15 de out. de 2012

Luta Interior



1. CARNE X ESPÍRITO – v.17
a.      Aqui vemos a luta entre a natureza humana caída que ainda carrega resquícios do velho homem que quer se satisfazer do pecado, e a presença do Espírito Santo, com o qual fomos selados, e quer fazer um trabalho de santificação e purificação.
b.     A Lei é quem orienta (treina) a carne, já o Evangelho orienta o Espírito. Voltamos aqui ao tema central de Gálatas: a Liberdade mediante o evangelho, em face a escravidão sob a lei.
c.      Sem Cristo, morto espiritualmente, a carne assume o controle do ser humano, porém, quando nascemos de novo, e recebemos o Espírito Santo, o controle sobre o ser muda, porém, a carne, antigo soberano, não vai aceitar perder essa liderança, logo, começa a reagir contra o Espírito.
d.     Cada um produz elementos para ser usado nesta luta, a partir do verso 19, vemos o exército que se levanta em favor da carne, a partir do verso 22, vemos o do Espírito. O exército da carne está para as coisas do mundo, o do Espírito, para as coisas celestiais.
e.      Sairá vencedor nesta luta, aquele que estiver mais fortalecido, aquele que estiver melhor alimentado. Se damos vazão às obras da carne, alimentamos a carne, se priorizamos os frutos do Espírito, alimentamos a ele.
f.       Portanto se você alimenta a carne, não adianta orar, não adianta estar na igreja, pois ela continuará dominando sua vida, manifestando em você e nas suas atitudes as suas obras (v.19-21). As coisas começarão a mudar quando você começar a alimentar o Espírito, com leitura bíblica, oração, comunhão e renúncia.

2. RIVALIDADE x AMOR – v.13-15
a.      Paulo começa a verso 13 com a sentença máxima “foram chamados para serem livres”. Uma vez desfrutando da liberdade, não podemos usá-la como desculpa para satisfazer nossos desejos, mas servir aos outros pelo dom maior, o amor (1 Cor 13). Não tratar os outros com amor, é igual a agir pelas regras da lei e não do evangelho.
b.     No v. 14 vemos que se amamos cumprimos a lei, já não precisamos mais ser guiados por ela. O amor substitui a lei. No AT a lei era olho por olho, dente por dente, ferimento por ferimento (Ex 21.23-25; Lv 24.19,20).
c.      No v.15 vemos a questão da rivalidade, ou da execução da lei. Ao perder meu olho, tiro o olho do outro, logo não vai demorar muito, para haver muitos caolhos. Isso é o morder e devorar que acabará por nos matar. Preferimos nos mutilar mutuamente a exercitar o perdão.
d.     Em 1 Coríntios 3.1-3, vemos algumas características da carnalidade expressa por meio do ódio e rivalidade. O não crescimento espiritual é o que impossibilita o exercício do amor cristão. Crentes imaturos não serão crentes amorosos e perdoadores.
e.      Portando comece a observar a forma como você trata as outras pessoas, pois sua atitude para os demais vai revelar se você age baseado no amor ou no ódio, se você está debaixo do Evangelho ou da lei, se você está vivendo ou não o grande mandamento do amor.

3. SATISFAZER x ANDAR – v.16
a.      Paulo trata da questão da direção de nossas vidas e como iremos nos comportar:
                               I.            Uma opção é satisfazer a vontade da carne, ou “obedecer aos desejos da natureza humana”, o que significa viver na prática do pecado, dando vazão aos desejos sem se importar se pecado ou não.
                            II.            A outra é andar pelo Espírito, é deixar que Deus, por meio dele dirija nosso ser, buscando fazer aquilo que é da vontade do Senhor, mesmo que o preço a pagar seja alto.
b.     O satisfazer está relacionado a questão momentânea, pontual. Satisfazer é: deu vontade? Vou lá e faço, me satisfaço, e sigo meu caminho. Satisfazer aos desejos da carne e não se importar com as consequências e pensar apenas no meu ego caído.
c.      O andar está relacionado a uma continuidade, a perseverança, esforçar-se para não parar e desistir. É resistir e não ceder àquilo que é contrário a vontade de Deus. Andar não é pensar no hoje e agora, mas pensar em uma continuidade.
d.     Em 1 Pedro 2.11 somos lembrados – como servos fiéis – a nos abster dos desejos carnais. Em 2 Pedro 2.17-20, vemos a descrição daqueles que não são servos fiéis.
e.      Portanto se você tem buscado satisfazer seus desejos, vontades, prazeres, vaidades, que na maioria são egoístas cedendo a vontade da carne, pensando no agora, no hoje, sem se importar com o futuro moral e espiritual. Quem anda em Espírito, deixa  Deus guias sua vida para a eternidade.

4. QUERER x DEVER – v.17
a.      O próprio Paulo disse: “Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço” Rm 7.19. Neste texto a partir do verso 14 ele descreve seu dilema pessoal do contraste entre “querer e fazer”. Nem sempre fazemos o que devemos, mas nem sempre devemos fazer o que queremos.
b.     A questão que está envolta é o “domínio próprio”, que é um fruto do Espírito. Significa dominar sobre minhas vontades quando elas são contrárias aos princípios de Deus.
c.      É mais fácil dominar, impor regras, limites, cobranças aos outros do que a nós mesmos. O domínio próprio faz com que executemos em nós aquilo que queremos fazer nos outros.
d.     Em 1 Coríntios 6.12 e 10.23 somos lembrados que podemos fazer o que queremos, mas o poder não significa que devemos fazer. Aqui entra a direção do Espírito para discernir, dentro o universo de possibilidades, o que convém ou não realizar.
e.      Portando se você faz o que quer e não o que deve, se faz sem se importar com as consequências disso pra você e para os outros, cuidado, você ainda não está exercendo o domínio próprio.
  
 5. ESCRAVIDÃO x LIBERDADE – v.18
a.      A escravidão é resultado de estar debaixo da lei, e é isso que devemos evitar e lutar contra esta forma. A escravidão é resultado da ação da carne, que se revela no cultivo do ódio, devido a satisfação pessoal e ao fazer o que se quer.
b.     A liberdade é resultado de andar, ser guiado pelo Espírito, seguindo a liberdade do Evangelho. Esta liberdade se evidencia pelo domínio do Espírito, que se revela pela prática do amor, perseverando e fazendo aquilo que devo.
c.      Ser escravo ou ser livre é resultado do estivo de vida cristã que desenvolvemos na nossa caminhada. Se não resistimos ao pecado, se não dominamos nossas paixões, é evidência de ainda estamos escravos, João 8.32,36 ainda não é uma realidade.
d.     Entregue a direção de sua vida a Deus por intermédio do Espírito, deixe-se ser guiado por Ele, entregue o comando de sua vida em suas mãos. Passe o comando a Ele, pois só assim, você estará livre da lei que gera o pecado em seu coração. 

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