O livro de 2 Reis começa narrando uma série de
milagres realizados por Eliseu, dentre eles o milagre do azeite da viúva (4.1-7).
O azeite na Bíblia tinha como função iluminar, alimentar ungir reis, profetas,
sacerdotes. Era símbolo de autoridade, força e honra. Era também um
símbolo do Espírito. Mas no caso desta mulher, o azeite era para preservar
a vida e a união da sua família, evitando assim a dor, o choro, a tristeza, o
abandono. A botija vazia era sinal de dificuldades a vista. Para encher a nossa
botija precisamos ter:
CONSCIÊNCIA
DA NECESSIDADE. Essa mulher era viúva e pobre. Estava
financeiramente falida, psicologicamente coagida a oferecer os filhos
como pagamento de dívidas, sem perspectivas, porém ela clamou por socorro.
Quando ela vê o homem de Deus, vai até ele e expõe seu problema, pois sabia que
somente Deus poderia trazer uma solução. No momento de necessidade, ela não
tenta esconder ou disfarçar a realidade e assume esta situação. A consciência
da necessidade surge da humildade (Lucas 8.41-44). Nem sempre nossa botija
estará cheia. Quando isso acontecer devemos reconhecer e ter consciência dessa
necessidade. Para isso, será importante uma atitude de humildade.
CONSCIÊNCIA
DA POSSIBILIDADE.
Por causa do que se tem. Ela seria
abençoada a partir do que já tinha em casa (v. 2). Ela tinha apenas
uma botija de azeite. Mas o que era isso diante do tamanho da dívida. Ela
precisou de muitas vasilhas para pagar o que devia. Deus age a partir daquilo
que temos em nossas mãos (João 6.9-13). O pouco que temos nas mãos do Senhor se
torna muito. O que há em nossas mãos para que o Senhor possa usar. A
possibilidade se torna realidade, quando temos algo, mesmo que seja pouco, para
oferecer a Deus.
Por causa da palavra. Elizeu dá à
viúva uma promessa de provisão (v. 3-4), o que exige dela ação, bom relacionamento
e fé. Ela teve que agir indo à casa dos seus vizinhos e pedir emprestadas
vasilhas vazias, fez isso crendo naquilo que Eliseu disse que aconteceria. Depois
ela começa a experimentar o cumprimento da palavra de Eliseu. Imagine o prazer
e a satisfação daquela mulher ao ver o cumprimento da promessa do profeta.
DISPOSIÇÃO
PARA OBEDECER.
Uma obediência sem questionamento. Ela poderia ter feito várias perguntas, mas ela
simplesmente foi, entrou, fechou e encheu (v.5).
A obediência é o pré-requisito da ação.
Elias disse a viúva de Sarepta para ir e fazer um bolo para ele primeiro, todos
foram saciados. Jesus ordenou a ação dos discípulos (João 6.10), eles
obedeceram, e todos foram saciados.
A obediência que presta contas.
Quando as vasilhas se encheram, a mulher vai a Eliseu e conta o que aconteceu. Quando
agimos sem prestar contas a Deus, corremos o risco de saber administrar bem
aquilo que ele coloca em nossas mãos.
Obediência que glorifica a Deus.
O enchimento da botija não é para nossa ostentação, é para glorificar o nome do
Senhor que é o sustentados de nossas vidas.
O azeite na botija é para quem precisa ser
iluminado e alimentados, precisa de autoridade espiritual para desempenhar seu
ministério. Quando a botija está vazia, passa viver na escuridão moral,
espiritual, existencial. Passa a experimentar a fome e necessidades. Passa a
ministrar sem autoridade e poder no Reino de Deus (Salmo 23).
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