em 3.14-19 e ao que tudo parece, é motivada pela visão ministerial do apostolado aos gentios (3.1-13), ao passo que a primeira é motivada pela obra da Trindade. Esta primeira oração Paulo podemos dividi-la em quatro momentos:

1. EXALTA A FÉ E O AMOR DA IGREJA – v.15,16
·        Essas duas virtudes da igreja é que motivam sua oração (v.16). Paulo diz que “ouviu falar”, isso porque ele estava preso, e não desfrutava do convívio diário da Igreja, mas esta distância, não impediu de saber desta característica positiva.
·        A fé da Igreja estava depositada no Senhor Jesus, não nas seitas religiosas que haviam em Éfeso, muito menos na deusa Diana, a qual era muito adorada em toda aquela região.
·        O amor da Igreja era para “todos os santos”, não havia discriminação, não havia divisão, a unidade da igreja é evidenciada na demonstração e prática do amor.

2. O PEDIDO AO PAI – v.17-19
·        Seu pedido ao Pai em favor da igreja é que tenham um espírito de:
o   Sabedoria (sofia sophia =  inteligência ampla e completa; usado do conhecimento sobre diversos assuntos; a sabedoria que pertence aos homens, inteligência suprema, assim como a que pertence a Deus),
o   Revelação (apokaluqiv apokalupsis = ato de tornar descoberto, exposto uma revelação de verdade, instrução)
o   Conhecimento (epignwsiv epignosis = conhecimento preciso e correto usado no NT para o conhecimento de coisas éticas e divinas).
·        Pela sabedoria vem a revelação que traz consigo o conhecimento. A Igreja ter este espírito é a vontade de Paulo, mas o sábio apóstolo sabe que isso não se adquire numa escola ou se compra num mercado. Isso é dado pelo Espírito que selou a Igreja.
·        Pede ainda que sejam iluminados para saber:
o   Da esperança do chamado: expectativa do bem, no sentido cristão regozijo e expectativa confiante da eterna salvação;
o   Das riquezas da glória da herança: o que é dado para alguém como uma posse, a eterna bem-aventurança do reino consumado de Deus esperada após a volta visível de Cristo;
o   Da grandeza do seu poder: força, habilidade, poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve.
·         A iluminação é direcionada aos olhos do coração, o qual é o centro e lugar da vida espiritual, a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços; o centro do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência; o centro da vontade e caráter.
·         Esta iluminação vai produzir uma esperança na herança que dá o direito de exercer o poder que antes estava em Jesus, e que agora, pode ser dado à Igreja para que ela exerça seu papel e função.

3. O CRISTO GLORIFICADO – v.20-22
·        A transição começa com “atuação da força do seu poder, que atuou em Cristo”, apontando para o Cristo glorificado, o qual:
o   Ressuscitou. A morte não foi o último evento na vida de Cristo, pois Ele é eterno e nem a morte pode cessar a eternidade do Filho. Após cumprir seu papel de nos remir, ele continuou com a missão de cumprir o plano do Pai.
o   Sentou-se a destra de Deus. Lugar de onde cremos ter saído, tornando-se carne e habitando entre nós, para assim, nos salvar (João 1.11-14), mas agora retorna para julgar todas as coisas.
o   Está acima de principados. A descrição de Paulo é feita de modo a não deixar duvidas (v.21), de eternidade a eternidade, Jesus é autoridade suprema não podendo ser suplantado por ninguém, seja no céu ou na terra.
o   Domina sobre todas as coisas. Essa conclusão é obvia, aquele que ressuscitou, sentou a destra de Deus e está acima de tudo, naturalmente vai exercer o domínio sobre tudo e todos.

4. RELEVÂNCIA DA IGREJA – v.22,23
·        O poder que Paulo menciona no verso 19, agora é transferido para a Igreja (v.22). Se entendermos que foi esse poder que atuou no Cristo glorificado, vamos perceber a relevância da Igreja nos dias de hoje.
·        Essa Igreja que é seu corpo, a qual tem capacidade de preencher todas as coisas, deve ser uma Igreja que viva no exercício da fé e na prática do amor (v.15). Aqui está a relevância da Igreja, sendo canal do poder e autoridade dados por Cristo.

CONCLUSÃO:
o   Como Igreja não podemos descuidar do exercício da fé e da prática do amor, para que essa duas virtudes motivem as orações em favor dela.
o   Como Igreja que ora devemos suplicar ao Pai por esse espírito de sabedoria, revelação e conhecimento.
o   Como Igreja que adora, devemos focar o Cristo glorificado que ressuscitou, sentou-se a destra do Pai, está acima de tudo e governa sobre todos.
o   Como Igreja, devemos nos conscientizar da nossa relevância para a sociedade, pois nós temos o poder de veio de Deus para restaurar todas as coisas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário