Texto:
Gálatas 1.13-23
Grande Ideia: “O Perseguidor Torna-se
Perseguido”
Introdução:
·
Paulo usa uma
sequencia de palavras que evidenciam sua mudança: outrora/como era v.13; quando
v.15; decorridos/depois v.18; depois 2.1; quando 2.11.
·
Era natural que
sua espetacular guinada fosse repetidamente tema das conversas. Isso mostra a
transformação do perseguidor Saulo na testemunha mais importante e em
missionário, como o “maior milagre da história da igreja”.
·
Sua conversão
também era parte integrante do seu testemunho pessoal.
1. A
DEDICAÇÃO RELIGIOSA DE PAULO – v.13-14
Antes
da conversão de Paulo, podemos destacar 2 coisas:
1.
Era muito zeloso (v.14).
i.
Paulo fazia parte
da ala mais radical do farisaísmo, ele era zelote, um lutador de resistência
política. A sua tradição não buscava apenas a fidelidade pessoal à lei, mas a
disposição para fazer uso da violência para preservar pura a igreja.
ii.
Essa dedicação
também tinha de voltar-se contra os judaico-cristãos que se portavam de forma
especialmente livre da lei.
2.
Era perseguidor da Igreja (v.13).
i.
Paulo recorda a
fase de sua vida em que ainda estava do lado de seus adversários atuais,
período em que tinha tendências anticristã.
ii.
Ele tinha que
maldizer a Jesus, perseguir a Igreja de Jesus, queimar, aprisionar homens e
mulheres em suas moradias, acorrentar, prender, ameaçar, açoitar na sinagoga,
forçar as pessoas a negar a sua fé e seguir os fugitivos até Damasco (Atos 8.3;
9.1-3; 22.4,5,19).
3.
Por que ele fazia isto? Porque ele era dedicado e zelava pelas suas tradições
paternas, era adversário implacável do evangelho porque era um judeu exemplar
impecável, um fariseu puro sangue
4.
O que aprendemos com isso? Que a pessoa que é dedicada em sua religião, quando
se converte, vai dedicar-se ao evangelho, mas se a pessoa é relaxada, mesmo
depois da mudança, provavelmente vai continuar relaxado. Como você era antes de
se converter?
2. A CHAMADA
DIVINA PELA GRAÇA – v.15,16
1.
Paulo não se
converte de ateu para crente, mas também não vivia de forma imoral e aos poucos
foi melhorando. Ele permaneceu fiel à sinagoga por muitos anos após o
acontecimento no caminho de Damasco, pois até então não havia o cristianismo
como hoje, totalmente separado do judaísmo.
2.
Após o encontro
com Jesus, Paulo passou a ter uma profunda ruptura com a compreensão de
Messias, da Lei e da Escritura de seu povo. Ele não sai do movimento
judaico/farisaico para um movimento cristão.
3.
O que acontece é
uma mudança de vocação, onde o destino pessoal deixa de ser importante, e passa
a se engajar sua vida para um serviço determinado, passa a ser um apóstolo. De
destruidor da igreja, passa a ser um membro dela.
4.
Paulo passou por uma experiência pessoal. Diante dele, diante de seus olhos, mas
principalmente dentro dele e de modo avassalador, o Filho lhe foi revelado pela
graça. O véu foi retirado de diante de seus olhos e ele contempla o Cristo vivo
(At 9.3-5).
5.
Quando a graça de Deus chega ao coração de uma pessoa, não há como resistir a esse chamado.
Não importa quem seja e o que faça, quando Deus chama e toca o coração, há a
rendição total a essa iniciativa de Deus. A Graça ainda deve ser aquilo que
leva as pessoas à presença de Deus.
3. O QUE FEZ
O IRMÃO PAULO – v.17-24
1.
Iniciou seu ministério aos gentios – v.17
i.
Ele percebeu que
seu lugar não era aos pés dos apóstolos na capital, mas realizando sua missão
junto aos gentios. Longe da instrução de Jerusalém ele começa a pregar na
região da Arábia cumprindo sua chamada missionária.
2.
Reconheceu a importância da unidade – v.18-20
i.
Paulo reconhece a
autoridade de Pedro como apóstolo e companheiro de Jesus, mas não no sentido de
“cabeça da Igreja”. Paulo valorizava o trabalho daqueles que foram chamados
antes dele, mesmo sendo Pedro destinado a pregar aos judeus e ele aos gentios.
ii.
Ele tem o
privilégio de conhecer pessoalmente a Tiago, não só irmão, mas servo de Jesus.
Tiago não foi um dos doze, mas é chamado de apóstolo, pois era um dos
dirigentes da Igreja. (Atos 9.26-28)
3.
Volta a fazer aquilo que Deus o mandou – v.21-24
i.
Por cerca de
10 anos desempenha seu ministério na Síria e Cilícia. Sua preocupação era
pregar o evangelho onde Cristo ainda não fosse conhecido e não edificar sobre
alicerce de outro.
ii.
Sua conversão
tornou-se motivo para glorificação do Senhor. A intervenção divina foi
marcante. Assim ele podia exortar os gálatas que a graça de Deus é capaz de
transformar o severo perseguidor em servo perseguido.
APLICAÇÕES:
1.
Não importa o
quanto religiosa uma pessoa seja ou o quanto seu coração esteja fechado ao
evangelho a ponto de até perseguir o evangelho, devemos continuar orando por
aqueles que ainda não se renderam ao Senhor.
2.
Não importa o
quando um coração esteja endurecido, quando a graça de Jesus é revelada, não há
como resistir ao chamado de salvação do Senhor.
3.
O verdadeiro
convertido vai se colocar nas mãos do Senhor para realizar o ministério para o
qual está sendo chamado. Não vai enterrar seus talentos e ficar esquentando o
banco da igreja.

Nenhum comentário:
Postar um comentário