23 de abr. de 2012

Suicídio, Saída Para Quem Não Achou Saída.



INTRODUÇÃO:
a)      É preciso considerar a ligação intima entre o suicídio e a depressão. Grande parte dos casos de pessoas que tiram a vida, são pessoas que estavam em um estado depressivo profundo;
b)     Não podemos fechar os olhos para outra triste realidade, dentro de nossas igrejas há pessoas doentes, em nossas famílias, em nossas amizades há pessoas deprimidas.
c)      Dentro deste contexto, a igreja não deve ser um clube de recreação (como muitas têm sido), a igreja precisa ser uma clínica, uma comunidade terapêutica que oferece qualidade de vida aos que buscam em Cristo (João 10.10).

1. CASOS DE SUICÍDIO NA BÍBLIA
a)      Abimeleque – Juízes 9.54
b)     Sansão – Juízes 16.28-30.
c)      Saul – 1 Samuel 31.4
d)     Aitofel – 2 Samuel 17.23
e)      Zinri – 1 Reis 16.18
OBS.: Além desses casos de suicídio efetivados, vemos outras atitudes de desprezo pela vida e desejo de morrer: Jonas (Jonas 4.8), Elias (1 Reis 19.4), Carcereiro (Atos 16.27).

2. SUICÍDIO É UM PROBLEMA ATUAL E GLOBAL
a)      Ele não escolhe classe social, faixa etária, nível de poder;
b)     Pobres endividados se matam, ricos abastados se matam, pessoas enfermas se matam, pessoas sãs de matam;
c)      Índios, brancos, negros, artistas, músicos, políticos também se matam.

3. SUICÍDIO, RELIGIÃO E CULTURA
A religião e a cultura tem a ver, em muitos casos, com as causas, as formas e as consequências  de um suicídio:
a)      No Japão, a religião mais seguida não proíbe o suicídio. Pelo contrário, é uma maneira de escapar do fracasso e poupar constrangimentos;
b)     No budismo é um ato de libertação, o próprio Buda suicidou-se;
c)      No Islamismo, o suicídio pela causa de Alá é aceito como meio de chegar ao paraíso;
Dentre as maiores religiões, só o Cristianismo e o Espiritismo condenam o suicídio:
d)     Cristianismo: Para o catolicismo o suicida não tem direito a missas, pois quebrou o 7º mandamento. Para os evangélicos é inaceitável por ir contra a eficácia do Evangelho; ser um ato de falta de amor próprio; quebrar o princípio do respeito pela vida;
e)      No Espiritismo é condenado, pois atrasa o desenvolvimento e deixa sequelas para a próxima reencarnação.

4. FATORES PESSOAIS PARA O SUICÍDIO
a)      Personalidade mal formada, principalmente por pais dominadores;
b)     Impulso de autodestruição, suicidomania, se torna uma obsessão;
c)      Fatores psíquicos como depressão, bipolaridade;
d)     Fatores psicossomáticos;
e)      Tensões emocionais sem solução;
f)       Mimetismo – quando a influencia de alguém famoso causa influencia sobre os faz;
g)      Reação radical à situações difíceis, doenças, morte de alguém próximo;
h)     Autodeterminismo - pessoa sem limites que não suporta desfeitas;
i)        Autopunição – sentimento de remorso, culpa;
j)        Agressão – ato dirigido à alguém que a pessoa odeia;
k)      Carência afetiva e de afirmação – baixo-alto-estima;
l)        Ideologias - politica, religião;
m)   Crise existencial;
n)     Vergonha resultante de humilhação;
o)     Atração irresistível pela morte;

“Não há desgraças na vida que determine o homem se matar, se ele não tiver outra inclinação para isso” (Durkheim). Essa outra inclinação podemos entender como sendo a ação do diabo. Segundo Freud “o suicídio é a vitória da morte sobre o amor”.

5. FATORES SOCIAIS PARA O SUICÍDIO.
a)      Rejeição social – laços familiares rompidos;
b)     Frustração profissional – inadaptação ao meio de trabalho;
c)      Mudanças socioeconômicas – crise financeira;
d)     Fracasso existencial – ‘ninguém me ama’;
e)      Nostalgia – pessoas que não se adaptam em outras culturas.

6. CLASSIFICAÇÃO DOS SUICÍDAS
a)      Egoísta – não admite intromissão nem prejuízos à sua privacidade;
b)     Altruísta – faz em favor de uma causa ou pessoa;
c)      Anônimo – impossível determinar causas e objetivos.

7. PREVENÇÃO ATRAVÉS DO ENSINO BÍBLICO
a)      A origem da vida em Deus, a vida como sendo uma dádiva dele, para ser celebrada vitoriosamente. Jesus é o autor, doador, sustentador e o alvo da vida;
b)     A necessidade da comunhão fraterna, da ajuda mútua, da oração intercessória, do amor;
c)      A importância da santidade de vida, de ter uma vida piedosa, uma vida de oração e leitura da Bíblia para se fortalecer espiritualmente;
d)     O exercício dos dons espirituais, para que sejamos úteis na igreja, na obra de Deus;
e)      Ter a família como criação de Deus, como estrutura espiritual, sendo um recurso para vida vitoriosa;
f)       Praticar a mordomia cristã como forma de desenvolver a confiança em Deus e evitar a desordem interna, seja pessoal, seja da igreja, seja da família.

8. SUICÍDIO E TEOLOGIA
a)      A Bíblia não aceita o suicídio como direito de escolha do indivíduo, o suicídio assistido, a eutanásia, etc.
b)     O corpo é templo do Espírito Santo, não podemos destruí-lo, seja pelo pecado habitando nele, seja pela morte (1 Coríntios 3.16,17).
c)      O suicídio é um ato de rebeldia contra o Senhor da vida (João 14.6);
d)     A igreja deve zelar pela qualidade de vida, alegria, para que cada um encontre um significado para ela através de Cristo.

9. PODE UM SUICÍDA IR PARA O CÉU?
É difícil afirmar sim ou não para esta questão sem ter um caso específico para ser analisado, em linhas gerais podemos observar que:
a)      A salvação da alma não depende da maneira como a pessoa morre, mas sim da forma como vive sua fé em Cristo. Fatores como a graça de Deus, o fato de só Deus  poder julgar o coração e que no conceito humana pode ser uma questão moral, devem ser considerados também.
b)     A decisão de suicídio é tomada em condições de descontrole emocional;
c)      Jesus guarda os seus do diabo e ele não os toca. Nem todo suicídio é motivado diretamente pelo inimigo.
d)     Romanos 8.38 diz que ‘nem a more, nem a vida podem nos separar do amor de Deus’;
e)      Antes de a pessoa entrar num estado depressivo, seguido da perda da razão que leva ao suicídio, a pessoa pode ter aceitado Cristo como Senhor e Salvador;
f)       Nada, porém justifica, apoia, incentiva o suicídio, seja por um não crente, seja por um crente.

CONCLUSÃO:
A vida é um dom de Deus, seja a vida do corpo, seja a vida da alma, não podemos desprezar este dom, mas usufruir da vida abundante que Jesus prometeu para os seus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário