30 de jul. de 2012

A Morte de Cristo Trouxe a Bênção Prometida



Texto: Gálatas 3.1-14
Grande Ideia: “Não a lei, mas a morte de Cristo trouxe a bênção prometida”

1.     A própria experiência dos Gálatas – v.1-5
a.      Paulo demonstra sua decepção, pois a insensatez do povo de Deus constitui uma tragédia. Até quando não vamos entender o que Deus quer de nós? Ele desafia, provoca, sacode e alarma a igreja. Há cinco anos a pregação impactou a vida deles, a ponde produzir dons e frutos. O evangelho manifestou-se com poder e criou uma igreja de fé e alegria.
b.      Como selo dessa experiência receberam o Espírito Santo (não pela lei, mas pela fé) que preenche corpo e alma, rompe para fora em palavras e ações. O Espírito é visto pelas ações do crente. O Espírito é a evidência da justificação e da comunhão com Deus.
c.       A insensatez estava fazendo com que caíssem em contradição e fracassassem eticamente. O que nos torna cristão deve também nos fazer permanecer cristão.
d.      O crescimento espiritual (aumentar na fé, crescer no conhecimento, na justiça, na santificação, no amor, no trabalho e na entrega) é necessário e fundamental, e os gálatas procuravam fazer isso pela carne, não através do Espírito. Quando isso acontece há um crescimento para traz e manifestação do pecado.
e.      A pregação do evangelho é acompanhada de sinais e milagres. Mesmo que a pessoa ou a igreja se afastem da verdade, podem continuar demonstrando sinais e milagres (Ap 3.20,22).

2.     Os que creem são filhos de Abraão e possuem a benção – v.6-9
a.      Depois do testemunho dos gálatas, Paula traz o testemunho da Escritura que se reporta a Abraão que teve fé. O crer significa: “firmar-se em algo assegurado; tornar-se totalmente calmo e silencioso; uma confiança incondicional” é como uma árvore que se firma ao chão para enfrentar as tempestades.
b.      Abraão quando creu (Gn 15.6) era incircunciso, assim foi justificado pela fé, não pela lei (circuncidado dez anos depois - Gn 17.10-14). Nem israelita ele era, mas sim arameu, idólatra e ímpio.
c.       Ninguém crê por si mesmo, ninguém tem a ideia de mudar sua visão de mundo. Fé não é possibilidade geral, mas pressupõe que foi Deus quem chamou. É a voz de Deus que produz a fé, a qual tem três resultados:
                                                              i.      Intelectual: pois presta atenção, capta o sentido das palavras e aceita o que foi dito;
                                                            ii.      Emocional: porque liberta de medo, enche de esperança paz e coragem;
                                                          iii.      Existencial: toma posse do centro do ser humano – seu coração, conduzindo para obediência e para o amor.
d.      Deus não tem uma conta dos méritos, que vai aumentando até alcançar a soma da “justiça” sendo então a pessoa perdoada. É a fé que traz justiça e nos torna filhos de Deus.
e.      Pela fé todos, judeus e gentios, podem ter comunhão com Deus e suas bênçãos, mas pela lei, só os judeus. Benção é: bem estar terreno; ter filhos; direito a pátria; é fartura vinda do trabalho e mais, benção é estar no plano divino da salvação onde se rompe a história da maldição.

3.     A lei traz maldição, pois não provém da fé – v.10-12
a.      Paulo fala que qualquer pessoa que vive pela lei está debaixo de maldição, pois ela não dá nada, só exige que: a pessoa seja boa, mas não a melhora; torna-a faminta, mas não a satisfaz. Confrontado pelo fracasso, a única saída é: agarrar-se com mais firmeza nessa lei, tirar mais de si e afundar-se cada vez mais na lei.
b.      Essa maldição é devido ao fato que a lei exige totalidade, que só pode ser oferecida em amor. A integridade de Deus chama pelo ser humano integral. “Amar de todo o coração, alma e força” (Dt 6.5).
c.       Na Bíblia, a maldição tem o sentido de “apartar, ser expulso da comunhão, da aliança com Deus, sofrer diminuição de vida” (Gn 3.11-14).
d.      Com a citação de Hc 2.4 ele ressalta a primazia da fé voltada para Deus em Jesus Cristo, o que traz a justiça messiânica, confirmada pela experiência pessoal e pela Escritura.
e.      A lei faz parte da ordem da maldição e da morte, a fé da ordem de bênção e ressurreição. A lei não tem força para vivificar, ela apenas faz exigências para aproximar de Deus, e deixa esperando por Jesus que dá vida e o Espírito.

4.     Na morte Cristo redimiu judeus e gentios, para pela fé receberem a benção – v.13,14
a.       Começando em Abraão, passando por Moisés, chega a Cristo, pois em Cristo cumpre-se a bênção de Abraão e a história da salvação. Moisés foi apenas um estagio intermediário, a redenção veio por meio de Cristo.
b.       Paulo resume sua mensagem usando o termo RESGATOU – redenção, resgatar, salvar. Um conceito muito importante, pois trata-se de uma compra. O redimir é um processo que assegura legitimidade. Deus em Cristo fez isso por nós, pois Cristo viveu em obediência à lei.
c.       No contexto judaico, resgatar era mais que pagar dinheiro, se alguém chegasse à falência, o parente próximo deveria lutar para reaver todos os bens daquele que havia perdido tudo.
d.      O ato de resgatar foi tomada como parábola da ação salvadora de Deus: 1. Para o antigo Israel – livrando do Egito; 2. Nos tempos dos profetas – livrando da Babilônia; 3. Com Jesus e a Igreja – apontando Deus como parente para resgatar do poder do pecado.
e.      O nosso resgate foi através da cruz. Para que fossemos abençoados, Cristo teve uma morte maldita, como um exemplo da severidade da lei. Ele deveria atrair sobre si a maldição da lei, sofrê-la calado, suportá-la, aguentá-la, cumpri-la e enfim, termina-la.
f.        A bênção de Abraão chega os gentios através do evangelho, pois a cerca intransponível da lei foi posta ao chão. Na morte, Cristo garante a liberdade e a vida, e essa benção é derramada sobre a terra, tornando-se a fonte de todas as bênçãos.
g.      Receber o Espírito é a comprovação de estar na bênção de Abraão. Pois somos trazidos da desgraça para dentro da salvação.

CONCLUSÃO:
1.      Experimentar as bênçãos e vivenciar dia a dia uma nova experiência espiritual. É desenvolver frutos, e principalmente, os frutos do Espírito Santo. É ter nossa vida é dirigida pelo Espírito e não pela carne. É evidenciar uma transformação de vida.
2.      A maior bênção é ser filho de Deus pela fé. Depois vamos experimentar a provisão, o cuidado, as alegrias, as realizações pessoais. Quando cremos a história de maldição e fracasso dá lugar ao perdão e a paz interior.
3.      Não adianta apoiar-se na lei, pois ela só escraviza mais. A saída é o amor integral é a fé. O justo vive pela fé em Jesus e recebe vida do Espírito.
4.      A grande bênção de Deus é a salvação e o Espírito. Pela fé somos resgatados das trevas para a luz, da morte para a vida. Quando cremos em Cristo, somos livres para viver.

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