14 de abr. de 2012

Milagre e Providência



O livro de 2 Reis começa narrando uma série de milagres realizados por Eliseu, dentre eles o milagre do azeite da viúva (4.1-7). O azeite na Bíblia tinha como função iluminar, alimentar ungir reis, profetas, sacerdotes. Era símbolo de autoridade, força e honra. Era também um símbolo do Espírito. Mas no caso desta mulher, o azeite era para preservar a vida e a união da sua família, evitando assim a dor, o choro, a tristeza, o abandono. A botija vazia era sinal de dificuldades a vista. Para encher a nossa botija precisamos ter:

CONSCIÊNCIA DA NECESSIDADE. Essa mulher era viúva e pobre. Estava financeiramente falida, psicologicamente coagida a oferecer os filhos como pagamento de dívidas, sem perspectivas, porém ela clamou por socorro. Quando ela vê o homem de Deus, vai até ele e expõe seu problema, pois sabia que somente Deus poderia trazer uma solução. No momento de necessidade, ela não tenta esconder ou disfarçar a realidade e assume esta situação. A consciência da necessidade surge da humildade (Lucas 8.41-44). Nem sempre nossa botija estará cheia. Quando isso acontecer devemos reconhecer e ter consciência dessa necessidade. Para isso, será importante uma atitude de humildade.

CONSCIÊNCIA DA POSSIBILIDADE.
Por causa do que se tem. Ela seria abençoada a partir do que já tinha em casa (v. 2). Ela tinha apenas uma botija de azeite. Mas o que era isso diante do tamanho da dívida. Ela precisou de muitas vasilhas para pagar o que devia. Deus age a partir daquilo que temos em nossas mãos (João 6.9-13). O pouco que temos nas mãos do Senhor se torna muito. O que há em nossas mãos para que o Senhor possa usar. A possibilidade se torna realidade, quando temos algo, mesmo que seja pouco, para oferecer a Deus.

Por causa da palavra. Elizeu dá à viúva uma promessa de provisão (v. 3-4), o que exige dela ação, bom relacionamento e fé. Ela teve que agir indo à casa dos seus vizinhos e pedir emprestadas vasilhas vazias, fez isso crendo naquilo que Eliseu disse que aconteceria. Depois ela começa a experimentar o cumprimento da palavra de Eliseu. Imagine o prazer e a satisfação daquela mulher ao ver o cumprimento da promessa do profeta.

DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER.
Uma obediência sem questionamento.  Ela poderia ter feito várias perguntas, mas ela simplesmente foi, entrou, fechou e encheu (v.5).
A obediência é o pré-requisito da ação. Elias disse a viúva de Sarepta para ir e fazer um bolo para ele primeiro, todos foram saciados. Jesus ordenou a ação dos discípulos (João 6.10), eles obedeceram, e todos foram saciados.
A obediência que presta contas. Quando as vasilhas se encheram, a mulher vai a Eliseu e conta o que aconteceu. Quando agimos sem prestar contas a Deus, corremos o risco de saber administrar bem aquilo que ele coloca em nossas mãos.
Obediência que glorifica a Deus. O enchimento da botija não é para nossa ostentação, é para glorificar o nome do Senhor que é o sustentados de nossas vidas.

O azeite na botija é para quem precisa ser iluminado e alimentados, precisa de autoridade espiritual para desempenhar seu ministério. Quando a botija está vazia, passa viver na escuridão moral, espiritual, existencial. Passa a experimentar a fome e necessidades. Passa a ministrar sem autoridade e poder no Reino de Deus (Salmo 23).

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