25 de ago. de 2011

Fé que Encontra a Deus


Texto: Jó 1.1
Textos Paralelos: Jó 1.20-22; 2.9,10; 19.25-27; 42.2-6
Tema: A Fé que Encontra a Deus

Introdução:
a.      A leitura de Jó nos mostra que se trata de uma interpretação teológica de certos acontecimentos da vida de um homem. O autor tenta responder a pergunta essencial: Qual é o significado da fé?;

b.      Um chefe tribal piedoso e integro, foi abençoado por Deus com prosperidade terrena que se tornou o maior de todos os homens do Oriente (1.3);

c.       De repente experimentou a perda de toda a fortuna, foi assolado por uma série de calamidades e privado de todas as suas posses, além de perder os filhos (1.13-19), teve o corpo coberto de feridas (2.7);

d.      Três amigos, que vieram para consolá-lo, mas insistiam que esse sofrimento era um castigo contra o seu pecado, e o único recurso era o arrependimento.

e.      Mas Jó rejeita a acusação e também a solução, afirmando sua retidão e que não conseguia compreender sua desgraça.

f.        Outro amigo sugere que Jó estaria passando por uma disciplina amorosa enviada por Deus para impedi-lo de cair em outros pecados. Mas Jó rejeita essa interpretação do seu sofrimento.

g.      Por fim Deus responde a Jó, mas não com uma justificativa de suas ações, nem com alguma solução intermediária. Deus responde com uma manifestação pessoal em sabedoria e poder.

h.      Isso é suficiente para Jó. Ele entende que Deus iria apresentar uma solução. Ele descansa nessa solução pela fé.

i.        A história de Jó mostra que a certeza da fé não reside nas circunstancias externas, nem em explicações especulativas, mas no encontro de fé com um Deus onisciente e onipotente.

Transição: Quando a Fé encontra a Deus...

1.      Adoramos e Reconhecemos que Deus é Soberano – Cap. 1.20-22
a.      Depois de ouvir o que aconteceu com seus bens e filhos, ele teve uma reação que muito nos surpreende (v.20,21): ADOROU E OROU.
1.      Talvez se fossemos nós, teríamos reclamado, xingado, blasfemado. Mas a verdadeira fé quando encontra a Deus, glorifica o Senhor pelo que ele é e não pelas circunstancias a nossa volta.
2.      Jó não culpou a Deus (v.22) como talvez se fossemos nós teríamos feito.
b.      Depois de saber que não tinha mais fortuna, Jó nos surpreende revelando sua postura frente aos bens materiais (v.21).
1.      Ele revela um entendimento profundo, nasceu sem nada, não seria problema morrer sem nada. A fonte das bênçãos é Senhor, tudo é dele, ele dá e ele pode pedir de volta.
2.      Nada nos pertence. Somos apenas mordomos daquilo que o Senhor coloca em nossas mãos. E quanto mais apego as coisas materiais, menos recebemos. Quanto mais liberalidade, mais é colocado sobre nossas mãos.

2.      Mantemos a Integridade e Entendemos a Origem do Bem e do Mal – Cap. 2.9-10
a.      Não bastava perder os bens e os filhos, agora Jó perde a saúde. Só uma coisa ele não perde: SUA INTEGRIDADE.
                                                              i.      Para sua mulher não adiantava nada manter uma conduta e caráter retos.
                                                            ii.      Para ela, já que o favor de Deus não estava mais com Jó, pra que manter a integridade?
b.      Diante do apelo da mulher e das circunstâncias, Jó não sua condição interior. Seu exterior havia mudado, mas seu coração, sua fé, seu temos a Deus continuavam os mesmos.
c.       Essa firmeza interior o fez revelar uma face de Deus que muitos não conhecem ou simplesmente não aceitam: que Deus pode usar a pedagogia do mal para nos ensinar algo que o bem não consegue.
d.      Jó nos revela uma verdade, que aprendemos mais quando as coisas estão ruins, do que quando tudo está bem. Infelizmente e pela dureza do nosso coração, Deus precisa fazer isso.
e.      Jó lança por terra a ideia de que todo mal tem sua origem e finalidade do Diabo. Porém o mal vindo de Deus é para nosso, mas o mal que vem do Diabo é para nossa destruição.

3.      Podemos ver Além, Vemos o Redentor – Cap. 19.25-27
a.      Uma coisa que Jó nos ensina é olhar além da circunstância que vivemos. Se olhamos só a nossa realidade atual (terrena), perdemos de vista aquilo que realmente é importante (celestial).
b.      Em meio a dor e desespero, Jó tirou o foco dessa realidade para comtemplar algo muito maior: SEU REDENTOR. Jó olha para o alto e contempla a promessa e a certeza de que sua vida não se resumia só aquele momento que ele estava vivendo.
c.       Depois que seu corpo fosse destruído e que ele não estivesse mais preso a ele (v.26), ele teria a sua grande recompensa: veria a Deus. Um Deus diferente, não mais como um adversário (v.27), mas como seu Redentor.
d.      Jó entendeu que para contemplar a plenitude de Deus ele deveria passar por um esvaziamento, e se para isso acontecer, a sua situação atual era parte desse plano de Deus, ele não iria se rebelar contra, iria se manter firme e fiel, pois seus olhos estavam no Redentor.

4.      Experimentamos o que Antes só Ouvíamos – Cap. 42.2-6
a.      A descrição do cap. 1.1 sobre Jó era verdadeira, apesar de ele ter alcançado a integridade e retidão, isso era fruto daquilo que ele ouvia das outras pessoas. O seu ouvir sobre Deus o fez a seguir esse Deus.
b.      Mas chega uma hora em que precisamos nos aprofundar mais em Deus:
                                                              i.      Pelo ouvir Jó sabia que os planos do Senhor não poderiam ser frustrados (v.2);
                                                            ii.      Pelo ouvir Jó entendeu que seu conhecimento era falho e incompleto e que nem tudo o que ele dizia, ele mesmo entendia (v.3);
c.       Agora Jó tinha chegado a um nível de maturidade que jamais pelo ouvir ele poderia chegar. Ele confessa que em meio a todo esse sofrimento, enfim pode ver o Deus que antes ele só ouvia falar (v.5);
d.      Era exatamente aqui que Deus queria levar Jó. Deus queria que Jó experimentasse pessoalmente aquilo que os outros diziam para ele. Deus queria os olhos contemplassem aquilo que os ouvimos ouviam. Deus queria profundidade no relacionamento.

CONCLUSÃO:
·         + Quando a fé encontra a Deus, passamos por estas quatro experiências: 1. Adoração à soberania de Deus; 2. Ser íntegro no bem ou no mal; 3. Vemos pela fé o Redentor e 4. Experimentamos a Deus.
·      +   Quando a fé encontra a Deus recebe sua recompensa (v.12-17).
·      +   Que você encontre Deus através da sua fé, e porque não, através de suas dores.

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